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Era tão difícil ter que fingir que tinha uma vida perfeita na frente de Taehyung, era difícil mentir para ele. Mas isso era o melhor que podia fazer, de que iria adiantar lhe contar todo o mal que vivia quando sabia suas prováveis reações?

Taehyung estacionou o carro dentro do estacionamento da universidade por fim e quando se aproximou para lhe deixar um beijo na bochecha – de despedida – Hoseok virou o rosto beijando seus lábios. O viu sorrir, e Hoseok deduziu que ele aceitava o beijo pelo jeito que juntou mais seus lábios, tirando o cinto de segurança e se estirando em seu assento para ter ainda mais contato.

Hoseok sempre se perdia nessa sensação tão íntima. Ele gostava tanto como se sentia e as coisas que ele produzia em seu corpo, coisas que começavam a aumentar o fazendo querer mais. A mão de Hoseok passou pelo rosto de Taehyung descendo ao seu pescoço e depois começou a descer mais, enquanto seus lábios continuavam se mordendo animado com os do moreno.

Sua mão não parou quando encontrou o cinto do moreno, mas, ao mesmo tempo, a buzina do carro tocou, soando muito forte, e ambos se afastaram assustados. Ambos sem folego.

Ao que parece, Taehyung não foi indiferente a mão do castanho descendo por seu corpo, e menos quando esteve tão próxima de sua zona mais sensível, o assustando de tal forma que bateu no volante do carro justo em cima da buzina.

— Que foi-

— T-temos que ir para a sala — Taehyung se apressou em dizer, agarrando Hoseok para sentá-lo em seu lugar novamente como se fosse uma criança e assim ter espaço para tirar seu próprio cinto de segurança. — Vamos, Hobi, ou chegaremos tarde — disse rápido, saindo do carro. Hoseok ainda continuava desorientado entre o intenso que havia se tornado o beijo e o som da buzina os interrompendo, mas, ao escutar Taehyung, finalmente se moveu.

*****

Hoseok disse a Taehyung que iria sair mais cedo e por isso ele não precisava esperar por si na saída. O moreno pareceu se preocupar e sua última mensagem foi uma surpreendente "me diz que horas vai sair exatamente, vou te levar em casa", mas Hoseok o ignorou até que esteve longe o suficiente para mandar um "já saí". Não gostava de mentir a ele, mas até agora era o que mais estava fazendo.

— Hobi — o mencionado se virou e foi abraçado por quem havia conversado toda a manhã na sala... claro, ignorando o professor.

— Te deixando esperando por muito tempo? — murmurou Hoseok, lhe devolvendo o abraço, o rapaz suspirou e o apertou mais contra seu corpo. Se perguntava o que Taehyung pensaria se visse isso.

— Isso não importa — respondeu acariciando suas costas. — Mil desculpas, sinto muito mesmo...

— Não se preocupe, Jinie. Estou bem — murmurou Hoseok e o mais alto se afastou para olhá-lo nos olhos. Durante toda a manhã, havia aproveitado para lhe contar acerca de tudo o que aconteceu com Hoya e seus cachorros, aquele momento que desejava apagar de sua vida. Confiou em Jin porque era a única pessoa a qual havia confiado em conversar sobre como seus pais o tratavam desde a época que se conheceram no colégio.

— Sei que não está, Hobi. Todos estes anos, seus pais não mudaram nenhum pouco e-

— Não se preocupe, por favor, só... quero que me ajude a encontrar Hoya — viu que Jin assentiu e lhe indicou o banco daquele parque para se sentar e poderem conversar melhor.

— Tem alguma ideia de onde ela pode tê-la deixado? — Hoseok negou com o olhar baixo.

— Não quis me dizer quando a perguntei.

Jin suspirou visivelmente irritado. — E... oh, e a sua irmã?

— Não acho que ela saiba... não sei o que fazer, Jin — o outro olhou para frente, fazendo uma careta.

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