Capítulo 11

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Voltei!!
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ATENÇÃO! PRECISO DA AJUDA DE VOCÊS PARA DEFINIR A PRÓXIMA FIC QUANDO ESSA ACABAR. AS OPÇÕES SÃO:
 
A)      SUPERCORP TROCA DE CORPO (ideia de @JessdaLena)

B)      SUPERCOP BASEADO NA MUSICA DRESS TAYLOR SWIFT

C)      OS DOIS PLOTs NA MESMA FIC
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Divirtam-se!!
 
 

Já havia um tempo que Kara estava acordada, mas continuava na cama, pois Lena estava abraçada a ela. A respiração calma e fraca contra o seu pescoço, uma das pernas por cima da sua e o braço envolta da sua cintura, fizeram seu coração ancorar no peito de um jeito que nunca aconteceu. Era como se seu coração tivesse ficado quentinho.
 
Enquanto Lena continuava dormindo, começou a fazer um leve cafuné em seus cabelos escuros, sem intenção alguma de acordá-la. Tudo o que queria era continuar bem quieta ali do lado dela e da cerejinha. Se pudesse, até pararia o tempo só para aproveitar mais aquela calmaria.
 
Todas as vezes que ia embora do apartamento de Lena, se pagava pensando em como seria dormir e acordar com ela. Tinha desejado muito apenas ficar ao seu lado dando todo o carinho que conseguisse e agora que ela ficaria uns dias na fazenda, poderia fazer tudo isso.
 
Depois de minutos pensando no tanto que queria mostrar nos próximos dias o quanto Lena era importante para ela, acabou voltando para a realidade quando a sentiu deixar um beijo no seu pescoço. Isso a fez soltar um riso anasalado e como reflexo puxou Lena para mais perto. Adoraria passar o resto de sua vida recebendo aquele beijo terno todas as manhã.
 
— Oi — Lena disse com uma voz rouca se aconchegante mais a Kara. — Gostei de acordar e ter você assim comigo.
 
— Eu estava agora mesmo pensando o quanto isso é bom. Está se sentindo bem? — perguntou com certa preocupação.
 
— Estou. Acho que é por você está comigo. E você é um ótimo travesseiro também.
 
— Tomei cuidado para não me mexer muito durante a noite para incomodar você e a cerejinha. Até quando o Dino pediu para sair do quarto de madrugada, tentei não te acordar — beijou a testa de Lena. — Bom dia.
 
— Bom dia — soltou um grunhido manhoso. — Você é tão atenciosa comigo.
 
— Isso é ruim?
 
Mesmo sem estar olhando para Kara, Lena tinha certeza que ela tinha franzido o nariz com a pergunta. Achava tão bonitinho quando ela fazia isso que já chegou a se perguntar se seu bebê pegaria essa mania dela.
 
— Não. Isso é ótimo. Gosto da atenção que você me dá.
 
— Então vou redobrar a minha atenção a você. A não ser que você não queria por achar que vou te sufocar. Não quero te sufocar, só quero te cobrir de amor e carinho. Você e a cerejinha. Mas se caso você não quiser que eu faça isso, é só dizer. Posso ser um pouco grudenta as vezes — falou tudo com certa rapidez.
 
Nunca teve muita paciência para as divagações de estranhos, mas gostava de ouvir as de Kara.
 
— Alguém já te disse que você é grudenta?
 
— Só perguntar para qualquer um dessa casa. É que é assim que eu consigo demonstrar o quanto me importo e se eu me importo muito, fico grudenta, sabe? Mas não consigo evitar.
 
Se tinha uma coisa que Lena aprendeu apreciar em Kara era no quanto ela era cuidadosa. Ela mesma não era a pessoa mais amorosa que existia na face da terra, mas o fato de Kara ser, a fazia se derreter todinha. Ainda que estivessem no início de um relacionamento, sentia que o cuidado da loira era crescente. A cada dia, ela mostrava um pouquinho mais seu lado carinhoso, e a cada dia, Lena se derretia por ela mais um pouquinho.
 
— Você não me sufoca. Muito pelo contrário — levantou a cabeça para olhá-la. — Sufocar seria se você me repreendesse. Tirando com as coisas que como, você nunca me repreende, sempre me dá muito espaço.
 
— Que bom saber disso — sorriu. — E sobre a comida, só te repreendo pelo seu bem e do bebê.
 
— Eu sei, só faz isso por se importar demais. Então não pense que vai me sufocar por ser assim. Eu gosto de você exatamente por isso.
 
— Não são seus hormônios falando isso? Quando a Sam estava grávida, uma vez ela ficou o dia inteiro sem olhar na minha cara só porque eu não deixei ela abusar da comida. Ela vinha tendo muita azia e abusava da fritura, então não deixei ela comer uma porção de baratas fritas no café da manhã — apertou os lábios lembrando daquela ocasião. — E antes de virar o satanás comigo naquele dia, eu era a pessoa que mais fazia as vontades dela nessa casa, e ela vivia dizendo que eu era cuidadosa com ela.
 
Lena conseguia enxergar claramente Kara cuidando de Samantha. Na verdade, era fácil imaginar ela sendo gentil com qualquer pessoa, até mesmo as desconhecidas.
 
— E se isso acontecer comigo? Se eu ficar um dia inteiro sem te ver, ou mais dias, não porque quero de verdade, mas porque... sei lá... A gravidez tem dessas coisas.
 
Esse era uma medo que Kara tinha. Até o momento Lena nunca se mostrou irritada com sua presença, mas sabia que podia acontecer a qualquer momento.
 
— Eu ia chorar, eu acho. Chorei por achar que você não gostava de mim. Imagina você ficar longe de mim e me deixar sem ver a cerejinha? Vou morrer de saudades.
 
— Chorona — voltou a se enroscar na loira.
 
— Não sou chorona — se defendeu achando aquilo quase um insulto. — Não choro por qualquer coisa, só por coisas que valem a pena as minhas lágrimas.
 
As duas ficaram caladas por alguns instantes. Lena estava quase voltando a dormir, mas Kara a impediu.
 
— Lena? — a chamou com um tom doce.
 
— O que foi? — perguntou sem nem abrir os olhos, eles já estavam pesados demais.
 
— Já que você ainda é boazinha comigo, me deixa falar com a cerejinha?
 
A morena não estava muito disposta a se desvencilhar de Kara, mas como negar um pedido daquele? Com muito esforço, se virou de barriga para cima se ajeitando nos travesseiros. Sorrindo, Kara levantou sua blusa com cuidado até a altura dos seios e se arrumou para ficar na altura de sua barriga.
 
— Oi, meu bebê. Está na hora de acordar — colocou a mão na barriga querendo sentir qualquer vestígio de um bebê ali, mas sabia que ainda era cedo demais. — Hoje eu e a sua mamãe vamos fazer várias coisas juntas. Eu vou manter ela bem protegida pra você ficar protegida também, tá bom? Eu já te amo, cerejinha — sussurrou para barriga antes de beijá-la. — E como sua mamãe acordou bem, não faz ela passar mal hoje, por favor.
 
— Eu gosto quando você faz isso — Lena comentou chamando a atenção da loira. — Gosto de saber que você tem esse carinho todo pelo bebê.
 
— Não sei explicar bem, mas... — a fitou — gosto disso, entende? Nós três. Eu gosto.
 
— Eu também gosto.
 
— Que bom que gosta porque eu não tenho intenção nenhuma de ficar longe de vocês.  Nem mesmo se você virar o satanás comigo sem nenhuma motivo — deitou cuidadosamente a cabeça sobre a barriga e logo sentiu Lena mexer em seus cabelos. — Está vendo como nós três nos damos bem? É por isso que gosto.
 
Se Kara não tinha intenção de ficar longe de Lena e do bebê, Lena agradecia por aquilo, pois nem se imaginava mais longe dela. Poderiam até não morarem na mesma casa e passarem a dormir separadas quando voltasse para seu apartamento, mas ficava tranquila por saber que poderia contar com Kara para qualquer coisa.
 
Nesse último mês, Lena vinha se perguntando porque nunca encontrou Kara antes. Teria sido bom conhece-la antes da gravidez e decidir ter um filho com ela. Ainda que ela tivesse caído na sua vida de paraquedas, foi uma das melhores coisas que já a aconteceu, só perdia para a descoberta de sua gravidez.
 
— Semana que vem tenho outra consulta — disse baixinho como se tivesse com medo de acordar seu bebê dentro da barriga. — E eu estou com medo.
 
— Porque está com medo?
 
— Esse ultrassom vai indicar se o bebê tem algo de errado na formação dele.
 
— Eu tenho que dar mais atenção a essas coisas da gravidez — Kara disse se levantando de cima da barriga de Lena, arrumando sua blusa e depois se encostando na cabeceira da cama — Eu tinha me esquecido que já está nessa fase da gestação. É que eu era adolescente quando Sam engravidou da Ruby e já esqueci muitas coisas. Me desculpa por ser avoada, mas prometo melhorar.
 
— Não precisa se desculpar. Só espero que nada dê errado — suspirou. — Eu quis tanto um bebê, não quero que nada dê errado nessa gravidez e quero que seja um bebê saudável.
 
Toda semana, Kara notava que um novo medo surgia dentro de Lena. Ela também tinha os seus, só que preferia não dize-los para não deixá-la mais insegura. Tudo o que pudesse fazer para a morena ficar mais tranquila, faria. Como agora, a única reação que teve foi fazer Lena se sentar sobre seu colo e abraçá-la com todo amor e carinho.
 
— Nada vai dar errado. Nada vai te atrapalhar de ter um bebê que você tanto quis — afirmou com calma e com bastante certeza. — A cerejinha vai ser um bebê muito saudável e tão linda quanto você. Ainda vou vê-la correndo por aqui junto com a Ruby e a Esme, e a gente ficando de cabelos em pé. Ela vai ser tão perfeita que o único medo que vamos ter é dê-la cair e se machucar por ser tão arteira. Dona Eliza vai surtar, assim como faz com as outras netas.
 
— E se... e se der errado?
 
—  Não vai dar. E, na pior das hipóteses, eu vou estar com você.
 
Passando seus braços ao redor do pescoço de Kara, Lena a apertou o mais forte que conseguia. Vinha tendo que lidar com tantas variações de humor e com os medos, que apenas abraçando a namorada é que conseguia se sentir mais segura. Kara a transmitia muita calma e muita certeza de que tudo iria ficar bem. E era isso que precisava nesse momento.
 
Um tempo depois daquela conversa, o casal resolveu sair da cama. Lena começou a reclamar que estava com fome, e Kara ficou feliz em notar que ela não havia reclamado de enjoos, porém teve um pouco de tontura.
 
Antes de descerem para o café da manhã, as duas acabaram dividindo um momento muito íntimo onde tomaram banho juntas. Embora Lena vivesse excitada, naquele curto tempo não sentiu nada disso. Talvez a preocupação sobre o bebê a fez ficar assim, mas isso não importava. O banho foi apenas uma troca de carinho particular entre elas.
 
Quando chegaram na cozinha, Esme foi correndo em direção a elas. Animada ao ver a sobrinha, Kara se agachou esperando ela ir para seus braços, mas a garotinha trombou seu pequeno corpo no de Lena ao abraçar suas pernas.
 
— Bom dia, tia Lena! — disse animadamente por vê-la.
 
— Bom dia, minha princesa! — sorriu para ela enquanto mexia em seus cabelos. Embora quisesse muito carregá-la, não era recomendável.
 
— Parece que alguém perdeu o posto de tia favorita — Ruby provocou a loira que permanecia imóvel sem acreditar naquilo.
 
— Mas eu sou sua tia favorita, não sou, Ruby? — Kara olhou para sobrinha com esperança.
 
— Na verdade, minha tia favorita é a tia Kelly.
 
Os risos preencheram o local com a cara de indignação da loira. Ela fazia de tudo pelas duas meninas, o mínimo que esperava era ser a tia favorita delas.
 
— Eu acho que a Kelly é a pessoa favorita de todo mundo nessa casa — Sam comentou botando mais lenha na fogueira.
 
— Mas eu... e-eu achei que era eu — Kara disse com a voz estridente ao se sentar à mesa. — Mamãe, você concorda com isso?
 
— Não — Eliza negou com a cabeça. — Você, com toda certeza do mundo, é minha filha caçula favorita.
 
— Eu nem sou a sua filha favorita?
 
— Como você poderia competir comigo, Kara? — Alex perguntou tentando segurar o riso. — Eu cheguei primeiro.
 
— Eu sou a pessoa favorita da Lena. Não é, Lena?
 
— Bom... — se sentou ao lado de Kara e logo Esme sentou no seu colo. Ela adorava aquela garotinha — a Esme é uma concorrente muito forte. E olha essa carinha. Não tem como ela não ser minha favorita.
 
Ver o jeito que aquela família era unida até na hora das brincadeiras, fazia Lena gostar ainda mais de todas. Elas eram tudo o que a sua não era. Não havia cafés da manhãs com brincadeiras, ou conversas sobre qualquer assunto que não envolvessem os negócios da família. Não havia qualquer diversão. Há menos de cinco minutos que tinha chegado ali e a vontade de rir já era enorme.
 
— Eu aposto que para o Dino e o Amis, você é a pessoa favorita deles — foi a vez de Kelly entrar na onda. — Já sobre a Margarida, eu tenho minhas dúvidas.
 
— Tia — Esme puxou a blusa de Kara para ela a olhar —, você também é minha tia favorita, mas a tia Lena tá com a minha priminha dentro da barriga dela.
 
O casal se entre olhou, Kara tinha certeza que Lena queria chorar pelo que Esme disse, mas tentaria se manter firme.
 
— Você acha que vai ter uma priminha?  
 
— Acho — respondeu à Lena assentindo com a cabeça.
 
— Todas nós achamos e isso é culpa da Kara — Eliza disse à Lena. — Você gosta da ideia de ter uma menina?
 
— Acho que desde que venha com saúde, tá bom. Eu só queria um bebê, não pensei muito sobre isso até a Kara começar a dizer que é menina.
 
— É que seria tão bonitinho uma mini Lena correndo pela casa — Kara contra argumentou.
 
Foi a vez das outras se entre olharem com fala de Kara. Elas já tinham muita expectativas para o bebê, mas Kara estava em um nível muito acima. Tirando as crianças, todas ali já eram mãe e viam na loira a mesma empolgação que tiverem sobre elas mesmas.
 
— Como esta se sentindo hoje, Lena?
 
— Acordei sem enjoos pela primeira vez em doze semanas — bebericou um pouco do chá que Kara havia acabado de servi-la. — Mas desde ontem estou tentando aquelas tonturas. Não sei o que é pior.
 
— É bem comum nesse período, mas logo passa também — Sam afirmou fitando Lena. — Você se mantendo hidratada, tomando cuidado do jeito que se levanta dos lugares e não usando roupas muito apertadas, vai ajudar daqui em diante.
 
— Vou anotar isso para não esquecer — Kara tirou o celular do bolso começando a escrever no bloco de notas do celular.
 
A parte da manhã passou rapidamente, Kara teve que resolver alguns assuntos com Alex sobre a fábrica de queijos, mas disse que voltaria para o almoço. Enquanto isso, Lena ficou conversando com Eliza, Sam e Kelly tinham ido trabalhar, e as crianças foram pra escola.
 
Durante o tempo que esteve com a matriarca da família Danvers, foi reconfortante para Lena o quanto Eliza a abraçou como uma filha. Tinha a conhecido no dia anterior, mas até parecia que faziam anos. Não que estivesse com inveja da mãe de sua namorada, mas, bem lá fundo, gostaria de ter tido uma mãe atenciosa como ela. Além disso, ela era uma senhora paciente e que tinha ótimos assuntos — foi um alívio para a morena o foco não ser só sua gravidez — Lena ouviu a tudo atentamente, principalmente quando o assunto era Kara.
 
Assim como o prometido, Kara voltou a tempo do almoço. Para fazer uma surpresa para loira, Lena pediu a Eliza ajuda para fazer alguma coisa que Kara gostasse muito. Quando a loira viu uma travessa repleta de bife a parmegiana e bastante batatas fritas, abriu um sorriso tão largo que fez Lena sorrir também. Não era muita coisa aquilo, mas a morena queria agradá-la um pouquinho.
 
Depois de lavarem as louças, o casal foi andar um pouco pela fazenda. De mãos dadas, Kara levou Lena até uma colina que vinha antes de um lago, onde podiam ficar sozinhas e sem se preocuparem de alguém as atrapalhar.
 
— Eu gostei da surpresa que me fez.
 
— Não foi nada de mais, e eu nem fiz muita coisa. Mal sei cozinhar — respondeu se sentando ao lado de Kara na grama verde. — Eu ainda não te levei a um encontro e nem te dei suas flores favoritas, só quis fazer algo legal, mas sei que nem se compara com o que você faz por mim — encarou a paisagem a sua frente.
 
— Não fomos a um encontro, pois você estava ficando frequentemente enjoada — a abraçou de lado. — Acho que conversar com a cerejinha ontem fez muito efeito.
 
— Eu acho que sim — sorriu olhando para Kara. — Eu sei que você gosta muito de crianças e já deixou bem claro que gosta da cerejinha, mas eu nunca te perguntei uma coisa.
 
— Pode perguntar agora.
 
— Você pensa em ser mãe ou já pensou?
 
Remexendo um pouco os lábios, Kara ajeitou seus óculos e virou a cabeça para encontrar os olhos de Lena.
 
— Pensar eu pensava. Penso, na verdade. Só que não posso. A não ser que eu adote, barriga de aluguel ou tenha uma namorada que me dê um bebê — deixou um beijos nos lábios de Lena quando ela sorriu.
 
— Eu sou a namorada que vai te dar um bebê?
 
— Eu já disse para irmos com calma, mas já que insiste tanto, eu aceito.
 
Até em um assunto que era consideravelmente delicado, Kara tentava quebrar o gelo. Isso fazia Lena a admirar mais, mas também não se importaria de Kara fosse frágil com ela porque, de qualquer jeito, estaria ao lado dela.
 
— Por isso que está tão apegada ao bebê? — questionou cuidadosamente, pois ainda não sabia se esse era um assunto sensível para ela.
 
— Pode ser. Não sei — deu ombros. — Tudo que sei é que amo demais a cerejinha, e se um dia você confiar em mim o suficiente para ser a outra mãe dela, eu aceito. Você continua insistindo nisso, e eu estou sendo vencida pelo cansaço. Então eu aceito.
 
Jogando a cabeça para trás, Lena gargalhou.
 
— Eu estou falando sério, Kara.
 
— E eu também. Eu sei que eu quero vocês comigo, mas sei também que você tinha a ideia de fazer tudo sozinha — se soltou de Lena e deitou na grama. — Embora estejamos juntas, não deve ser fácil se desfazer totalmente de um plano desse.
 
— Se eu não conseguir te responder isso agora? — se deitou ao lado de Kara levando a mão até o seu rosto e o virando para encará-la. — Se eu precisar de mais tempo para pensar sobre isso?
 
— Eu espero muito que você me escolha para isso, só que se nesse momento, se você não tem certeza, tá tudo bem — se aproximou mais de Lena rodeando a sua cintura e distribuindo vários pequenos beijos por seu rosto a fazendo rir. — Mas bem que você podia me escolher, né? — a deu um longo selinho — Não custava nada fazer isso.
 
Quando Kara a soltou, Lena encarou o céu. Tinha uma coisa que não contou para Kara e sabia que não tinha um momento certo para fazer aquilo. Talvez o melhor fosse dizer logo e ver a reação dela.
 
— Kara?
 
— Diga, amor da vida — apoiou a cabeça em uma das mãos para olhá-la melhor.
 
— E seu eu...
 
— Eu aceito! — a interrompeu. — Desculpa, pode falar.
 
— Eu acho que não tenho mais essa ideia de fazer tudo sozinha.
 
— Não? — franziu o cenho. — E quer fazer com quem?
 
— Com quem eu iria querer ter um bebê, Kara?
 
— Ué, não sei.
 
Por alguns segundos, o que Kara disse pareceu muito aleatório ao momento, e Lena não tinha certeza se ela estava brincando ou se realmente não tinha entendido o assunto em questão. De todo modo, era melhor deixar as coisas claras.
 
— Com você, Kara. Eu quero fazer isso com você. Eu quero que seja o nosso bebê.
 
— Nosso bebê? — seu sorriso foi se abrindo aos poucos.
 
— É! — bufou um pouco impaciente fazendo Kara rir. — Nosso bebê. Meu e seu.
 
— Já que quer tanto e fica sempre jogando indiretas para mim sobre isso e implorando para que seja a outra mãe da cerejinha, eu aceito.
 
— Você já tinha entendido, não é?
 
— Tinha, sim — se inclinou por cima de Lena. — Mas ouvir você dizer “nosso bebê”  é indescritível — a beijou calmamente e com o coração batendo forte de felicidade. — Eu vou ser, mãe — disse sorrindo sem se afastar muito de Lena. — O melhor presente que você poderia me dar. Acho que vou fazer uma festa para comemorar.
 
Nós vamos ser mães — a corrigiu.
 
— Gostei de ouvir isso.
 
 

Lembrando que essa fic só vai ser água com açúcar. Espero que estejam gostando história até aqui.

:)

All That Matters to MeOnde histórias criam vida. Descubra agora