Capítulo 6.

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JOE

Ele está tremendo da cabeça aos pés. 

Joe não imaginava que Lana seria tão baixa assim. Quer dizer, além da altura.

A atitude dela foi ridícula!

Tudo bem que eles estavam na frente do hotel, mas ela poderia, pelo menos, ter esperado a chuva passar.

Ele remoe isso ao longo de todo o banho, fica contendo a raiva e os gritos que quer dar. Joe guarda tudo, muito bem guardadinho.

Então explode ao ver Cory.

-Ela me humilhou! É só isso que ela sabe fazer, na verdade. Ela me humilha e acaba comigo com palavras. Ela é mal educada, grosseira, infantil e tem zero auto controle!

-E é gata. -Cory completa, sentando calmamente no sofá. -Ela é muito gata.

-Isso não importa! -Ele grita. -Eu não suporto ficar na presença dela e isso não vai dar certo.

-Bom, sinto te dizer que não tem como voltar atrás.

-Tem sim! Demita ela. -Joe diz, de súbito. -Nós achamos outra pessoa, qualquer pessoa. Qualquer uma, menos ela.

-Ela já assinou o contrato. -Cory dá de ombros.

-Eu rasgo a porra do contrato e como cada pedacinho de papel.

Cory dá uma gargalhada, levanta o celular.

-Você é tão velho. Hoje em dia é tudo feito online, meu querido amigo. -Ele se levanta, aperta o ombro de Joe. -Engula seu orgulho ou continue a guerra. Mas sendo sincero? Acho que você vai ser o primeiro a levantar a bandeira branca.

🎶

LANA

Ela dirige até em casa mesmo com a chuva forte a impedindo de ver a rua. Lana queria colocar o máximo de distância possível entre ela e Joe, mesmo que a distância seja apenas de dois quarteirões. Senão ela acabaria dando a volta e batendo nele. E Lana não quer molhar o cabelo, saindo na chuva.

O elevador chega até a garagem e ela aperta o botão do último andar. Quando as portas se abrem, chega a notificação da mensagem de Cory com o contrato.

Ela assina sem ler, já tinha o lido antes e Cory disse que só ia alterar o valor de pagamento. Lana joga o celular dentro da bolsa, procurando pela chave do apartamento.

As luzes estão apagadas e as cortinas fechadas, o que deixa tudo um pouco escuro demais. Ela acende a luz da sala, chamando por Mary, mas a amiga não parece estar em casa.

A chuva continua forte do lado de fora, fazendo barulho ao bater no vidro das janelas. Lana ama esse som, ela ama esses momentos de paz dentro de casa, seu lar. Demorou até ela transformar o apartamento em algo seu, algo que tivesse sua personalidade e essência, mas quando isso aconteceu, ela percebeu que pertencia à aquele apartamento. Se depender de Lana, ela pretende morar ali para sempre.

O sofá a chama, parecendo muito convidativo. Ela está de folga hoje, só foi cobrir Daisy porquê a namorada precisava muito. Lana usa os pés para tirar os tênis, deixando eles em um canto, a bolsa vai parar em cima da poltrona. Ela se joga no sofá, enfiando o rosto em uma das almofadas novas que Mary comprou.

Apesar dessa nova adição, as coisas de Mary não tornaram o apartamento menos dela. Muito pelo contrário, trouxe mais vida para o ambiente. É como se ela precisasse da pessoa certa para trazer de volta o que havia deixado pelo caminho. Principalmente o conforto.

Burn FastWhere stories live. Discover now