Natalina é uma jovem que, vive as inconstâncias da vida, carregando dores, tristezas e segredos. Em uma noite decidida a acabar com tudo, ela caminha rumo a escuridão...
Rodrigo é um homem que se fechou após uma tragédia em sua vida, deixando o lad...
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Já se imaginaram em um mundo melhor? Onde não existem mortes, dor, nem sofrimento?
Pois é, eu me imagino sempre! Me imagino em um lugar muito distante daqui, um lugar lindo, límpido, sereno e de paz.
Sei que fugir da realidade, não é uma solução para resolver os problemas. Mas, e quando esses problemas não têm um jeito? O que se poderia fazer?
Andei pensando sobre isso, talvez, esse mundo não tenha sido feito para mim. Sinto que não me encaixo em nada, em nenhum lugar.
Depois de tudo que passei, a única alternativa que encontrei, foi desistir.
“Aquele monstro do Henrique, pelo menos dele e de suas surras, me livrarei!”
Sei que essa decisão acarretará consequências. Só fico triste por Lila, eu a amo muito e sei que ela sofrerá com minha partida. É só por ela que escreverei essa carta, a carta da minha despedida. Quero deixar minha prima ciente, que ela não tem culpa de nada que me aconteceu, ela jamais poderia evitar tudo que passei naquela casa. Sei que ela ficará melhor sem mim, e eu, finalmente, estarei livre desse mundo!
Aperto a caneta e o papel em meu bolso assim que viro a esquina da grande rua que dá acesso ao vilarejo, ao qual, no final dele, há um lago. É noite de véspera de Natal e até aqui neste fim de mundo, há pessoas comemorando essa data que, para mim se tornou apenas, uma data comercial.
Caminho passando em frente ao pessoal alegre. Algumas pessoas me cumprimentam quando passo em frente ao pequeno conjunto de casas. Apesar do clima está tão frio, os sulistas parecem não sentí-lo muito, observo como riem e conversam distraídos em volta de uma fogueira que, me pergunto quanto tempo irá durar, pois, a previsão é de -5 graus essa noite. Com certeza irá nevar, como vem acontecendo esses dias.
As pessoas do vilarejo riem, todas bebendo, suponho que bebidas quentes para aquecer o frio que castiga. Todos estão bem agasalhados em seus casacos novos, que acredito que compraram estritamente para esta data.
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“Não disse, uma data comercial.”
Sinto muito frio, mesmo que tenha vindo de São Paulo e tenha passado muitas temporadas de frio, nada se compara com este lugar! O mais estranho é que em pleno dezembro, na primavera, esteja fazendo um frio desses!