Mantendo Um Segredo

Capítulo 5

2 meses depois…

Emma ainda não havia superado o fato de Regina estar morta.  Seus pais lhe disseram que era o melhor. Seu irmão tinha sido preso por assassinato, mas Emma sabia que ele ainda tinha todos à sua disposição. Ela estava deitada na cama, pensando na primeira vez que Regina e ela se comprometeram.  O dia em que Regina morreu.  Lágrimas riscaram seu rosto e ela se levantou da cama. Ela correu para o guarda-roupa e começou a rasgar vestidos, jogar sapatos e quebrar vidros.

Seu verdadeiro amor se foi para sempre. Nem uma semana, nem um mês, nem mesmo um ano.  Ela se foi para a eternidade.
Ela se lembra do dia em que seus pais tiveram que ir à floresta para informar aos Mills que sua filha havia morrido. Ela se lembra de ver a mãe de Regina murchar de agonia e dor, afundando no chão porque sua filha não seria rainha.  Lembra como as lágrimas mancharam o rosto do pai de Regina, desejando que não fosse verdade.

Ela se lembra de não comer por semanas, apenas querendo provar os lábios de Regina novamente. Mas ela sabia que não era possível. Ela nunca mais a veria e era tudo culpa de seu irmão. Ela gritou, sentindo o sangue em sua garganta subir. O pensamento de deixá-lo consumi-la passou por sua mente uma ou duas vezes. Qual era o ponto? Por que ela deveria viver quando Regina se foi e ela está presa neste inferno como uma prisão. Ela mantinha uma espada em seu armário para o caso de querer ir.

Não se passou um momento sem que ela pensasse em Regina.  Todas as noites ao pôr do sol, Emma vai até a cachoeira onde ela e Regina declararam seu amor uma pela outra, e todas as noites, lágrimas escorriam por seu rosto.
Em seus sonhos, Regina ainda estava lá. Geralmente era o mesmo tipo de sonho, onde Emma e Regina estavam nuas em sua cama. Não havia um guarda, irmão ou pai no corredor para se perguntar o que elas estavam fazendo. A única coisa era que nunca parecia certo.

Esse sonho ficou conhecido como pesadelo. Onde ela acordaria com a pele quente de Regina pressionada contra suas costas. Ela se virava e beijava seus lábios suavemente. Mas quando Emma  virava, o rosto de Regina parecia que ela estava com dor ou triste. Ela olhava para a barriga e os olhos de Emma a seguiam. No meio de seu abdômen havia uma facada da espada de seu irmão. E Regina se transformaria em pó, deixando Emma. Sozinho e frio.

Mas havia bons sonho,  Aqueles em que Regina estaria no jardim e Emma estaria fora, ensinando seu filho a lutar com espadas. “Eu não posso fazer isso mamãe”, ele dizia, desistindo da peça de metal em sua mão.

"Você consegue. Eu prometo." Ela sempre respondia. "Posso te contar um segredo?" Ela perguntou depois de colocá-lo de volta em sua posição.

“Ensinei mamãe a lutar com espadas quando éramos mais jovens também.”
"Você fez?"

Emma sorriu, "Sim."  Ela se virou para Regina, que se levantou e sorriu.

Mas a maioria de seus sonhos não eram agradáveis. A maioria deles era sobre seu irmão voltando e matando-a. No entanto, ela não se juntaria a Regina. Ela estaria trancada em um espaço escuro, sem nada e ninguém. Seu irmão tinha chamado isso de fim. Ela apenas chamou de Inferno.

“Emma?” Ela foi arrancada de sua remanescência pelo som da voz de sua mãe. Ela não disse nada.  Em vez disso, como sempre faz, ela se levantou e caminhou até a porta. Ela abriu e ergueu as sobrancelhas para sua mãe.
Lágrimas escorriam por seu rosto, mas sua mãe estava acostumada com as brincadeiras de sua filha “deprimida”, “Seu café da manhã está feito. Esperamos que você realmente se junte a nós hoje.” Snow disse as palavras sem emoção e se virou para voltar para o refeitório.

“Por que você fica do lado dele?”  Emma disse fora do comum. Ela estava olhando para o chão, mas agora decidiu olhar para sua mãe, queimando um buraco no centro de seus olhos.

"O que você quer dizer? Nós trancamos seu irmão, ele não estava estável.”  Ela sabia o que sua mãe queria dizer. O que ela queria dizer era que você era instável e não podíamos arriscar que você matasse nosso precioso, perfeito e favorito filho. Mas Emma sabia,Ela sabia que sua mãe sempre esconderia o verdadeiro motivo pelo qual seu filho estava preso.
Ela havia dito ao reino que ele estava fora e não voltaria por um tempo.

“Eu sei que você prefere ele a mim,” Emma ficou magoada só de ouvir as palavras saírem de sua boca. Ela estremeceu e outra lágrima caiu de seus olhos.
Ela se assustou quando sua mãe agarrou um punhado de seu cabelo - da mesma forma que seu irmão fez. Emma grunhiu de dor,

“Você é a razão pela qual ele está lá. Nós não pedimos isso. Acha que gostamos de ter uma filha instável e um filho preso?  não!  Então saia de suas ilusões porque esta noite tudo vai mudar.” Snow mostrou fúria e raiva em relação à filha. Ela tinha medo de sua filha, mas ainda tinha mais poder sobre ela.

Mas Emma ainda tinha poder também. O poder de enfrentar seus pais, especialmente sua mãe, Não sou.  Instável."

“Ah, mas você é. As mulheres devem estar com os homens.  Não pessoas do mesmo sexo. Achei que te criamos melhor. Talvez seu cérebro não funcione como nós, pessoas normais.” Snow pegou o cabelo de Emma para mover uma mecha, mas Emma agarrou seu pulso.

“Não me toque!” Ela empurrou a mãe para trás, virou-se e trancou a porta atrás dela. Sua mãe tinha desistido dela. Ela foi considerada instável.

O pai dela era distante, achava que ela se casaria com um homem. Seu irmão era um pedaço de lixo podre que ainda era amado por todos, embora tivesse assassinado seu verdadeiro amor. E dela Todos haviam desistido. Então ela ia desistir também.
Sua mãe estava gritando com ela do lado de fora da porta de madeira, batendo nela, tentando entrar no quarto, mas Emma havia trancado. Ela respirou fundo e foi até a espada em seu guarda-roupa. Ela se lembrava de tudo. Desde o primeiro beijo, até o último eu te amo.

Agarrando o cabo da espada, ela mergulhou o metal penetrante em seu peito. Seus olhos estavam abertos por uma fração de segundo tempo suficiente para assistir a uma gota de sangue cair no chão. Seus olhos se fecharam, sua mente ficou em branco, e seu coração foi morto.