Acordei por volta das seis da manhã. O sol fraco ainda mal estrada pela janela. Me remexia em meio ao lençol e o cobertor. Sentei na cama e me espreguicei. Ainda me sentia cansada, mas tinha que trabalhar, mesmo que fosse sábado. O despertador antigo ainda tocava sobre o criado-mudo. levantei a minha mão para desligá-lo.
Levantei e fui direto para o chuveiro. O banheiro ainda estava escuro e precisei acender a luz no interruptor ao lado do espelho.
Abri o chuveiro e senti a água quente escorrer pelo meu rosto e meus cabelos. Ela ajudava a espantar o sono, também outros sentimentos ruins que pensavam sobre minha mente durante a noite.
Desliguei o chuveiro, puxei uma toalha branca e me enrolei nela. Respirei fundo ao limpar o espelho embaçado e me encarar. Mais um dia, Suzana. Você consegue!, disse a mim mesma em meio a um fracasso de sorriso que se tornou uma careta. Há dois anos, eu vivia um dia de cada vez, preocupando-me em apenas passar por ele.
Meu telefone tocou. Estranhei a ligação, mas quando se trabalhava para a polícia, não havia uma diferenciação de horários em que se pode ou não receber chamadas.
Voltei para o quarto e peguei o aparelho sobre a cômoda.
– Bom dia!
A empolgação do outro lado da linha quase me contagiou.
– Bom dia, Ana. – Minha voz não soou tão animada quanto a dela.
– Eu só liguei para lembrar da prova dos vestidos segunda à noite.
– Não sei por que você me quer como sua madrinha. Ana, tem tantas amigas.
– Quem seria melhor do que a minha queria irmã para ser minha madrinha. A final é o meu casamento. – A voz de Lisa era pura empolgação. – Além disso, Gustavo também não tem um par. Vão ficar ótimos juntos!
- Isso se ele for.
- A vai sim, nem que eu tenha que buscar nosso irmão mais velho pela orelha.
– Segunda-feira à noite? Estarei lá.
- Obrigada, Suz! Eu amo você. Até segunda.
- Também te amo, irmãzinha. Nos vemos segunda-feira.
Desliguei o telefone é o joguei dentro da minha bolsa que havia deixado sobre uma poltrona ao lado da janela.
antes de desligar o telefone.
Troquei de roupa, peguei minha jaqueta, a arma e o distintivo e tranquei meu apartamento. Ao passar pela entrada, vi o porteiro cochilando perto do balcão. Assim como ele, ninguém estava disposto a acordar cedo naquele dia.
Desci de escada até a garagem, peguei meu carro e dirigi até a delegacia. Havia muitos carros na via expressa para um sábado de manhã, mas nada que retivesse o trânsito. Parei o carro na porta da delegacia, joguei a chave na bolsa e entrei.
- Bom dia. – O vigia acenou para a mim a me ver passar pela porta do departamento de homicídios da polícia civil, onde ficava a minha sala. – Madrugou hoje, detetive?
– Apenas preocupada com o meu trabalho. – Coloquei minha bolsa sobre a mesa.
Sentei-me e peguei minhas anotações junto com algumas fotos do local. Aquele era um caso que deveria ser bem tranquilo. Flagrante não exigia confissões ou muitas provas, entretanto, conversar com o porteiro, me fez pensar que só sabíamos de uma parte da história. Eu precisava saber de tudo antes de colocar um homem no banco e de réu de um tribunal. Peguei o telefone sobre a mesa, ao lado de alguns papéis, disquei um número.
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O preço da verdade (degustação)
Mystery / ThrillerPlágio é crime! Romance Policial Sinopse: Numa tarde comum de verão, a cientista Bárbara Lopes foi assassinada em seu próprio apartamento. A polícia local tem um único suspeito: o bem-sucedido médico que há anos a vítima chamava de marido. Su...