Em uma cidade onde o crime é predominante, mafiosos se denominam famílias "Reais" o criminalidade e crueldade das duas maiores família de gângsters da Coréia do Sul é quem domina todo o território daquele país, com as ruas de Seoul tomada pelo coma...
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— Estamos chegando! — Sorriu Soomin, a irmã mais velha de Yoongi.
A garota ajudava seu irmão a escalar pelos telhados da cidade de Áquila. Ela, o Min e Junseo estavam treinando, o pai dos dois primeiros citados havia comentado sobre a casa de um escritor famoso e, para treinar o irmão de sete anos, Soomin teve a brilhante ideia de ensinar a ele tudo que sabe. Era a primeira missão de Yoongi e o moreno sentia-se animado. Pulando por entre as enormes casas, faltava apenas mais algumas para chegarem finalmente em seu destino.
— Por que estamos vindo aqui? Não é mais fácil ir andando? — perguntou o mais novo, meio nervoso por ser sua primeira vez nas ruas daquela forma.
— Os serpentes são silenciosos, Yoon, precisamos caminhar sem sermos vistos, entende?
Apenas acenou em concordância. E então, finalmente, o grupinho de amigos estavam a uma casa de onde deveriam ir. Para checar se estava tudo certo, Soomin balançou-se habilidosamente para frente e para trás, segurando-se nas barras da janela em que havia se pendurado. Quando finalmente pegou impulso, jogou seu corpo até a residência do escritor. Checou os arredores algumas vezes até ter certeza de que estava seguro.
— Podem vir — disse ela.
Era vez de Junseo fazer o mesmo que a Min fizera segundos atrás. Fazendo os mesmos passos, o rapaz conseguiu chegar do outro lado facilmente, estava alegre por não ter errado nada.
Olhando para trás, a garota percebeu que seu irmão estava assustado, não o culpava, é claro, a primeira vez sempre era assustador.
— Se você quiser voltar para casa, Yoon, eu te levo… — falou simplista, observando o mais novo.
— Não, eu consigo!
Lembrava-se perfeitamente de como Soomin chegou no outro telhado, copiando os movimentos dela, conseguiu cair habilidosamente ao seu lado.
— Ah, estou tão orgulhosa! — Abraçou contente. — Eu disse para nosso pai que você estava pronto!
O grupo de adolescentes se encontrava dentro de seu destino. Olhando para os lados, Yoongi estava admirado com tudo aquilo, aquela casa possuía uma biblioteca enorme, com histórias jamais postadas, aquilo valia uma fortuna e agora eram todos de sua família.
— Lembre-se, pequeno, pegue tudo o que conseguir levar. — Sussurrou a mais velha, se afastando de seu irmão e começando o seu próprio furto.
Suga — nome que o Min havia escolhido para si — sentia-se ansioso pelo que estava por vir, decidiu sair da biblioteca, abrindo uma porta que levava para um corredor escuro e aparentemente sujo, não sabia quem morava ali mas com certeza sua rinite iria atacar a qualquer momento. Seus olhos brilhavam ao chegar na sala de estar, nela continha sofás de mármore com uma estampa florida e verde, mas o que chamava sua atenção eram armas e pistolas penduradas na parede, aquilo não estava certo.
Por que um escritor teria armas em sua casa?
Era isso que passava em sua mente. Caminhando pelas pontas dos pés, o garoto inclinou-se para cima, pegando uma pistola em mãos, levaria consigo.
— Yoongi?! Precisamos ir!
Ouvia os gritos de sua irmã na sala dos livros, realmente havia alguma coisa errada.
Correndo desesperado pelo mesmo corredor que antes, apenas observou um vulto chegando em sua direção e o prendendo contra a parede. Não teve tempo de reagir, sentia-se sufocando com as mãos firmes de um… adolescente?! Os fios loiros do desconhecido tocavam os ombros de Suga, enquanto suas mãos enforcavam o pescoço do moreno. Os olhos do misterioso estavam focados em uma única coisa: Yoongi. Desesperado, Min desferiu uma joelhada na região da barriga, empurrando seu agressor para trás, forçando-o a soltá-lo. Usando todas as técnicas de luta que seu amado pai o ensinou uma vez, o moreno utilizou sua perna direita para dar-lhe uma rasteira, derrubando seu inimigo no chão e colocando seu pé sobre o peitoral alheio.
— Quem é você?! — perguntou o loiro.
— Seu pior pesadelo, Sss. — Fez o som de cobra, saindo correndo de cima do, aparentemente, mais velho, voltando para os braços de minha irmã. — Precisamos sair daqui.
[...]
Dez anos depois
As cortinas que balançavam ao vento da tempestade foram o único indício da entrada dele ao quarto de sua antiga casa. Min Yoongi queria apenas uma coisa: o broche de esmeralda da sua família, que fora tirada de si quando muito pequeno. Suga se localizava no telhado do castelo da Princesa Evangeline, onde a jóia que tanto queria estava. Ele repassava em sua mente todo o plano de conseguir entrar, pegar o que desejava e sair sem ser visto. Porém, sentia uma presença bastante conhecida ao seu redor, já sabia exatamente quem era, então apenas falou:
— Você deveria ser mais cauteloso, loirinho.
— Está preocupado comigo, My Lord? — o loiro brincou, sorrindo atrevido e se aproximando do corpo pequeno do moreno.
— Apenas não me atrapalhe, eu quero aquele broche.
— Você sabe que não posso deixar… os tigres também querem a jóia.
— Pois bem, que venha pegar. — Abriu a janela que havia no telhado e jogou-se lá de cima, caindo graciosamente de pé no centro do salão.
Assim que Taehyung — o loiro, mais conhecido como KTH — iria descer também, acaba tropeçando desajeitadamente na vidraça, caindo para dentro do castelo, se enrolando pelas cordas de enfeite penduradas, ficando de cabeça para baixo.
— My Lord, já disse que você deixa meu mundo de cabeça para baixo? — flertou sorrindo predadoramente.
— Cala-se, garoto, não falarei novamente.
Yoongi colocou suas mãos na preciosa jóia, disparando um alarme alto, com isso o rapaz correu até o mais velho e o desprendeu, ele não poderia deixar que seu grande inimigo fosse pego ali. Assim que o soltou, o Min escalou as paredes — sendo seguido pelo loiro — voltando para cima do telhado com graciosidade.
— Tenha mais cuidado! Eu não posso te perder! — O moreno agarrou a gola da camiseta do Kim, puxando-o para si e então o beijou, um beijo apaixonado como dois amantes.
A relação desses dois era um pouco conturbada, cheia de tapas e beijos, mas no meio daquilo tudo existia um sentimento lindo, o amor.
