Voltei!!!
Divirtam-se!!!
Três dias depois do parto, Lena recebeu alta do hospital. A pequena Lauren nasceu perfeitamente bem e era o motivo dos sorrisos mais sincero de suas mães.
Quando a médica avisou o casal sobre alta, Kara fez uma monte de perguntas e anotava todas respostas. Lena tinha certeza que ela que havia passados todos os meses gravidez se preparando para aquele momento, aquelas perguntas não tinham surgido na hora.
Durante os três dias, Kara ficou ao lado de Lena e saia apenas para se alimentar. Não queria perder nenhum momento longe de Lauren e da morena.
A cada vez que carregava sua bebezinha no colo, Kara comentava que ela tinha sua boca, seu formato de nariz ou o seu queixo. Tirando a fome que Lauren sentia, todo o resto era igual de Lena sem tirar e nem por. Quando fez a inseminação, Lena quis um doador com características iguais as suas, mas achava bonito e engraçado como Kara queria ver na criança algo seu.
Por ser mãe de primeira viagem, Lena estava com mais medo tendo a filha nos braços do que quando a pequena estava dentro de sua barriga. Tinha certeza que tudo daria certo, pois tinha Kara ao seu lado, só que era inevitável não se assustar com sua nova realidade.
Em seu segundo dia vida, Lauren se mostrou um bebê um pouco chorão quando estava com muita fome e suas mães acabaram chorando junto, pois era a primeira vez que a viam chorando com muita força. Mesmo a enfermeira tendo explicado que só era fome, elas só pararam de chorar quando a filha parou.
No hospital, ela só receberam a visita de Eliza. Todas as outras pessoas que acompanharam o casal preferiram deixá-las em paz. Embora a curiosidade para ver a bebê fosse enorme, sabiam que elas precisavam desse tempo para assimilar muita coisa.
O casal estava com filha indo para casa. A cada dois minutos, Lena olhava para o banco de trás para se certificar de que a cadeirinha estava no lugar certo.
Kara dirigia calmamente e cantarolava baixinho a melodia de uma música. Estava tão nervosa por estar levando a filha para casa que até havia esquecido a letra da música que tanto gostava.
— Você acha que eu vou ser uma boa mãe?
— É claro que vai — Kara a respondeu também assentindo com a cabeça. — Talvez não tão boa quanto eu, mas não estamos fazendo uma campeonato de melhor mãe da cerejinha — brincou fazendo Lena rir.
— Fico apreensiva de ser para a Lauren a mãe que minha mãe foi pra mim — suspirou. — Tive minha primeira filha e ela nem sequer soube que eu estava grávida.
— Você jamais vai ser como a sua mãe — procurou pela mão de Lena e a segurou. — Não a conheço, apenas pelo o que já li em sites e vi na TV. Mas você me contou o quanto ela sempre foi rígida com você e controladora. Se você quiser mostrar Lauren para ela, nós faremos isso. Se não quiser, está tudo bem também. Não se cobre por isso. Vamos aproveitar esse momento com a nossa filha.
— Talvez um dia eu queira mostrar, mas não agora. Acho que se eu fosse uma pessoa importante para Lilian Luthor, ela teria tentado resolver as coisas que ela mesma bagunçou.
— E é exatamente por existir mães e mães, que eu te digo com todas as letras: você jamais vai ser uma mãe como ela.
— Eu acredito quando você fala.
— Só estou dizendo a verdade. Chegamos, amores da minha vida.
Não importava se conhecia Lena há menos de um ano, Kara sabia que todas as suas inseguranças estavam totalmente atreladas a sua família, principalmente a sua mãe. Era por isso também que tentava mostrar a Lena que sempre estaria ao lado dela e o quanto ela significava em sua vida. Queria mostrar a ela que nunca mais ficaria sozinha e o quão incrível ela era.
Enquanto Lena segurava Lauren — que estava totalmente adormecida — Kara carregava as bolsas. Ao abrir a porta de casa, a loira olhou para a mulher que amava e a filha sorrindo amorosamente.
— Bem-vinda a sua casa, Lauren! E bem-vinda novamente, nova mamãe — depositou um beijo no rosto de Lena.
Assim que colocou o primeiro pé porta a dentro, Lena viu todos com quem se importava espalhados pela sala sua casa.
— Minha afilhada chegou! — Andrea foi andando rapidamente até a amiga. — Eu disse que ela era linda como eu.
— Só nos seus sonhos, Andrea — Alex a deu um empurrãozinho para ela se afastar. — Minha sobrinha. Deixa eu pegar ela um pouquinho?
— De jeito nenhum, quem vai pegar ela primeiro é a madrinha dela, que sou eu e não você.
— Nenhuma das duas vão fazer isso — Sam se aproximou também para olhar a criança. — Óbvio que serei eu, pois tenho certeza que serei a tia favorita dela.
— Gente! — Kelly começou a tirar as três mulheres de perto da criança. — Parem com essa discussão boba, deixem a Lena entrar direito em casa e depois ela e a Kara decidem isso.
— Kelly está certa — Eliza concordou com a nora. — Vocês terão muito tempo para carregá-la.
A base de resmungos como se fossem crianças que tivessem sido colocadas no castigo, as mulheres voltaram a se espalhar pela sala.
Indo até o sofá, Lena se sentou. Logo depois, Kara sentou ao seu lado a abraçando. O primeiro a se aproximar do casal foi Dino, que se deitou aos pés de Lena. Logo depois, Esme se aproximou meio ressabiada e com um bico enorme na cara.
— Essa é minha priminha? — perguntou para as tias enquanto olhava a pequena nos braços de Lena.
— É sim, Esme — Lena respondeu. — Você não queria tanto uma priminha? Ela está aqui.
— Ela vai poder tomar sorvete e Milk-shake comigo?
— Ela é bebê Esme — Ruby respondeu do outro lado da sala. — Ela só pode tomar o leite da mãe dela.
Cruzando os braços, Esme fez uma cara de emburrada.
— Porque está emburrada, Esme?
— Queria uma priminha pra tomar sorvete e Milk-shake comigo — respondeu à cara. — Ela não pode tomar. E não vou ser mais o seu bebê por causa dela — olhou para Kara.
Agora o bico enorme e a cara de emburrada faziam sentido. Esme estava com ciúmes da nova integrante da família. Todas já sabiam que isso iria acontecer, pois, até então, ela era a caçula e tinha muita atenção só pra ela, principalmente de Kara.
— Você ainda é meu bebê, sim — a loira a colocou em seu colo. — Você e a Ruby sempre vão ser meus bebês, assim como a Lauren. Você vai ver que quando ela estiver maiorzinha, vocês vão poder tomar todo o sorvete do mundo e brincarem juntas.
— Ainda sou seu bebê, tia Lena?
— Claro que é, meu amor — deu um beijo na garotinha que sorriu. — Sempre vai ser.
Um tempo depois daquilo, Esme não quis mais sair de perto de Lauren. Qualquer um que a carregava, Esme se aproximava para ficar passando as mãozinhas na cabecinha careca da prima.
Por mais que quisesse descansar e apenas curtir Lauren e Kara, Lena ficava feliz por todas estarem ali. Durante a gestação foi muito importante a presença de cada uma em sua vida. Cada uma a ajudou de alguma maneira e que agora percebia que fazia total diferença.
O dia seguiu tranquilo e repleto de sorrisos. Lauren foi mimada por todas e passou grande parte do dia ou dormindo, ou querendo mamar.
— Acho que está na hora de deixarem as mamães descansarem — Eliza falou entregando a neta para a nora. — Vocês têm certeza que não querem que eu fique uns dias?
— Temos, mãe. Estamos perto de vocês, qualquer coisa a gente liga e pede socorro.
— É pra ligar mesmo — abraçou a filha. — Vejo vocês e minha netinha no almoço de domingo. Tchau, Lena.
— Tchau, Eliza — recebeu um abraço carinhoso da senhora.
A despedida demorou um pouco mais que o esperado, pois Esme não queria ir embora. Ela queria muito ficar com as tias e a prima. Kelly e Alex que a convenceram a ir embora. Sabiam que Lena e Kara não negariam a presença de sua filha, mas elas tinham que se adaptar a uma nova rotina com um bebê recém nascido em casa.
A última a se despedir das mamães foi Andrea. Ela carregou a afilhada mais alguns minutos antes de devolve-la a Lena.
— Eu escondi o que você comprou para Kara na gaveta da cômoda da Lauren — disse a dando um abraço só para falar aquilo e ao correr o risco de ninguém ouvir sem querer. — O papel que me pediu pra arrumar também está lá.
— Vamos logo, Andrea! — Sam gritou já do lado de fora da porta onde estava com o resto do pessoal, inclusive com Kara que conversava com a mãe e a irmã.
— Obrigada, Andy.
— Boa sorte! — sorriu. — Tchau, coisinha linda da madrinha.
Observando a amiga sair de sua casa, Lena foi com sua filha até o quarto dela. Queria ficar um pouco a sós com ela. Assim que entrou, se sentou na poltrona de amamentação.
— Oi, meu amor — sorriu a vendo abrir os olhinhos. — Esse é o seu quartinho. Gostou dele? Foi sua mamãe Kara que o decorou. Sabe, eu vou fazer um surpresa para sua outra mamãe e eu espero que ela goste. Um dia eu vou te contar como nós conhecemos e ela se tornou sua mamãe. Você vai ver que fizemos tudo ao contrário.
— O que vocês tanto falam aí? — Kara entrou no quarto indo para perto delas.
— Eu estava dizendo que você que decorou o quarto dela — respirou fundo criando coragem para o que iria fazer nos próximos minutos. — Pode segurá-la um pouquinho?
— Não deveríamos colocá-la no berço? — franziu o cenho. — Acho que ela deve estar cansada de tanto ser carregada.
— Já vamos fazer isso, mas quero que ela presencie uma coisa.
Dando ombros, Kara pegou a filha com a maior alegria. Jamais iria reclamar ou negar de carregar seu bebê, mesmo sabendo que não era o ideal.
Assim que Kara pegou Lauren e começou a caminhar com ela pelo quarto, Lena foi até a cômoda infantil procurar o que Andrea tinha dito que deixou lá. Ao achar, deu uma verificada rápida e respirou fundo antes de fazer o que seu coração queria que fosse feito. Com Kara, agir com o coração sempre parecia mais certo do que com a razão, a sua razão a afastou uma fez e quase fez isso uma segunda vez. Por isso, apenas deixaria seu amor falar mais alto.
— Kara? — se aproximou dela com as mãos para trás.
— Sim, minha vida — se virou para olhá-la.
— Há três dias atrás, eu iria fazer uma coisa, mas nossa menina decidiu vir ao mundo, então tive que adiar — começou dizendo olhando nos olhos da loira. — Eu acho que ela queria ver o que eu estou prestes a fazer.
— O que você está prestes a fazer?
Tirando uma das mãos de trás das costas, mostrou na palma de sua mão uma aliança de noivado com uma pequena pedra solitária de diamante. Surpreendida com o que viu e sem saber se estava entendendo certo, Kara até parou de balançar a filha ficando imóvel.
— Queria saber se quer casar comigo. Já dividimos o mesmo teto, temos uma filha e... Eu te amo, não vejo o porque de não fazermos isso.
— Você... você está me pedindo em casamento? — seu rosto começou a se iluminar.
A intenção de Lena de surpreender Kara deu muito certo, pois realmente a loira estava totalmente surpreendida pelo ato da morena.
— Estou — assentiu com a cabeça. — Eu vou gostar se você aceitar. Se não aceitar, eu vou entender porque eu meio que ando falhando com você, mas... Eu quero que você seja a minha esposa. Se não for agora, espero que seja algum dia.
Sentindo o coração acelerar, Kara se aproximou um pouco mais da morena que continuava esperando ansiosamente por uma resposta. Lena já até sentia seus joelhos tremerem de tanto nervosismo. Parecia que Kara estava demorando uma eternidade pra dizer sim ou não.
— Eu não tenho outra resposta para te dar além de um sim. Mil vezes sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Você é a mulher dos meus sonhos, Lena, é claro que eu te digo sim.
— Ótimo — sorriu tirando a outra mão de trás do corpo. — Porque é só assinarmos isso e estaremos casadas.
— Vo-você está falando sério? Se assinarmos isso seremos esposa e esposa?
— Seremos. É só eu entregar a Andy e ela cuidará do resto.
— Eu aceito qualquer coisa desde seja com você — a beijou rapidamente. — Está vendo, Lauren, sua mãe é tão apaixonada por mim que nem pode esperar para me pedir em casamento.
Revirando os olhos, Lena deixou Kara com filha por dois segundos, apenas para pegar uma caneta. Elas assinaram o papel tendo Lauren como a testemunha de que suas mães estavam tendo uma cerimônia muito íntima de casamento.
O casal se sentia muito feliz por mais um grande passo em suas vidas. Lena tinha certeza que não queria sair de perto de Kara, e Kara tinha certeza que não queria ficar longe dela.
— Agora você é oficialmente minha mulher — disse Lena colocando a aliança no dedo da loira. — Você é o que eu sempre quis e achei que nunca iria encontrar. Eu sou mais feliz por ter você comigo. Você é a melhor coisa que já me aconteceu e eu nem sequer planejei ter você na minha vida. Você só chegou e entrou. Nunca mais quero você longe de mim.
A cada palavra que dizia, Lena podia jurar que seus sentimentos por Kara tinha ficado maiores e mais intensos.
— E por ter você na minha vida que hoje eu entendo porque vim parar de novo em Midvale. Eu tinha que te conhecer — sorriu assim que Lena segurou seu rosto a beijando e acariciando suas bochechas — A aquela moeda que você transformou em cara realmente me deu sorte. Que bom que me deixou ficar na sua vida mesmo sem eu estar nos seus planos. E obrigada pela linda filha que me deu. Sei que juntas podemos fazer e enfrentar qualquer coisa. Valeu a pena você ter roubado o meu táxi.
— Meu táxi.
— Há controvérsias — a provocou a fazendo gargalhar jogando a cabeça para trás. Adorava vê-la rir daquele jeito. — Agora vamos dançar a nossa valsa nupcial. Vem, me abraça aqui. Lauren também vai participar desse momento.
— Não temos música.
— Eu canto.
Com a filha entre elas, Lena colocou seus braços ao redor de Kara e apoiou a cabeça em seu peito. A posição não era a mais agradável, mas isso não importava. O importante era o momento que estavam vivendo e tudo que queriam juntas dali pra frente com a filha.
— You're just too good to be true
Can't take my eyes off you
You'd be like heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive
You're just too good to be true
Can't take my eyes off you
— Eu te amo muito — sussurrou para Kara.
— Pardon the way that I stare
There's nothing else to compare
The sight of you leaves me weak
There are no words left to speak
But if you feel like I feel
Please, let me know that is real
You're just too good to be true
Can't take my eyes off you
Kara deixou um beijo carinhoso na testa de Lena enquanto embalava ela e a filha no ritmo da música.
— I love you, baby
And if it's quite all right
I need you, baby
To warm the lonely nights
I love you, baby
Trust in me when I say...— Eu acredito em você, meu amor.
Chegamos ao fim de mais um história. Quem gostou bate palma, quem não não gostou paciência, mas espero que tenham gostado, e eu tenha entregado o que vocês gostam de ler.
Nos vemos nas próximas fic.
:)

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All That Matters to Me
Fanfiction[Concluída] Lena Luthor está decidida que quer começar uma família sozinha, para isso recorre a inseminação artificial. No entanto, o destino coloca em seu caminho Kara Danvers. A princípio, Lena tenta afastá-la, mas as coisas vão mudando conforme v...