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Babi on

Ele matou três detentos sozinho lá no presídio mas fez showzinho porque o chocolate encostou no frango.

Babi: senhoras e senhores esse é o tão temido dono da Penha.

Coringa: para de caô- ele resmunga emburrado .

Encaro o homem deitado no meu colo.

Eu não consigo explicar, eu tenho noção que é burrice, mas me sinto muito confortável perto dele.

Eu adoro fazer carinho nele, é uma forma de demostrar que eu me importo.

Babi: vai tudo pro mesmo lugar.

Coringa: você pode parar ? Isso vai me deixar com traumas - dou risada e continuo fazendo carinho no cabelo dele.

Babi: muito sensível.

Coringa: com comida não se brinca.

Babi: juro, nunca conheci alguém tão fresco quanto você. Sério.

Coringa: não sou fresco, esse povo que é louco.- apenas concordo mesmo achando ele fresco- Amanhã é sexta, tem baile.

Babi: espero que possa se divertir.- ele abre os olhos e me encara.

Coringa: vai comigo.

Babi: não, tem muita gente- nego - vai desconfortável.

Coringa: camarote, docinho. Pouca gente, quero te mostrar o lugar.

Babi: não gosto de chamar atenção- ele bufa como se eu fosse uma tapada.

Coringa: tu já se olhou no espelho? Tu chama atenção mesmo não querendo, é gata demais.

Victor tá sempre elogiando algo em mim.

Não sou acostumada, faz com que eu me sinta estranha.

Coringa: a gente vem pra casa na hora que tu quiser.

Babi: eu poderia convidar a Lara e Tai ? Elas amam uma festa.

Coringa: claro pô, só dizer o endereço que mando alguém de confiança buscar as duas.

Babi: promete que se eu não gostar vai me trazer de volta.

Coringa: claro, não vou deixar lá conta a tua vontade.

Babi: então eu vou, mas não bota muita fé.

Coringa: vamo pro quarto deitar ? Tô morrendo de sono.

Concordo e Victor levanta do meu colo e estica a mão pra segurar a minha. Sigo ele até o quarto, escovamos o dente e deitamos.

De canto de olho eu vejo que o Victor estica a mão pra me abraçar mas logo tira.

Não sei se foi porque se arrependeu ou está respeitando meu tempo.

Babi: boa noite.

Coringa: boa noite, docinho.

Babi: acho que tenho que dar um apelido.

Coringa: não me chamando de amor tá tudo certo.

Encaro ele com curiosidade.

Coringa: juro, vou ficar puto da vida se você me chamar assim. Já tô te avisando pra não dar problema.

Ah, eu chamava o meu ex assim.

Babi: é uma forma carinhosa.

Coringa: brinca não, dona  Bárbara.

"Dona Bárbara"

Isso é novidade, é estranho ouvir o meu nome saindo da boca dele, me acostumei com o "docinho"

Deito de lado e encosto os dedinho do pé nele, só pra eu ter certeza que ele tá comigo.

                                     ⛓

Na sexta à noite Victor me arrastou pro baile funk.

Nunca fui em um. Óbvio que já fui em algumas festinhas que tocavam funk, mas nunca fui em um baile de verdade.

O lugar está lotado, mas o camarote tem poucas pessoas, e o Victor não sai de perto de mim.

Não preciso dizer que minhas amigas adoraram o lugar .

Victor me abraça por trás e por um segundo eu fico rígida, mas o cheiro dele faz meu corpo todo relaxar.

Babi: você não devia ficar tão perto, suas pretendes vão achar que você é comprometido. Vai acabar com ir seus esquemas.

Coringa : não, posso me ajoelhar aqui e te pedir em casamento, mesmo assim elas vão continuar dando ideia pra cima de mim.

Babi: credo - faço careta e viro de frente pra ele- triste pra elas e bom pra você.

Pra ter algum tipo de relacionamento amoroso ele é preciso ter uma confiança do caralho.

Coringa: não sou esse galinha que tu acha que sou.

Babi: hmm... - ele põe a mão na minha cintura.

Coringa: com quantas pessoas você ficou depois que terminou com aquele imbecil ?- ele pergunta como quem não quer nada.

Babi: como se você não soubesse, tem sempre alguém me seguindo.

Coringa: aquele dia na boate o Mob foi embora cedo. Sei lá....

Babi: você sabe que foi só com você, mas quer ouvir eu dizendo pra alimentar o se ego.

Coringa: um dia você ainda consegue me ofender  de verdade - ele mexe no meu cabelo.

Eu não me considero uma pessoa carente, não fico implorando por atenção, mas eu amo esse tipo específico de atenção.

É tão bom quando a pessoa se importa o suficiente pra te fazer carinho.

Coringa: você tá linda. É foda, fica feia nunca .

Babi: você acorda do meu lado.

Eu acordo parecendo um bicho.

Coringa: e tu tá sempre bonita.- ele afirma me olhando fixamente.

Babi: ótimo, você  conseguiu me deixar envergonhada

Coringa: eu quero te beijar. -ele sussurra contra o meu rosto. - quero pra caralho- ele umedece os lábios enquanto encara a minha boca.

Ele não espera minha resposta apenas me beija.

E tudo bem, eu quero ele ele me beije. Sinto saudades do gostinho de cereja.

Mas o Victor não consegue manter a mão no lugar, ela desce pelo meu corpo me trazendo más lembranças.

Aquela cara, o sofá, a mão dele tocando em mim, rasgando a minha roupa.

Eu não consigo, preciso acabar com isso

Babi: desculpa - digo me sentindo horrível- desculpa ....

Coringa: relaxa, tô de boa.

Abraço a cintura dele me sentindo uma idiota.

Babi: eu juro que quero você, mas eu preciso de tempo.

A mão dele vai até meu cabelo fazendo carinho.

Coringa: você devia ir ficar um pouco com as suas amigas, se divertir. Eu vou estar aqui de olho em você.

Ele ficou puto ?

Engulo em seco com medo dele ter ficado irritado comigo.

Babi: tá bom - eu queria ficar aqui com ele

Lance Criminoso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora