11.

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Nós continuamos jogando por mais uns trinta minutos e nada de empolgante aconteceu então terminamos o jogo. Felix disse que já não estava tão interessante assim.

Aposto que foi uma indireta direta pra mim.

Minho, Changbin, Seungmin e Hyunjin saíram juntos - provavelmente foram fazer coisas de máfia - e me deixaram conversando com o resto dos meninos.

— Eu vi como você estava olhando para ele — Disse Chan olhando para mim.

— Do que tu está falando?

— Você olhando pro Minho — Respondeu Felix — Acho que todo o mundo na sala reparou menos ele.

— Cara.. Eu sou hetero, porra. Eu não tava olhando pra ele sequer.

OBVIO QUE EU TAVA OLHANDO. NAO ESTOU HABITUADO A CONVIVER COM PESSOA QUE ME SEQUESTRA

— Eu não ia muito por aí não, se passar tempo de mais com esses daqui vai virar do vale também.

— Você também não pode falar muito, né menino Jeongin.

Ele riu e abriu um novo tema de conversa.

— Humhum sei.. Chan, o que você quis dizer com "não namorar, não significa não transar"? — Perguntou Jeongin.

Olhei para o Bang, tal como os outros dois fizeram, e ele nos encarou de volta corando.

— Que foi? Falei a verdade, ue. Posso me divertir sem ter nada sério com ninguém. Aproveitar a vida enquanto posso.

Enquanto os garotos tentavam fazer o Bang revelar com quem ele havia dormido, eu dei uma olhada rápida no meu celular e vi uma mensagem de minha mãe. 

"Vem pra casa agora, sua irmã n para de flr q precisa d vc"

— Meninos, minha mãe me mandou uma mensagem chamando eu lá pra casa. Acho que aconteceu alguma coisa com a Chae e ela não quer falar com meus pais, só comigo — Falei captando as atenções de todos os presentes.

— Ah, ta — Vi Chan agredecer a Deus por eu ter, sem intenção, desviado o assunto da conversa dos mais novos.

Felix se levantou seguido do Yang e do Bang e me levaram até à porta, onde me deram um abraço muito apertado.

— Se cuida, ein — Disse o mais novo.

— É depois não esqueça de falar a fofoca sobre a sua irmã no grupo — Acrescentou Yongbok.

Eu me ri e fiz um joinha na direção deles. Coloquei os fones de ouvido e comecei fazendo o percurso para casa.

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— JISUNG! — Ouvi um grito assim que adentrei a sala de minha casa — FINALMENTE VOCÊ CHEGOU.

— Pra quê tanto barulho, Chae? Você quase que rebenta com meu tímpano — Falei enconstando a mão e massajando minha orelha para criar mais drama.

— Me desculpa — Ela riu — Eu to morrendo de felicidade! — A mais velha voltou a gritar.

— É.. reparei. Você ficou aí me encarando com sorriso de psicopata.

Ela riu mais uma vez.

— Eu vou sair com ela. Vou sair com a Mina.

— OH MEU DEUS!! Isso é incrível! Já sabe o que vestir?

— Ainda não.

— E quando que vocês vão sair?

— Hoje à noite — Ela baixou a cabeça e ficou encarando o chão.

— Meu Deus! Eu te ajudo a escolher a roupa.

Subi apressadamente as escadas e entrei no quarto indie da Chae. Abri o armário e fingi procurar um vestido no meio daqueles todos. Mas no final agarrei um qualquer mesmo.

A verdade é que eu não sou nada bom fazendo outfits, mas minha irmã está tão nervosa que nem lembrou desse pormenor.

— Toma — lhe entreguei um vestido branco com decote em V e várias cerejas pequeninas desenhadas — Calça aqueles sapatos pretos que você tem e coloca um fio simplista. Acho que assim você vai ficar maravilhosa.

Chae se dirigiu a mim e me rodeou com seus braços.

— Obrigada, Ji. Sério, nem parece que sou eu que te ajudo a escolher a roupa todas as manhãs.

Sorri envergonhado e a afastei lentamente acabando com o abraço.

— Chae, tenho uma coisa pra te contar. 

— Pode me contar de tudo. Você sabe que eu nunca te vou julgar, vou sempre te apoiar.

— Nem é tão importante assim mas sei lá. — Parei de falar so pra encara ela — Lembra que eu tava na casa do Chan, certo? — A mais velha assentiu — Então...

— Jisung, fala logo o que tem a falar! Está me deixando nervosa.

— A gente tava jogando verdade ou desafio, e o Chan fez o desafio de o Minho me beijar. Ele me beijou. Chae, um homem me beijou.

— MEU DEUS!! E COMO VOCÊ SE SENTE? VOCÊ TA BEM??

— Tô sim. E não grita, pelo amor.

Fez se uma pausa silenciosa.

— Você gostou?

— Hum?

— Você gostou do beijo?

— NÃO!

Silêncio.

— Eu sou hetero.

Ela começou rindo na minha cara. Juro que não sei o porquê. Cara, eu tô morrendo aqui porque o meu primeiro beijo foi com um garoto e ela tá rindo. Às vezes eu não entendo ela.

— Então porque me está contando isso? — Olhei pra ela confuso — Aish. Se você não sentiu nada e é só um homem que gosta de mulheres porque me contou sobre esse tal beijo?

— Mas não teve tanta importância assim — Ripostei.

— Então porque decidiu me contar sobre isso? — Pequena pausa onde nos encaramos silenciosamente — Quer um conselho? Tenta esquecer que é hetero.

A encarei por longos segundos à espera que ela me explicasse o que ela queria dizer com "esquecer que sou hetero".

Parece que ela viu minha cara de confuso porque riu da minha cara, mais uma vez.

— O que eu quero dizer é, quando sentir alguma coisa por alguém que não seja mulher, não evita esses sentimentos só porque "você é hetero", ta bom?

— Você é chata, sabia?

— Me promete.

As feições dela haviam ficado sérias de um momento para o outro o que me fez concordar com o seu concelho e pensar realmente sobre o que eu havia sentido mais cedo.

A voz empolgada da garota me despertou de meus pensamentos

— Ok! Agora me fala a verdade sobre o beijo.

Possessive || MinsungWhere stories live. Discover now