Capítulo 2 - Wicked Game

Começar do início
                                    

Jack se segurava ao máximo.

- Não vai aonde, JP?

- Não! Eu não vou me apaixonar por você... Não, eu...

Daí pra frente, ele começou a misturar inglês com português.

- Não, eu... With you! No, I... No... Por você...

Depois, começou a enrolar a língua.

- And I... lalelo... No... Lalaleli... With you... eftjqwhe... Fallen...

Jack estava chorando, rindo bem baixinho. Ela não aguentava mais, tinha que rir. Ai ele parou.

- Por que parou?

JP começou a rir.

- Escuta, por que não vai para casa?

- Eu quero subir, oh Jaqueline!

Jack parou de rir aos poucos.

- O quê?

- Me deixa subir! Oh Jaqueline... Deixa eu... – Começou a implorar.

Jack engoliu em seco.

- Não, não posso.

- Sou seu... namorado...

- Eu sei, mas...

- Jaqueline! – Ele gritou.

Ela ficou sem saber o que fazer e envergonhada com medo dos vizinhos ouvirem.

- JP! Vai para casa!

Ele caminhou, tombando de um lado para o outro, tropeçando nos pés e no chão também, rindo do nada e deixando o violão no chão.

- O que... O que você vai fazer, hein? – Ela perguntou, nervosa.

JP deu uma cambaleada violenta para trás e caiu no chão. Começou a rir, mas Jack agora estava preocupada.

- Vou subir, Jaqueline! Vou ai!

Ele falou enrolado, mas ela entendeu letra por letra. Seu coração se acelerou.

- Não... JP, não! Não faz isso, JP!

Ele começou a se agarrar na parede da casa da Jack, como se fosse escalar pedra por pedra e como se gravidade não existisse...

- João Paulo, fique onde está! – Gritou Jack.

Ele continuou tentando, mas agora gritava também...

- Oh Jaqueline! Jaqueline, você não pode me enrolar assim, Jaqueline!

Jack passou as mãos pelos cabelos, nervosa.

- Jaqueline! – Ele repetiu o nome dela por tempo necessário para que Jack enjoasse e pegasse trauma do próprio nome.

- Cala a boca, JP! Eu tenho faculdade amanhã!

Ele começou a rir novamente, enquanto se sentava no chão.

- Jaqueline! – Gritou ele, por várias vezes.

Depois de quase duas horas, JP se levanta do chão. Jack já estava dormindo no chão, perto da janela, quase babando. De repente, JP a acorda com um grito:

- Oh Jaqueline! Eu ainda vou te pegar!

Jack se levantou rapidamente e o observou. Ele caminhou até o meio da rua, onde estava o violão e a garrafa. De repente, JP começou a chorar, do nada.

- JP? Ei... – Grita Jack, preocupada.

Ele se sentou no meio da rua deserta, com a mão na cabeça. Jack não sabia se ele estava chorando ou rindo, ou se estava chorando e rindo.

- Está tudo bem, JP?

- Vou embora, Jaqueline!

- Vai, pode ir! – Murmurou ela.

- Depois eu volto.

Jack sorriu. JP caminhou até o meio fio da calçada da Jack e desmaiou.

- Ah, para com isso, JP!

Ele não disse nada.

- JP! Vá para casa!

Ele continuou quieto.

- JP? Fala comigo, seu bêbado bobo!

E nada.

- JP? Você tá vivo?

Ele continuou calado.

- Que droga, JP!

Assustada, Jack desce correndo as escadas, mesmo com medo de ser um pretexto para que ele pudesse a agarrar.

- JP! Fala comigo! - Ela batia na cara dele, JP resmungava. E só.

- Vai... JP, acorda! Não vou te levar para dentro. Você tem que ir embora!

Ele resmungava coisas sem sentido.

- JP! Que droga... - Ela dá um tapa forte na cara dele.

Ele acorda de repente.

- Jaqueline!

- Vai embora! Não vou transar com você, então me deixa em paz.

- Jaqueline, espera! – Ele resmungou.

- Está tudo terminado, JP! – Jack disse, o olhando, chateada. – Pensei que fosse diferente, mas me enganei...

Jack o deixou jogado no chão e correu de volta para dentro.

- Obrigado... Ex-namorada! – Disse JP, tentando se levantar do chão.

Jack ouviu quando um carro estacionou em frente a sua casa, depois de alguns minutos que subira. Teve pouco tempo de sono, mas aquela noite fora a mais louca e engraçada da sua vida...

DE VOLTA AO PRESENTE...

- Como você teve coragem de iniciar um namoro com esse doido? - Clair fez uma careta.

- Foi legal enquanto durou...

- Tudo pra Jack é legal!

- Ah... Para! Ele não quer mais saber de mim. E eu prefiro ficar sozinha a ser forçada a transar com alguém...

- Medrosa... Não é essa a questão. Ele não estava te forçando, você que sempre tem medo...

- Cala essa boca. - Disse Jack, a ignorando.

- Precisa parar com isso...

- Pensei que não gostasse do JP, que ele é mulherengo e blá, blá, blá...

Clair suspirou.

- Só estou tentando te ajudar...

- Eu só não quero fazer isso com caras que me decepcionam.

- Já entendi, Jack.

- Eu vou saber quando for o cara certo.

- O cara certo? - Clair disse, estreitando os olhos.

- É! Agora chega dessa conversa.

Clair estreitou os olhos.

- Oh Jack... Passa a vodka ai!

Jack gargalhou.

- Como você é besta, Clair!

Rosas de Amor para Jack (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora