Jack se segurava ao máximo.
- Não vai aonde, JP?
- Não! Eu não vou me apaixonar por você... Não, eu...
Daí pra frente, ele começou a misturar inglês com português.
- Não, eu... With you! No, I... No... Por você...
Depois, começou a enrolar a língua.
- And I... lalelo... No... Lalaleli... With you... eftjqwhe... Fallen...
Jack estava chorando, rindo bem baixinho. Ela não aguentava mais, tinha que rir. Ai ele parou.
- Por que parou?
JP começou a rir.
- Escuta, por que não vai para casa?
- Eu quero subir, oh Jaqueline!
Jack parou de rir aos poucos.
- O quê?
- Me deixa subir! Oh Jaqueline... Deixa eu... – Começou a implorar.
Jack engoliu em seco.
- Não, não posso.
- Sou seu... namorado...
- Eu sei, mas...
- Jaqueline! – Ele gritou.
Ela ficou sem saber o que fazer e envergonhada com medo dos vizinhos ouvirem.
- JP! Vai para casa!
Ele caminhou, tombando de um lado para o outro, tropeçando nos pés e no chão também, rindo do nada e deixando o violão no chão.
- O que... O que você vai fazer, hein? – Ela perguntou, nervosa.
JP deu uma cambaleada violenta para trás e caiu no chão. Começou a rir, mas Jack agora estava preocupada.
- Vou subir, Jaqueline! Vou ai!
Ele falou enrolado, mas ela entendeu letra por letra. Seu coração se acelerou.
- Não... JP, não! Não faz isso, JP!
Ele começou a se agarrar na parede da casa da Jack, como se fosse escalar pedra por pedra e como se gravidade não existisse...
- João Paulo, fique onde está! – Gritou Jack.
Ele continuou tentando, mas agora gritava também...
- Oh Jaqueline! Jaqueline, você não pode me enrolar assim, Jaqueline!
Jack passou as mãos pelos cabelos, nervosa.
- Jaqueline! – Ele repetiu o nome dela por tempo necessário para que Jack enjoasse e pegasse trauma do próprio nome.
- Cala a boca, JP! Eu tenho faculdade amanhã!
Ele começou a rir novamente, enquanto se sentava no chão.
- Jaqueline! – Gritou ele, por várias vezes.
Depois de quase duas horas, JP se levanta do chão. Jack já estava dormindo no chão, perto da janela, quase babando. De repente, JP a acorda com um grito:
- Oh Jaqueline! Eu ainda vou te pegar!
Jack se levantou rapidamente e o observou. Ele caminhou até o meio da rua, onde estava o violão e a garrafa. De repente, JP começou a chorar, do nada.
- JP? Ei... – Grita Jack, preocupada.
Ele se sentou no meio da rua deserta, com a mão na cabeça. Jack não sabia se ele estava chorando ou rindo, ou se estava chorando e rindo.
- Está tudo bem, JP?
- Vou embora, Jaqueline!
- Vai, pode ir! – Murmurou ela.
- Depois eu volto.
Jack sorriu. JP caminhou até o meio fio da calçada da Jack e desmaiou.
- Ah, para com isso, JP!
Ele não disse nada.
- JP! Vá para casa!
Ele continuou quieto.
- JP? Fala comigo, seu bêbado bobo!
E nada.
- JP? Você tá vivo?
Ele continuou calado.
- Que droga, JP!
Assustada, Jack desce correndo as escadas, mesmo com medo de ser um pretexto para que ele pudesse a agarrar.
- JP! Fala comigo! - Ela batia na cara dele, JP resmungava. E só.
- Vai... JP, acorda! Não vou te levar para dentro. Você tem que ir embora!
Ele resmungava coisas sem sentido.
- JP! Que droga... - Ela dá um tapa forte na cara dele.
Ele acorda de repente.
- Jaqueline!
- Vai embora! Não vou transar com você, então me deixa em paz.
- Jaqueline, espera! – Ele resmungou.
- Está tudo terminado, JP! – Jack disse, o olhando, chateada. – Pensei que fosse diferente, mas me enganei...
Jack o deixou jogado no chão e correu de volta para dentro.
- Obrigado... Ex-namorada! – Disse JP, tentando se levantar do chão.
Jack ouviu quando um carro estacionou em frente a sua casa, depois de alguns minutos que subira. Teve pouco tempo de sono, mas aquela noite fora a mais louca e engraçada da sua vida...
DE VOLTA AO PRESENTE...
- Como você teve coragem de iniciar um namoro com esse doido? - Clair fez uma careta.
- Foi legal enquanto durou...
- Tudo pra Jack é legal!
- Ah... Para! Ele não quer mais saber de mim. E eu prefiro ficar sozinha a ser forçada a transar com alguém...
- Medrosa... Não é essa a questão. Ele não estava te forçando, você que sempre tem medo...
- Cala essa boca. - Disse Jack, a ignorando.
- Precisa parar com isso...
- Pensei que não gostasse do JP, que ele é mulherengo e blá, blá, blá...
Clair suspirou.
- Só estou tentando te ajudar...
- Eu só não quero fazer isso com caras que me decepcionam.
- Já entendi, Jack.
- Eu vou saber quando for o cara certo.
- O cara certo? - Clair disse, estreitando os olhos.
- É! Agora chega dessa conversa.
Clair estreitou os olhos.
- Oh Jack... Passa a vodka ai!
Jack gargalhou.
- Como você é besta, Clair!
ESTÁ A LER
Rosas de Amor para Jack (Degustação)
RomanceJaqueline não tem nada a ver com o padrão de beleza imposto pelas revistas de moda, mas seu peso não diminui sua beleza. Jack vive bem consigo mesma, porém não é tão sortuda no amor. Nenhum dos caras por quem ela se interessa quer algo sério, apenas...
Capítulo 2 - Wicked Game
Começar do início