Gabriela Mesquita tem a incrível oportunidade de trabalhar com o que sempre sonhou, ajudando as pessoas e sendo parte da equipe CBF.
Não estava em seu plano ter a sua vida amorosa revirada ao avesso assim que conhecesse o camisa 9 da seleção brasil...
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Gabriela Mesquita.
— Você tem é que comemorar. – Diz. — Acabou sua pós-graduação agorinha e já arranjou um emprego de imediato. E que emprego, em? Você é sortuda menina. – Finaliza Laura.
Eu estava deitada na minha cama de cabeça para baixo, enquanto ela rodeava o quarto numa animação imensa, tentando me persuadir para ir com ela em uma festa que foi convidada.
— Laurinha meu amor, minha vida, minha paixão – digo enquanto me viro de barriga para baixo na cama. —, eu não fui feita 'pra essa vida de festa que você leva. E outra, estudei tanto nesses últimos meses que nem tive tempo de comprar roupas novas. Estou vestindo as mesmas roupas já faz nem sei mais quanto tempo.
— Exatamente por isso que eu vim aqui te ajudar nisso. Levantar o seu ânimo. - Fala se sentando na cadeira da minha penteadeira. — Olha, a festa vai ser só no final de semana. É quarta-feira ainda, vai dar tempo de irmos no shopping escolher nossas roupas juntas! - Completa, toda sorridente.
Uma coisa sobre Laura Magalhães é: Ela não desiste em completar uma tarefa que tenha em mente. E a nova tarefa do momento pelo visto é me convencer a ir com ela nessa tão falada festa.
Suspiro fundo.
— Você sabe que eu já estou empregada mas ainda não tenho um tostão na minha conta, não sabe?
— Vida relaxa, com esse emprego novo você vai conseguir dinheiro o suficiente 'pra me pagar as compras que vamos fazer no shopping amanhã.
Me sento na cama, soltando uma risada fraca.
— Amanhã? - Falo desanimada. — Não pode ser sexta?
— Amanhã e ponto dona Gabriela Mesquita. - Sorri. — Sexta vamos estar ocupadas fazendo unhas e hidratações no cabelo para festa, no sábado. A gente vai ter que ir arrasando, bem lindas, não que seja um desafio para nós. Mas essa festa é diferente. - Encerra me lançando uma piscadela.
Dou uma risada genuína.
Me coloco de pé alongando meu corpo, logo após abro a janela do meu quarto e sinto o vento fresco vindo de fora.
— Diferente? Diferente por quê?
— Vai ter algumas celebridades lá, gente famosa e bem conhecida.
Ergo as sombrancelhas e concordo de leve com a cabeça.
Laura pega o telefone que estava no bolso traseiro de seu short e começa a digitar. Me viro novamente para a janela e sinto mais uma vez o vento batendo contra meu rosto.
Festa com celebridades? Não, aquilo não era para mim. Eu mal vou em festas de amigos próximos, quem dirá festa com pessoas famosas. Não mesmo.
Agora que terminei minha pós-graduação em psicologia do esporte, e graças ao bom Deus, consegui um ótimo emprego, tudo que eu queria agora era passar o resto dos dias de folga que eu tenho em paz. Dentro do meu apartamento, com meu gato, assistindo televisão e aproveitando as minhas noites não dormidas.
Ir em uma festa cheia de gente que não conheço não fazia parte do meu plano.
Mas Laura estava certa. Eu preciso levantar meu ânimo. Tenho 23 anos e se já fui em mais de 9 festas nesses 5 anos de faculdade, é muito.
Uma ida ao shopping com a minha melhor amiga seria sim um bom começo para me animar.
Olho para Laura, a mesma estava com o celular em mãos ainda.
— Tá ok então! Vamos ao shopping amanhã, e não se preocupe, posso pedir o cartão do meu pai emprestado.
Ela acaba de digitar algo e olha para mim, soltando um sorriso instantâneo.
— Aí sim, gata!- Levanta da cadeira e vem me abraçar — Eu tenho que ir, minha chefa quer conversar comigo.
— Problemas?
— Nada! - Responde tranquila, batendo de leve no meu ombro. — Provavelmente alguma coisa sobre a copa. Enchi muito o saco dela para ela me colocar lá no Catar esse ano. Acho que deu certo.
Rimos juntas. Laura era uma jornalista esportiva.
— Ai lalau, você não tem jeito. Pode ir então, de noite te mando uma mensagem 'pra gente combinar sobre a ida ao shopping.
Ela concorda silenciosamente, sem deixar o sorriso sair de seu rosto.
A abraço forte mais uma vez.
— Obrigada amiga. - Digo em meio ao abraço. — Acho que estou precisando disso mesmo.
Me separo e a acompanho até a porta do meu apartamento. Percy, meu gato, passa por entre as pernas dela e ela abaixa rapidamente para fazer um carinho nele.
Nos despedimos uma última vez com um abraço e logo após fecho a porta.
Pego Percy no colo e caminho até o sofá.
— Oi meu amor, eu sei que a mamãe não te deu muita atenção nesses últimos dias mas eu prometo que agora vai ser diferente. - Digo com uma voz fina. — Vamos colocar a loirinha 'pra gente ouvir.
Ligo o Spotify na televisão, deixando o volume no 10, coloco no mais novo álbum “midnights” da Taylor Swift para tocar.
— Bom, agora eu preciso pedir meu pai o cartão emprestado. - Falo para mim mesma, coçando a minha cabeça.
Pego meu celular dentro do bolso da minha calça de moletom e procuro o contato dele no WhatsApp. Peço pelo cartão e 5 minutos depois, papai me responde de prontidão, garantindo que meu irmão traria o cartão para mim.
Dou um sorriso aliviada e deixo o celular de lado, voltando a minha atenção para meu gatinho e a música que tocava no momento: Maroon.
— THE BURGUNDY ON MY T-SHIRT WHEN YOU SPLASHED YOUR WINE INTO ME - Grito as letras, fazendo Percy saltar do meu colo, indo em direção ao chão. Solto uma gargalhada. — Desculpa meu amor, vem aqui.
Distribuo beijos nele e o coloco de volta no sofá. Vou até a bancada da cozinha e tiro uma panela do armário, junto com alguns ingredientes para preparar minha janta, enquanto espero pelo meu irmão.
Ando até o meu quarto e pego o notebook, abrindo a agenda para começar a planejar minha semana nesse novo trabalho, não deixando nada passar. Afinal, é um trabalho bom, e conseguir ele foi uma dádiva na minha vida, não posso fraquejar agora.
Saio dos meus pensamentos 20 minutos após estar digitando e planejando, quando escuto a campainha do meu apartamento tocar.
Em uma hora dessas, seria o meu irmão com o cartão que o papai confirmou que iria me emprestar. Descruzo minhas pernas, passando pelo pequeno corredor em passos apressados, até eu parar diante a porta, destrancando-a e cumprimento meu irmão com um sorriso.
— Oi.
🇧🇷
NOTAS
oii pessoal, esse é o prólogo da minha história! O primeiro capítulo está em revisão, logo logo eu posto! :)
o que acharam?
PS.: O rich vai aparecer lá pro capítulo 3 talvez, então tenham paciência 🙂
