Buena Vida

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Nada parecia ter capacidade de se tornar mais caótico do que aquele acontecimento, todos queriam ir a delegacia, acompanhar a situação, ansiar a soltura do padre a qualquer custo, Lauren pediu com efusiva necessidade que ficassem na igreja, que as coisas não iriam se resolver se causassem caos na delegacia em busca de respostas que Lyman não daria.

E sozinha, após dirigir a caminhonete antiga da igreja, ela saiu para a recepção da delegacia da divisão de fronteira, Lyman ordenou para a secretária de atendimento, Barbra, que a mantivesse ali fora por algum tempo, não iriam soltar ninguém até que a investigação fosse concluída da maneira correta. Lauren recostou na cadeira, seus olhos perdidos no chão abaixo de seus pés, pensando no que aconteceria com a latina dali em diante, havia participado do assassinato de uma pessoa, era um pouco demais para sua cabeça conseguir raciocinar.

— Isso é escandaloso, até para El Paso! - Barbra comentou, como se quisesse mesmo puxar assunto com ela. Lauren elevou a cabeça, surpresa ao notar que a recepcionista olhava chocada para os documentos de ingresso na delegacia.

— Uma pilantra, é o que ela é! - Sua acusação fez a religiosa desviar o olhar um pouco desgostosa sobre entender de fato a surpresa como era. Camila, sequer seu nome realmente sabia, como era possível que algo nela fosse minimamente honesto, não era?

Music on* Buena Vida - Natti Natasha & Daddy Yankee

Sua mente viajava sobre a possibilidade de Barbra conseguir lhe repassar informações verdadeiras sobre a mulher, mas sabia que a remota cogitação era loucura no momento, onde os nervos e atenções estavam à flor da pele.

— Lauren?

A voz tão familiar a fez mover da cadeira, olhando para a mulher paralisada segurando a maleta diante do corpo. Sua mãe arqueou a sobrancelha a olhando se erguer diante de si, o corpo ansioso mal conseguiu raciocinar o que podia lhe dizer para estar ali.

— Mãe? O que faz aqui? - Perguntou confusa, engolindo a saliva com pressa, os olhos verdes ansiosos desviando à Barbra que reconhecia a matriarca Jauregui a quilômetros se assim fosse necessário saber.

— Solicitação da minha cliente, eu estou a trabalho. - Clara informou, simples assim.

Lauren olhou sob o ombro repetidas vezes, tentando entender se era exatamente o que ela esperava mesmo.

— O quê?

— A gente descobre coisa que não quer, mas viver de segredos não é uma exclusividade sua, filha. - Clara deu de ombros caminhando em direção ao balcão de Barbra, depositou a maleta com intenções, levando as mãos a cintura dentro do terninho preto, os olhos convictamente pairando na mulher.

— Lyman sabe que sou eu, pode me liberar. - Falou sabendo que Lauren entre a surpresa não iria conseguir perguntar muito de si e seu envolvimento naquela situação. Clara se moveu em direção a sala de Lyman, com o caminho livre e propriedade para percorrer cada cômodo daquele lugar ela deixou a filha a ver navios na recepção em uma troca honestamente confusa com Barbra.

— Clara, ela não teve tempo ainda de solicitar advogado. - Lyman falou movendo os papéis sobre sua mesa, estava sozinho em seu gabinete. A advogada sorriu, ligeira e brandamente, como se entendesse que ele se irritasse com suas interferências ilistáveis através dos anos.

— Eu vou advogar pela mulher que matou quem tentou matar meu marido, Lyman, coisa do ciclo da justiça. - Ela afirmou em uma plenitude irretocável. Ele nem se surpreendia mais com os privilégios que ela tinha para conseguir todas as informações. ser filha de um juiz federal sempre deu para Clara acesso livre a caminhos que quase ninguém podia percorrer, principalmente em uma cidade como El Paso.

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