O Beijo Que Cura ABO (WangXian) Finalizada

O despertar!

Olá amores!

Vamos lá nessa belezinha? Kkkkk

Boa leitura meus amores 😘

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A primeira coisa que Wei Ying sentiu foi uma dor no peito, respirar era difícil, fazia sentir uma dor que o rasgava, abriu as íris lentamente, fitando o teto branco, fechando eles rapidamente de novo, as vistas incomodada com a luz brilhante, que faziam seus olhos arder.



“Onde estou?”





Pensou o ômega tentando se mover, a simples menção de mexer a cabeça, doeu seu  corpo todo, um gemido de dor escapou de sua boca, não tinha um lugar que não doía.



Que lugar era aquele, porque estava com tanta dor?



Quando seu cérebro focou um pouco, um cheiro deliciosamente familiar atingiu seu nariz, misturando ao cheiro de álcool de hospital.





Sândalo e menta, só uma pessoa tinha esse odor, seria outro sonho? Sempre sonhava com esse cheiro maravilhoso, talvez estivesse sonhando de novo, se estava sonhando porque tanta dor?  Mas onde estava? Porque o cheiro de Lan Zhan estava ali?



Tentou mover as mãos e descobriu que um braço estava mobilizado,  e uma maldita dor se apoderou dele, soltando outro gemido, então lentamente levantou o outro braço, sua barriga doía, pousou a palma em algo que parecia um curativo sobre a roupa, levou a mão a máscara que cobria seu rosto, puxando ela da face, respirando com dificuldade, aspirou o cheiro de sândalo com menta, estava alucinando com certeza.




Sem conseguir mover a cabeça de dor, fitava o teto, os olhos piscando, tentando se acostumar com a claridade, logo o cheiro de hospital, remédios, antisséptico chegou ao seu nariz, confundindo seus sentidos, juntando ao cheiro de sândalo e menta.





Estava em um hospital? Mas como viera parar ali? Tentando descobrir o que aconteceu,  percebeu que o cheiro de sândalo e menta tinha ficado mais forte, cobrindo os outros odores.



“ Lan Zhan!”


Sua mente registrou o nome do alfa, aquele cheiro tão gostoso do homem que o desprezou ainda estava fixo em sua mente, enganando seu olfato.


Confundindo sua mente, o que estava fazendo em um hospital? Porque o odor do alfa estava tão perto?

Mais uma vez tentou mover o corpo, a dor o fez parar, respirando com dificuldade, tateou os dedos da mão boa, pelas partes que doía, fachas e curativo em diversos lugares.



Em seu delírio, não percebeu que no canto uma figura o observava em um total silêncio, paralisado, num choro silencioso.



No canto do quarto, Wangji de costas para a janela, tinha lágrimas pingando de seus olhos, quando ouviu o gemido do ômega estava olhando para fora, então se voltou para o leito, suas pernas fraquejaram e seu coração bateu num ritmo louco, com lágrimas e sem coragem de anunciar sua presença, ficou observando o ômega deslizar a mão sem a tipóia pelos curativos, cada gemido de dor dele, uma  dor também apossava de seu interior, seu desejo, que fosse possível transferir as dores do mais novo  para ele.



Em silêncio, e com as vistas embaçadas, olhava a cena, de certa maneira era lindo ver seu amor voltar a vida, despertar do coma que estivera a quase um mês.



Xichen avisou logo após a cirurgia, que a qualquer momento Wei Ying acordaria, mas não foi tão rápido como eles esperavam,  deixando ele apreensivo, receoso, mas  a  espera chegou ao fim, depois de muitos dias, ali estava o momento tão esperado por ele e o mais tenebroso pela reação do ômega com sua presença.





Quando o ômega abriu as vistas seu coração parou uma batida, um misto de emoções tomando seu ser, um desejo de o abraçar, de aconchegar seu corpo ao dele o tomou, a espera de ver o ômega acordado finalmente chegou ao fim, mas também teve medo, a vontade de sair correndo dali, medo de ver o ódio nos olhos azuis  tão  amado, de ver a rejeição neles, merecia tudo isso, tinha noção.





Sabia que devia ir chamar Xichen, mas suas pernas travaram, e suas iris verteu em lágrimas, então ficou só observando os movimentos do menor, congelado no lugar, sem conseguir se mover.





Feliz por ver ele acordado, com dor e medo de como seria de agora para frente, Wei Ying o deixaria se aproximar? Cuidar dele?



Ainda teria a oportunidade de vê-lo?  Com uma fraqueza que não sabia de onde vinha o alfa tinha a mente perturbada de aflição.


Fechou as íris tentando reter as gotas que pingavam incessante, sem fazer nenhum ruído, sem perceber deixou seu odor mais forte, enchendo o ambiente dele.







Wei Ying ainda com o cérebro lento, dedilhava a mão em seu corpo nos lugares onde doía, ainda sem a máscara de oxigênio no rosto, puxava o fôlego,  então um estalo na mente  o fez lembrar o que aconteceu, sofreu um acidente.







Estava vindo para a casa de um trabalho temporário que arrumou, quando o ônibus que estava perdeu o controle e capotou.





“ Sizhui!”





Lembrou do filho tentou se mover e gemeu de dor, abriu as iris e lentamente girou o pescoço para o lado da janela, a imagem que viu, fez seu coração bater acelerado e o nome escapou de seus lábios.







— Lan Zhan?





O alfa estava parado na janela, seu corpo banhado pela claridade, os reflexos da luz, refletia em seu corpo,  mostrando toda sua beleza, estava lindo, como uma verdadeira miragem, o ômega observou que  no rosto lágrimas desciam pingando em seu peito.

 





Com passos incertos e vacilantes,  ele se moveu aproximando da cama, Ying mesmo tenso, com a dor e a presença do alfa, viu  a incerteza nele e o medo em seu olhar, não conseguiu desviar suas orbes, preso no andar do homem que arrasou seu coração.


O que ele estava fazendo ali? Não estava em Yilling? Confuso ficou olhando o alfa castanho se aproximar, desacreditado que era ele mesmo, talvez ainda estivesse em um dos seus sonhos loucos, um que sempre tinha quando estava angustiado de saudades.



Então sua miragem falou, e os batimentos cárdicos de Wei Ying acelerou, enganosamente a máquina que monitorava esse órgão disparou, anunciando ao alfa sua agitação.





— Você finalmente acordou! — A voz era rouca, prendendo o choro, não passou despercebido o barulho do monitor do coração do ômega.





— O que você faz aqui?— Wei Ying falou, de vagar,  com tremor na voz por muito tempo sem usa-la.



— Não se esforce muito.— Wangji não respondeu. — Você acabou de acordar, então descanse.


— Você não me respondeu Wangji, o que faz aqui? — Wuxian tentou se mover e gemeu com a dor.




— Eu vou chamar Xichen, o médico responsável por você. — Lan Wangji limpou o rosto, aflição por ver o ômega sofrendo com dor.— Eu Prometo que quando  estiver melhor, podemos conversar.





— Espere!— O ômega chamou  com dificuldade, vendo ele se afastar, mas a necessidade de saber de seu filhote foi maior que qualquer desconforto que tivesse. — Meu filho, tenho que ver meu filhote.





Wangji se aproximou de volta, com dedos trêmulos tocou em sua mão para o acalmar, o calor de seus dedos se tocando, fazendo seu corpo vibrar.





— Sizhui está bem! Está em casa. Quando se sentir melhor trarei ele para você ver, não se preocupe.— Respirou fundo. — Se acalme, ele está bem.





— Sizhui? Então você...





— Sim Wei Ying! Eu encontrei nosso filho.


“Nosso filho!”



O ômega absorveu essas palavras, sonhou com elas no dia que descobriu a gravidez, sonho que foi destruído pelas palavras do homem em pé a volta de sua cama.


Wei fechou novamente as vistas, lágrimas escorrendo de seu rosto, então Lan Zhan já sabia do pequeno alfinha, o filho deles, isso o pouparia de explicação.



A dor no peito, se juntou a dor física que sentia, e ele deixou as Lágrimas escorrer.



Lan Wangji, ficou paralisado, esticou a mão para secar as gotas que caião escorrendo para o travesseiro, mas reteve a mão no ar, não era uma boa ideia, frustrado por ser um covarde recuou.



— Eu vou buscar Xichen, quando se sentir melhor falaremos.





Wangji saiu do quarto, e com passadas largas, a cabeça latejando e  o peito doendo,  entrou no consultório do irmão sem bater, nem lembrou que poderia ter tocado a campainha,  devido a ansiedade, não pensou  que o alfa Lan mais velho estivesse com paciente, e simplesmente invadiu o consultório do irmão.





— Ele acordou!





A emoção transparecia em sua fala, o doutor estava sozinho,  se  ergueu imediatamente  indo com ele apressado.


Os dois irmãos entraram no quarto do ômega, que ainda se apalpava.


— Então você está acordado! Nos deu um grande susto senhor Wei.





Abrindo os olhos Ying espantou com o alfa vestido um jaleco branco, a mesma fisionomia de Wangji, os mesmos traços, olhos cor de mel como Lan Zhan, porém mais escuros, seu semblante mais maduro, um sorriso enfeitava a face do doutor.





Atrás dele o alfa Wangji também o fitava, a face inchada pelo pranto, voltou seus olhos para o médico, e não respondeu nada, nem conseguiria, a surpresa de ver uma versão mais velha do alfa que foi seu marido, o deixou sem fala.





— Deixe  me ver como você está.



Enquanto Xichen o examinava, Wangji se manteve ao lado, calado, Wei Ying o observava em silêncio, perguntas povoando sua mente, como viera parar ali? Como Lan Zhan o achou?







— Senhor Wei sente alguma dor?





— Pergunta besta! — Ying sussurrou rouco, arrancando sorrisos dos dois alfas. — Desculpa!— Se envergonhou! — É que me dói em todo lugar!







Um sorriso tímido iluminou seu rosto pálido, um sorriso que o alfa com cheiro de sândalo amou ver.





— Tem razão Wei Ying, não se é todo dia que se carrega um ônibus nas costas!





Xichen brincou piscando para o ômega, para o descontrair, a tensão no acamados  sendo percebida, notou que ele vez ou outra encarava seu irmão, e o médico achava que era bom.





— Vou pedir para aplicar um remédio para as dores. — Xichen guardou o estetoscópio.







— Posso ver meu filho?





O ômega perguntou ansioso.





— Durante a noite Wangji poderá trazer o pequeno para você ver, vou pedir que faça agora pela manhã uma ressonância e mais alguns exames, então a noite poderá receber meu sobrinho, se estiver bem.





— Seu sobrinho? — O ômega ficou confuso, o cérebro lento.





— Sim, eu sou o irmão mais velho de Wangji, muito prazer.





Wei Ying não respondeu, seu olhar se voltou para Wangji, calado até o momento.







— Vou deixar os dois um pouco sozinho, mas não se esforce muito Wei Wuxian, descanse.





Wangji acompanhou o irmão até a porta, Xichen colocou a mão no ombro do irmão e disse só para ele ouvir.







— Vá com  calma Wangji, ele ainda está frágil.





— Hum! — O mais novo concordou.





Voltou para dentro e os dois ficaram se encarando, cada um procurando as palavras certas para dizer, foi Ying que se pronunciou.





— Como me achou?





O alfa puxou o ar nos pulmões antes de responder.





— Estive a sua procura todos esses anos.





— Para que Wangji? Porque me procurou?







“Porque eu te amo,”





Isso foi o que o alfa pensou, mas o que saiu de sua boca foi.





— Querido! Quando se sentir melhor eu prometo que te explicarei tudo, agora descanse.





Lan Wangji Aproximou mais da cama, e sem perceber afagou os cabelos do ômega, também não percebeu que seu tom era carinhoso, mas o acamado sim.





E isso fez seu coração acelerar, a máquina anunciar o ritmo do órgão dentro dele, pelos deuses ele amava aquele alfa, passou cinco anos tentando esquecer ele, matar aquele amor que doía no peito, mas em vão, foi só vê-lo, e mesmo ali naquela cama todo quebrado, tinha certeza absoluta que ainda o amava.







— Agora tudo que vou te pedir é que me prometa deixar eu cuidar de você e nosso filho. —O alfa implorou com  angustia nas íris cor de mel, não passou despercebido o ritmo do peito do ômega sendo anunciado pelo monitor.







— Sua esposa pode não gostar Wangji, que você cuide de outro ômega, ainda mais um ex marido.





— Eu não tenho esposa.


” Só você, e não é um ex amor!”


Foi o que quis dizer, Wangji viu a angustia na fala do ômega.


— Eu não casei, não poderia.





Ying apertou as pestanas, a dor sufocando sua alma.





— Eu estou com dor Wangji! — Gemeu de dor, tudo doía, seu corpo e seu coração.



— Eu vou chamar a enfermeira!





Aflito ia sair, quando a porta abriu uma ômega enfermeira entrou com a medicação.





— Já estava indo te buscar, ele está com dor.





— Desculpa senhor Lan, estava separando a medicação que o doutor Xichen mandou aplicar nele.





Após ela aplicar no soro o remédio, saiu deixando os dois sozinhos.



Wei Ying de olhos fechados sussurrou o nome do alfa.





— Lan Zhan?





— Hum!





— Eu vou deixar você cuidar de nós, pelo meu filhote, eu posso permitir isso.



Wei Ying não disse que já estava disposto a procurar por ele, seu filho crescia  rapidamente, e Ying não tinha  mais condições de alimentar e vestir seu filho bem, então ele já tinha tomado a decisão de procurar pelo alfa Wangji, para que seu pequeno príncipe tivesse uma vida melhor, um futuro digno.



E depois seu filho tinha direito também era um Lan por nascimento, e ele já estava cansado de lutar sozinho, privando seu precioso alfinha  ter uma vida melhor.





Mas o acidente adiantou algo, trazendo eles para perto do alfa, pelo menos não precisaria se preocupar com a esposa dele, já que ele disse não ter casado com a mulher que infernizou sua vida.





Ele não abriu as vistas para olhar o alfa, se não veria o brilho de felicidade que iluminou a íris cor de mel.



Já era um bom começo, um passo para ter o ômega junto a si, o conquistar novamente.



Lentamente a medicação foi fazendo efeito e o ômega dormiu, permitindo o alfa vigiar seu sono.





Se aproximando dele Wangji deu um selinho em sua testa, recolocando a máscara de oxigênio nele.





— Eu te amo, como nunca amei ninguém!





O ômega dormia sem ouvir, mas o alfa tinha esperança de um dia ele poder ouvir, e acima de tudo aceitar, todo o amor que tinha sufocado dentro dele.



Wei Ying não teve condições de receber seu filhote aquele dia, ainda estava muito debilitado e dormiu sem acordar, mesmo durante os exames ele não acordou.





Wangji não arredou o pé do seu lado, até que ele voltou para o conforto do quarto, então foi para casa, o brilho de felicidade ao dizer pro filho que seu mamã estava acordado, que dia seguinte poderia vê-lo.   Foi uma emoção sem igual, aquela noite ele dormiu com ambos filhotes em  seu quarto, abraçado a eles.







No dia seguinte deixou seus filhos para tia Saren levar na escola e correu para o hospital, queria estar lá o mais cedo possível, ajudar Wei Ying a tomar seu café.





Sua sorte foi chegar e encontrar seu amado dormindo, também nem eram sete horas ainda e lá já estava ele, com uma sacola de itens  pessoal que comprou para o ômega.





Quando as íris azul se abriram a primeira pessoa que viu novamente foi Wangji sentado na poltrona.





— Você não dorme? Não tem casa?



Perguntou ao alfa, que rapidamente se levantou indo até ele.



— Você está com dor? Quer que eu chame o médico?





— Não Wangji eu estou melhor, obrigada por perguntar. — Ying não estava acostumado com aquele tratamento do alfa. — Onde está meu filho?



— Tia Saren o trará assim que vier da escola.



— Tia Saren? — Ouvir que seu bebê já estava indo a escola suavizou seu coração, nunca conseguiu vaga nas escolinhas públicas e as particulares não podia pagar, tudo que seu alfinha sabia ele ensinou em casa.





— Sim a babá deles!— Wangji se referiu a seu outro filho e isso o fez encolher os ombros.





— Deles? — Disse baixinho, desviando o olhar para a parede.





— Sim amor, dele e de jingyi.— Lan Zhan não esconderia seu filho, Wei tinha que saber dele.



Não reparou que o chamou de “amor” até ouvir.



— Senhor Lan Wangji o que você quer de mim? Desde quando eu fui seu amor?





— Desde sempre! — O alfa Murmurou se aproximando dele, era cedo para algumas coisas, mas essa era uma verdade que ele podia dizer. — Eu te amo Wei Ying, sempre amei!





— Pare Wangji!





O ômega deixou lágrimas correr de seus olhos, enquanto fitava os cor de mel também em lágrimas.





— Você nunca me amou! Então por favor não diga isso da boca para fora.





— Wei Ying, sei que é difícil  acreditar, mas a verdade é que eu amo você, amei aquele tempo e amo agora e vou amar até morrer.





Wei Ying não respondeu, desviou as vistas para a janela, não queria ver as lágrimas do mais velho.





— Wei Ying...



— Por favor Wangji!





— Está bem, você precisa descansar, mas eu não vou desistir, nem que leve a minha vida inteira, eu vou fazer você acreditar em mim. — Puxou o ar. — Eu vou provar para você que eu te amo.





Ying soluçou, e o alfa não disse mais nenhuma palavra, quando viu que o choro dele cessou falou sussurrando.





— Há outra coisa que você precisa saber. Jingyi não é meu filho de sangue.





— Como? — Perguntou o ômega, voltando a encarar o alfa.





— É tudo muito complicado, mas por enquanto é tudo que você tem que saber, eu prometo que mais tarde eu vou explicar tudo para você.





Um silêncio se seguiu.





— Mas você dormiu com ela não é? Estando casado comigo? Mesmo que o menino não seja seu filho isso é um fato.



A mágoa  e a dor na sua voz,  fez Wangji engolir em seco, sem ter o que dizer, em desespero envergonhado abaixou a cabeça.





— Sinto muito por isso!





Disse baixinho.





— Wangji eu também vou esclarecer umas coisas, nunca mais eu vou confiar em você, na verdade eu já estava para te procurar, se você foi buscar meu filho, deve ter visto onde eu morava.



— Sim eu vi.





— Muito bem! Eu já iria voltar para falar com você, não consegui pagar escola para ele, e  depois pensei que não era justo com meu filhote, o pai ter tanto dinheiro e eu está privando ele destes benefício, Afinal ele é um Lan, você o querendo ou não, é seu filho também.





Lan Wangji se afligiu, mas não disse nada.



— Já estava com planos de entrar até na justiça se fosse preciso, fazer teste de DNA para provar que você era o pai eu faria tudo que o juiz pedisse, afinal você disse que ele não era seu.





— Me perdoe! — Os feronimos do alfa exalava tristeza. — Eu sei que ele é meu filho, sempre soube.





— Isso me poupa muito trabalho, mas Wangji  não pense que eu ainda me rastejarei ao seus pés, porque eu não vou, tudo que acontecer de agora em diante será unicamente pelo meu filho.





— Eu vou!— O alfa Murmurou. — Eu me rastejarei aos seus pés, porque eu amo você.


— Por favor Wangji.


Pediu o ômega, magoado.


— Quer que eu acredite nisso? Sinto muito eu não posso. — Wei Ying encarou o ex marido. —Você me magoou muito, não sei se consigo te perdoar, não consigo aceitar o fato que você me traiu, com sua namorada.


Com as pernas trêmulas, o alfa deixou-se cair no chão, soluçando, não tinha vergonha de mostrar sua fraqueza para a única pessoa que importava para ele.



— Me perdoe! Por favor me perdoe! — Soluçava alto, as mãos juntas na boca em uma prece. — Eu sei que não mereço, que te fiz sofrer, mas me de uma segunda chance meu amor, eu prometo que passarei o resto da minha vida miserável, fazendo você acreditar que eu te amo, implorando por seu perdão.



— Lan Zhan! — Wei Wuxian se assustou com a intensidade dos sentimentos nas palavras do alfa.



— Wei Ying! Eu te amo, amo tanto que sinto que posso morrer se for para ficar sem você. — Soluçou.— Por favor amor! Me de uma segunda chance, nos de um chance.



— E se eu disser que não te amo mais Lan Zhan! O que você fará?




Mentiu o ômega, o coração em frangalhos, sua sorte era que a máquina que monitorava ele, já tinha sido desligada, se não ela entregaria a força com que ele palpitava dentro do tórax.


— Não tem problema! — As orbes cor de mel cheias de dor, encarou o acidentado. — Eu te amar já é suficiente, posso lutar para conquistar seu coração novamente, tudo que preciso e de uma chance.


— Se você não conseguir Lan Zhan! Não me fazer apaixonar por você de novo ?



— Então te amarei por nos dois! — Ainda de joelhos no chão o alfa se manteve com os olhos cravados no ômega. — Desde que eu tenho você ao meu lado, posso viver com o fato que não me quer mais, que não me ama, mas não posso viver sem você.


O ômega não encontrou mais o que falar e deixou as lágrimas descer molhando a fronha, o alfa permaneceu de joelhos, as palmas juntas.


— Se levante daí Lan Zhan!— Pediu o acamado. — Cuidar de meu filho já é suficiente para mim, dar a ele amor e carinho é meu maior objetivo, o resto eu não me importo em estar na mesma casa que você.



— Ter você em nossa casa, será suficiente meu amor!


Disse o administrador do hospital, se levantando, e secando o rosto.


Wei Ying não respondeu, o que ele diria? Nunca mais diria aquele alfa que ainda o amava, que seu coração, ainda pertencia a ele, na verdade nunca deixou de  ser dele, o ômega sabia que seu corpo, sua mente e coração só um alfa podia ter, e ali estava ele, o mesmo que humilhou ele no passado, se humilhando para ser perdoado.



Virando a cabeça para o outro lado, voltou a fechar as vistas, para dormir, as dores eram poucas agora, só as sentia mais forte se fizesse movimentos bruscos, mas o sono ainda era intenso, queria descansar.


Wangji observou a silhueta na cama.


“Eu vou fazer você me amar de novo meu amor, juro que vou.”

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Finalmente Wei Ying acordou 🤭 agora é esperar e ver o que vai dar em?
Kkkkkkk

Espero que tenham gostado bjsss até o próximo 💋💋💋💋💋💋💋💋💋💋💋💋💋💋💋