Capítulo 2 - Melancolia do deus

Start from the beginning
                                    

— Meus poderes de combate não funcionam em você? — mudou de assunto para ver se conseguia alguma reação diferente do deus, a pergunta faz o deus olhar sério para si.

— Não, sempre vou me defender, no entanto, seus poderes de atração, hipnose, persuasão e manipulação das emoções podem funcionar — ele comenta com a voz apática.

A veela fechou os olhos tentando concentrar-se e manter a cabeça fria, ele era exasperante demais para sua personalidade nervosa, precisava pensar em alguma alternativa, ou até mesmo ajudá-lo, ou ficaria ali para sempre, ao abrir os olhos, percebeu ele olhando-a com uma seriedade desconcertante.

— Apenas precisa me manipular minutos suficientes para me matar — ele comenta olhando-a de canto de olho.

Se fosse por isso já o teria matado naquela floresta sem nem ao menos vir com ele!

Já que não poderia contra ele, deveria seguir suas ordens, de qualquer maneira estava presa naquele lugar, sorriu marota em sua direção, estava resignada a ajudá-lo naquela ideia maluca, pensando nisso rodeou a mesa para sentar ao seu lado, não conteve o sorriso debochado ao ver o teor da sua leitura.

— Como lidar com os poderes das veelas? — pergunta com a voz marota fazendo-o olhar atentamente para si.

— As literaturas sobre sua raça são um pouco vagas, não da para saber se são apenas invenções sobre seus poderes para manter distância ou se é real — ele responde ocasionando em um leve sorriso malicioso em sua face.

— Isso por que somos tidas como seres que manipulam os homens ao seu bel-prazer, mas não somos assim... não todas pelo menos — retruca com a voz baixa.

— Quer dizer que nunca usou seus poderes para atrair sua presa? — ele pergunta inclinando a cabeça curioso.

Sempre tivera receio de falar sobre seus poderes, isso devia ao fato de ser julgada antes mesmo de abrir a boca, com ele não tinha isso, o deus estava estranhamente curioso, isso a deixou confusa.

— Quer saber se eu manipulo os homens a minha vontade? — perguntou sem conter o sarcasmo na voz.

— Você tentou me manipular, esqueceu? — ele retrucou fazendo-a bufar.

— Aquilo fora diferente, estávamos lutando, nunca usei meus poderes para atrair os homens assim... — comentou sem olhar na direção do deus.

— Você já lutou antes? — ele perguntou levemente nervoso agora.

— Não... exatamente, quando sou solicitada em uma luta, eu mato sem precisar entrar em contato, os oponentes não me veem — ela responde com o olhar vago.

— E como dará certo? — ele pergunta bufando, não conseguiu conter o riso diante sua cara fechada.

— Não sei diga-me você... foi suficiente para que me trouxesse a força para cá e está sendo suficiente para prender sua atenção em mim — responde piscando marota para o deus que abre um sorriso malicioso.

— Está usando seus poderes em mim desde que chegou? — Belzebub pergunta com um brilho diferente no olhar.

— Talvez... — responde com a voz baixa olhando para o livro.

Era um tanto irritante admitir isso, mas usara uma leve persuasão para que ele conversasse consigo, mas fora apenas no início da conversa, após isso o deus seguiu genuinamente interessado, não precisara mais usar seus poderes o que era estranho, depois de alguns segundos em silêncio, ele suspirou fechando o livro virando-se em sua direção, o olhar dele era tão decidido que tinha um leve medo do que ele poderia estar pensando.

O Experimento do DeusWhere stories live. Discover now