Laços do Destino

Capítulo 22

"Um fogo devora um outro fogo. Uma dor de angústia cura-se com outra."

~ William Shakespeare.

Mystic Falls,Virgínia.
2011

Acordar na manhã após a morte de Fin foi especialmente constrangedor. Klaus e eu levantamos sem nos falar, se quer nos olhamos. Passar a noite ali deitados um ao lado do outro, por mais que seja sem segundas intenções foi estranho de várias formas, e de um jeito ou outro, pareceu familiar.

Saí correndo do quarto de Fin, e fui até o meu. Tomei um banho e sai pra procurar algo pra comer.

- Ei você! - chamei um dos híbridos de Klaus que estava parado na porta da cozinha.

- Onde estão aquelas garotas hipnotizadas? - falei abrindo a geladeira a procura de sangue.

- Elas não estão mais aqui senhora. - o híbrido respondeu.

- Então ache um humano pra mim! E ache logo antes que eu mate você. - gritei com raiva e o híbrido saiu logo em seguida.

Meu celular vibrou em cima do balcão chamando minha atenção. Olhei o visor e estava estampado o nome: A.Saltzman.

- No momento eu odeio você. - falei atendendo.

"Eu sei que não me odeia de verdade."- Ric soltou uma risada mas eu apenas bufei em resposta.

- Sempre que um de vocês me liga é porque quer alguma coisa. Então diga logo. - suspirei irritada

"O meu eu louco roubou uma estaca de Carvalho branco e escondeu, agora estou preso no porão dos Salvatore." - ele explicou com a voz pesarosa.

- É só o que tinha a dizer? - perguntei ríspida.

"Queria ouvir uma voz amiga. - ele admitiu."

- A mesma amiga que vocês queriam matar até ontem? - falei alterando a voz.

"Nós descobrimos que você estava prestes a desligar vocês... Rebekah deixou escapar quando arrastou Damon pra sessão de tortura." - ele suspirou ao revelar.

- Aquela linguaruda. - foi tudo que eu falei, mas xinguei a minha irmã mil vezes mentalmente.

"Damon e eu nunca quisemos que você se machucasse ou morresse Clary." - a voz do caçador estava baixa, quase sentida.

- Preciso desligar agora, nos falamos em breve. - desliguei o celular e deslizei até o chão de costas na parede.

Eu não queria acreditar, não queria confiar mais neles.
Mas acabei resolvendo ir até os Salvatore e tentar descobrir onde estava a tal estaca escondida.

Dirigi até a casa Salvatore, parei em frente a enorme porta de madeira e me abaixei pegando a chave de baixo do tapete, já que eu tinha devolvido a minha. Na verdade eu tinha jogado na cara de Damon no meio de uma briga.

Desci as escadas até o porão e me surpreendi quando encontrei Klaus lá com uma estaca na mão enquanto falava com Ric e Stefan.

- Eu não sei de qual de vocês eu sou descendente. Eu não quero descobrir morrendo então porque não a achamos e destruímos?- ouvi Stefan falando quando entrei na cela.

- Me parece um bom plano. - falei cruzando os braços.

- O que você faz aqui? - Klaus perguntou surpreso ao me ver.

- Eu poderia perguntar o mesmo. - rebati e ele levantou as mãos.

- Bom.. então a segurança de todos os vampiros depende de uma estaca? - Klaus perguntou.