11 - Bônus - Nossa vida

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O carro do bônus está passando na sua porta...
Eu trouxe um pouco de tudo nesse bônus, para matar a saudade desse Malec...😉
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Alec está parado, com os braços cruzados na frente do peito, olhos no horizonte, semblante sério, enquanto Max persegue Jace na areia da praia, naquele fim do dia de céu laranja e rosa. Tenho certeza que ele não vê as cores, sua mente está muito mais longe do que ali.

_ Eu daria mil dólares por seus pensamentos, se não soubesse quais são... _ provoco, parando ao seu lado, olhando na mesma direção. _ Gostou daqui? _ pergunto, em seguida, não o forçando a dizer o que tinha em mente.

_ Acha mesmo que não há mais nenhum perigo para Max? _ ele pergunta, os olhos ainda mais longe que o horizonte.

Sei que não fala de Max, mas de si. _ Claro que não há perigo e você já estava há muito tempo trancado naquele rancho... Nada como o mar da Grécia para relaxar um pouco _ digo, o tranquilizando.

_ Ele... ele está bem? _ o ouço perguntar, tenso, depois de seis meses sem mencionar nada sobre Magnus. Mas, antes que eu possa responder, ele sacode a cabeça em negativa, descruza os braços, enfia a mão nos cabelos e se afasta. _ Esqueça o que eu perguntei... _ pede.

Vou atrás dele. _ É perceptível que ele sente muito a sua falta... Sabe, eu acho que ele o ama de verdade _ respondo.

Ouço o estalar da sua língua e uma risada sem alegria, desacreditando das minhas palavras. _ Não seja tolo... Eu estava lá, lembra? Ele não me quis... _ bufa e finalmente me encara, seu rosto bonito e pálido, os olhos não tão brilhantes como antes.

_ Por que não troca de roupa e vamos nos divertir um pouco na piscina? Lilith quer muito conhecê-lo... _ sorrio largo e ele abre um sorriso pela primeira vez, desde que começamos a conversa.

_ Pelo menos um de nós conseguiu um final feliz... _ diz, as bochechas se tingindo de vermelho.

_ Pois eu sinto que ainda não acabou... Ainda acredito que todos podemos ter _ aponto e o vejo revirar os olhos.

Vou me trocar para irmos até Lilith _ ele desconversa, fingindo sequer ter ouvido minhas palavras.

Chegamos à piscina de mãos dadas e em poucos minutos ele já conquistou a minha noiva. Por que isso não me surpreende? Alec conquista a todos com seu brilho, seu sorriso, sua falta de filtro em suas conversas...

Foi assim que me conquistou. Lembro que, no primeiro momento, quando recebi aquela cesta de presentes, fiquei incomodado. Ele fez questão que eu soubesse que o meu marido o visitou durante a madrugada. Magnus me traiu? Transou com um forasteiro?

Ele me prometeu! Disse que seria devotado a mim e nunca me trairia, porque eu havia sido sua escolha. Como se isso mudasse o fato de eu ter sido obrigado a abrir mão dos meus sonhos para me casar com ele, e colocar a minha família em um lugar alto na organização da qual faz parte.

Magnus nunca me perguntou se eu era feliz ao lado dele, se era isso que eu queria, se eu tive alguém antes dele. Tudo se resumia ao que ele planejou para si, suas escolhas, seu umbigo. Mas eu não cultivei raiva... Não é de mim...

Também não tenho o que reclamar dele como marido. Não, até aquele cartão... Sempre me deu tudo o que eu quis, um escritório sofisticado, uma conta bancária só minha e bem recheada, eu nunca questionou meu trabalho e as viagens que fiz por causa dele. Ele nunca reclamou de nada, porque nada importava para ele, desde que seus planos estivessem se cumprindo a contento.

Então, veio a cesta e depois, ele...

Magnus já estava encantado por ele quando o vi pela primeira vez. Tanto que o ouvi contar sobre o embate dele com o pai. Magnus nunca conversou comigo sobre qualquer assunto ligado ao grupo, até Alec chegar.

Há dez anos...Where stories live. Discover now