Voltei!
Divirtam-se!!!
Lena estava em seu pet shop olhando para tela do computador há vários minutos. Tinha que registrar no sistema alguns novos produtos, mas sua mente não estava a ajudando fazer o que deveria. Sem querer, seus pensamentos viajaram para Kara e então não conseguiu fazer mais nada.
Alguns dias se passaram desde o jantar que revelou a loira que estava grávida, e ela tinha se afastado completamente. Não havia uma noite que não pensava nela e em seu beijo. Também não havia uma manhã, quando os enjoos matinais a fazia ficar debruçada sobre a privada por longos minutos, que não a desejasse por perto.
Tudo a lembrava Kara. Tudo a fazia sentir saudades dela. No começo, até achou que isso passaria, mas a cada minuto a falta de ouvir sua voz todas as noites a atingia em cheio.
Já devia ser a milésima vez que suspirava pesadamente remoendo a saudade e, talvez, uma ponta de arrependimento. Esse último era mais difícil de admitir. Na verdade, seu coração já tinha admitido, mas sua mente é que continuava dizendo que fez certo. Só não sabia para quem tinha feito o certo, pois se encontrava triste e, até onde sabia, Kara não estava diferente.
Lembrando de como foi sentir os lábios de Kara contra os seus, de todo o arrepio que percorreu seu corpo, de sua pulsação acelerada e da vontade de ficar para sempre em seus braços, não notou o sino da porta tilintar e Andrea se aproximar.
— Que cara de enterro é essa? — perguntou parando em frente a Lena que se assustou com sua presença. — Deixa eu adivinhar — fingiu que estava pensando. — Está de luto pela sua inteligência que foi embora quando você não explicou a situação exatamente do jeito que ela é para Kara.
— Ai, Andrea, não enche — choramingou deitando a cabeça sobre o balcão frio. — Todo o dia você me massacra.
— Você tá agindo feito estúpida, quer que eu diga o que?
— Coisas bonitas. Estou sensível.
Essa era outra coisa que vinha acontecendo em dois meses de gravidez, sua variação de humor era constante e estava muito mais emotiva.
— A pessoa que te falava coisas bonitas, praticamente você a mandou embora da sua vida, então não reclama agora — embora suas palavras fossem meio grosseiras aos ouvidos de Lena. Só dizia aquelas coisas para seu próprio bem. — Qual é, amiga? — começou a mexer em seus cabelos. — resolve logo esse assunto.
— Não posso.
— Não só pode, como deve. E eu sei que você quer resolver. Ela tá sofrendo tanto quanto você ou até mais. Kara acha que você tem outra pessoa e que nunca correspondeu a ela.
— Mas eu correspondo — levantou a cabeça olhando a amiga.
— Mas ela não sabe disso porque você foi burra o suficiente para deixar ela ir embora sem dizer: Kara eu estou apaixonada por você e te quero comigo, mas fiz uma inseminação e descobri que estou grávida. Como podemos resolver isso?
Achando que as coisas seriam mais fáceis, Lena não fez questão de explicar nada, exatamente para Kara achar que não teria chances com ela. Naquele momento, achou que era a coisa certa a se fazer. Quase todos os dias Andrea a lembrava disso. Mesmo se quisesse esquecer, sua amiga jamais deixaria isso acontecer.
— Não tem como eu saber se ela vai querer ficar comigo.
— Você nunca vai saber se não falar com ela — pegou uma mão de Lena e segurou entre as suas. — Eu sei que você tem medo de ser deixada. Medo de enfrentar algo que pode ser verdadeiro. Medo de amar alguém de verdade e ser amada, e eu culpo sua mãe por esses seus traumas. Mas vai continuar sendo covarde até quando?
— Eu não estou sendo covarde — sua voz saiu estridente. — Eu só fiz o que fiz para seguir meu plano — as últimas palavras forma quase inaudíveis.
— Que porra, Lena! Esquece de vez esse plano. Você nunca encontrou alguém como ela. Ao invés de ficar choramingando pelos cantos a falta que ela te faz, vai atrás dela e desfaz esse mal entendido que tem feito vocês duas sofrerem. Se ela não quiser nada com você por causa da gravidez, coisa que eu duvido, pelo menos você segue adiante sem dúvidas.
Andrea percebia que a amiga não estava gostando nada daquele assunto. Sua expressão não a deixava mentir. Mas tinha que ajudá-la a fazer a coisa certa. Às vezes, Lena era aquela pessoa que precisava de empurrãozinho, pois deixava a insegurança agir em nome dela.
— Você tem sido muito rude comigo. Eu acho que vou escolher outra madrinha para o meu bebê.
— Não seja besta — apontou o dedo indicador para ela. — Eu só quero seu bem, Lena. E esclarecer as coisas vai ser bom pra você e pra ela.
— Eu vou ligar para ela.
— Não. Não. Não. Hoje é sábado e você sabe exatamente onde ela está.
— E se ela...
— Carajo! Só faz o que seu coração está pedindo pra você fazer. Quando você seguiu o seu cérebro, o Q.I alto não foi o suficiente para te dar a opção certa.
— Grossa.
Bufando, Andrea foi para trás do balcão levando as mãos até os ombros de Lena.
— Se você estivesse fugindo de qualquer outra pessoa, eu iria te apoiar. Mas antes de você querer fazer isso sozinha, você se imaginava com alguém — seu tom de voz ficou mais suave. — Kara pode ser esse alguém. E eu acho que você acha que ela é esse alguém. Uma vez na vida, esquece o que sua mãe te ensinou sobre sentimentos serem uma fraqueza e aja pela emoção. Ela merece a verdade, você sabe que merece. E você merece estar com alguém que goste de você de verdade, e ela gosta.
— Se eu quebrar a cara?
Ali estava a insegurança falando por ela.
— Eu sei que não vai, mas se acontecer, eu vou estar aqui. Só não vou te falar palavras bonitas — sorriu quando Lena riu de comentário. — Deixa sua insegurança, medos e os planos que você tinha antes de conhece-la e faz isso por você. Você pode ser uma futura mamãe, mas antes você é uma mulher que merece amar e ser amada.
— Quando ficou tão expert em amor?
— Quando comecei a amar alguém que me ama. Tive medo também, mas me permitir foi a melhor coisa que fiz em anos.
— Você está certa — bufou um pouco cansada por tudo aquilo. — Eu não posso perde-la por ser cabeça dura demais.
— Então faz o que é certo e o que seu coração grita pra ser feito — sorriu compreensivelmente.
Minutos depois, Lena e Andrea estavam indo em direção a feirinha onde Kara e Alex vendiam os queijos. A cada metro que a aproximava de Kara, Lena sentia que seu coração iria escapar pela boca. Não fazia muita ideia sobre como começar a dizer o que deveria falar para ela, mas seria verdadeira. Precisava ser verdadeira consigo e com Kara. Assim, independentemente do que acontecesse, poderia seguir sua vida.
Há poucos passos da barraquinha, viu Kara sorridente atendendo uma mulher, mas seu sorriso sumiu assim que a viu e logo se abaixou para se esconder. Até fugindo, Kara ainda continuava adorável, pensou.
Parando em frente a banca de queijos, Alex fez um sinal com o dedo indicador e então se abaixou. Não demorou muito para se levantar junto com Kara ao seu lado.
— Oi, Kara — disse assim que ela a fitou.
— Oi.
— Podemos conversar?
— Você não precisa me explicar nada, Lena — ajeitou os óculos. — Eu já disse isso a você.
— Eu preciso te explicar, sim. Por favor, vamos conversar.
Sem saber o que responder, Kara olhou para a irmã que fez um leve aceno com a cabeça.
— Não tenho muito tempo — respondeu tentando se mostrar forte diante de Lena.
— Tudo bem.
Em silêncio, as duas começaram a caminhar lado a lado. Kara não fazia ideia para onde Lena estava a levando, mas já que havia aceitado falar com ela, apenas a seguiu.
Os dias que se seguiram depois daquele jantar foram muito angustiantes. Ela andava sempre cabisbaixa e se sentia patética por toda aquela situação. Preferiu se afastar de Lena para poder lidar melhor com tudo, mas todos os dias sentia uma enorme falta dela. Sentia tanta falta que seu peito até doía.
Mas difícil mesmo era quando a noite chegava e não ligava para ela. Aquilo parecia a matar aos pouquinhos. Adorava ouvir sua voz antes de dormir. Nunca tinha sofrido por amor, mas em poucos dias, considerava que sofreu o suficiente pela vida inteira.
Estar ao lado de Lena estava fazendo seu coração bater tão forte que parecia que iria quebrar os ossos de sua caixa toráxica. A vontade de abraçá-la era tão grande que teve que enfiar as mãos nos bolsos de seu casaco para não fazer aquilo instintivamente. A olhando de soslaio, quase disse a ela que estava mais bonita do que da última vez que a viu, mas mordeu a própria língua para não dizer nada.
Chegando em uma praça que estava praticamente vazia, Lena se sentou em um banco e Kara sentou ao lado mantendo uma distância que considerava segura o suficiente para não tocá-la. Lena aparentava estar nervosa mexendo com os dedos das mãos. O silêncio imperou, mas Kara permaneceu calada. Se Lena queria conversar, ela que teria que quebrar o silêncio.
— Bom, é... eu... — respirou fundo e a olhou. — Me desculpa, Kara. Sei que demorei vir atrás de você, mas eu tive meus motivos para fazer o que fiz.
— Quais?
— Diferente do que você está pensando, não estou grávida de alguém ou planejei essa criança com outra pessoa — mordeu o lábio inferior. — Esse bebê é meu. Somente meu. No dia que nos conhecemos, eu tinha acabado de fazer uma inseminação.
— Por isso disse que estava de bom humor antes de eu aparecer? — perguntou com curiosidade.
— Sim. Foi por isso, sim — assentiu com a cabeça. — Eu decidi que queria ter essa criança sozinha, e você apareceu do nada. Desde o começo eu quis te afastar, mas ficou difícil te dizer não depois que eu te disse o primeiro sim. E quando descobri a gravidez, só queria te manter mais longe.
De certa forma, isso explicava a relutância de Lena em não aceitar seu convite para o café e alguns outros convites que fez.
— Porque quis me afastar?
— Porque meu plano era ser mãe sozinha e para que meu plano de ser mãe sozinha desse certo, eu não podia querer estar com você. Pelo menos era assim que eu pensava — deu ombros. — Por isso falei de sermos amigas, mesmo você deixando claro que eu não era só isso para você.
— Eu me iludi sozinha. Eu sei — abaixou um pouco a cabeça.
— Não, Kara. Claro que você não se iludiu sozinha. Você fazia as coisas e eu estava ali correspondendo. Perto de você eu esquecia do meu plano. Longe de você é que eu me amaldiçoava por estar deixando as coisas irem tão longe.
Coçou a sobrancelha enquanto tentava buscar palavras bem claras para aquele assunto.
— Quando eu disse que estava grávida, eu realmente não iria dizer nada naquele momento, mas achei errado esconder e ir adiante. Aí percebi que você havia entendido que eu tinha alguém e não fiz questão de desmentir, pois achava que seria melhor assim.
— E foi melhor assim? — franziu o cenho. — Pra mim foi uma tortura o que aconteceu naquele dia.
— Pra mim também — confessou. — Eu fiz tudo errado com você desde o começo. Você poderia ter algum defeito para eu só me afastar, mas você é tão... Nem sei como te descrever em uma palavra.
— Já terminou as explicações?
Era agora que tinha que dizer o que não disse anteriormente. Não dava para ficar enrolando com várias explicações. Seu coração teria que a guiar e esperava que Kara acreditasse nela.
— Kara — se aproximou um pouco e a olhou bem no fundo dos olhos. — Eu estou apaixonada por você, mas estou esperando um bebê e não posso te pedir para entrar nessa comigo. Me desculpa toda essa confusão que eu causei. Doeu em mim fazer isso, mas sei que doeu muito mais em você. Eu... eu só penso em você e no que poderíamos ser. Pode me desculpar e voltar pra minha vida? Eu sinto muito a sua falta. É tanta saudade que chega doer.
Terminando de falar, Lena esperava alguma resposta rápida, fosse para bem ou para mal. Sabia que Kara poderia não a entender e não a querer mais por perto, mas agora se sentia muito mais leve por ter ouvido Andrea e ter ido fazer o que fez.
O primeiro minuto que passou e Kara continuou calada apenas a olhando, Lena entendeu, ela estava chateada e com certeza estava com medo de se chatear de novo, precisava pensar para responder. No segundo minuto, começou a achar estranho, mas daria a ela o tempo necessário. Já no quinto minuto, começou a se assustar pelo fato de Kara continuar imóvel. Parecia até uma estátua.
— Kara? — passou a mão em frente aos seus olhos — Você quer um tempo para pensar nisso tudo ou... ou quer falar agora o quanto eu sou horrível e te fiz sofrer? — nada se alterou na expressão da loira. — Kara? Kara? Você está bem?
— Você disse que está apaixonada por mim?
— Disse. Não sei dizer quando aconteceu, mas é difícil não se apaixonar por você.
— Você está apaixonada por mim?
— Estou muitíssimo apaixonada por você.
— Por mim? Você está apaixonada por mim? Eu, Kara Danvers.
— Estou.
Aos poucos, um sorriso foi crescendo no rosto de Kara e logo ele desapareceu. Lena não sabia que vinha a seguir, mas estava preparada.
— Você podia ter evitado que eu me magoasse — disse em um tom baixo e um pouco triste. — Eu achei que eu tinha visto coisa onde não tinha.
— Eu sei. Eu sei. Não vou ficar dando um monte de desculpas esfarrapadas, mas o que eu disse é verdade — soltou com força o ar dos pulmões. — Não foi fácil eu vim te falar tudo isso. Andrea quase me bateu para que eu fizesse a coisa certa.
— Você não queria fazer isso? — franziu o cenho.
— Queria, venho pensando nessa conversas desde o dia seguinte àquele jantar, mas faltava coragem e eu não sou a pessoa mais corajosa quando se trata de sentimentos. Na verdade, sou bem insegura — abaixou os olhos. — Esse é o meu maior defeito. Eu te queria. Queria muito. Mas... também, eu tive medo de ser rejeitada e isso não ajudava.
— Como pode achar que eu iria te rejeitar?
— Estou grávida, Kara. O que você poderia querer comigo? Essa pergunta rondou minha cabeça desde que descobri. E já antes de saber, ela martelava na minha mente dia e noite.
Assentindo, Kara digeriu todas aquelas informações e principalmente o fato de Lena dizer que estava apaixonada por ela — isso a pegou de surpresa. Entendia suas explicações, embora não concordasse nenhum pouco com o jeito que ela agiu.
— Lena, como eu rejeitaria você e um bebê? Você podia ter me contado tudo. Eu estava bem ali ao seu lado. E você estar grávida, não muda nada o que sinto por você.
— Não muda? — levantou novamente o olhar em direção a Kara.
— Não. Claro que não.
— E agora? — perguntou com receio. — O que acontece?
— Diz o que você quer de mim, mas diz com sinceridade e sem medo. Confia em mim para que possa também confiar em você daqui em diante. Estou te dando a chance de fazer agora o que você não fez antes. Só depende de você.
Engolindo seco, Lena segurou uma das mãos de Kara e beijou o dorso com delicadeza. Esse foi o mesmo gesto que a loira fez antes de dizer que o sentia por ela, por isso fez igual.
— Kara...
— Eu aceito, Lena — a interrompeu brincando. Era perceptível o quanto Lena estava nervosa e ela nervosa podia fazer mal ao bebê.
Lena riu com a brincadeira, mas tentou se concentrar.
— Kara.
— Sim, estressadinha. Eu estou te ouvindo. Não precisa ficar insegura comigo. Diz o que está na sua mente e no seu coração.
— Volta pra minha vida? — pediu com toda a verdade e coragem que tinha dentro de si. — As coisas estão tristes sem você. Eu sou uma mulher esperando um bebê. Um bebê que planejei muito. Não sei se você quer fazer parte disso, mas eu gostaria que quisesse, pois não vejo outra pessoa fazendo isso comigo além de você. Eu te quero comigo e me arrependo do que fiz pra te afastar.
— Está pedindo para eu ser sua amiga de novo? — a provocou.
— Não dá para eu continuar fingindo que não quero mais do que ser sua amiga. Não consigo controlar o fato de que sou muito apaixonada por você. Fica comigo? Deixa eu te fazer um jantar onde será realmente um encontro, e depois cuida de mim por eu comer por dois e passar mal? Deixa eu te dar um buquê de flores pelos dias que não nos vimos? — apertou os lábios por conta do nervosismo. — Vamos recomeçar e dessa vez sem esconder nada? Eu quero me acertar com você e faço qualquer coisa pra isso acontecer.
A expectativa pairou no ar. Lena sentia a ansiedade a consumir enquanto aguardava uma resposta. Não queria perder Kara e nem queria afastá-la mais. Não foi nada fácil chegar até ali e despejar todos os seus sentimentos, mas Kara valia a pena e esperava não ter chegado tarde demais.
— Você é uma tola por achar que eu te rejeitaria — segurou o rosto de Lena com delicadeza. — Não me magoa mais, por favor. Você tem meu coração, mas não quero sofrer por você, eu quero ser feliz com você.
— Então você quer ficar comigo? Mesmo eu esperando um bebê?
— Sobre o bebê, podemos ir com calma. Acho que podemos nos casar amanhã e em nove meses o bebê terá nossos sobrenomes.
Gargalhando, Lena jogou a cabeça um pouco para trás. Apenas Kara a fazia rir daquela forma e há dias não ria assim.
— Isso é ir com calma? — arqueou as sobrancelhas.
— Nos casamos depois de amanhã então — riu juntamente com Lena. — Se você me permitir, o bebê pode ser nosso — se inclinou um pouco. — Eu te quero e te quero por inteiro. Aceito seus defeitos, suas inseguranças, medos e esse bebê. Mas confia em mim. Conversa comigo para que isso dê certo. Se você agir novamente como agiu, eu não vou conseguir te desculpar. Você tá chorando? — limpou uma lágrima que desceu solitária pelo rosto pálido.
— Hormônios — fungou. — E você falando essas coisas não ajuda. Você me perdoa? Eu realmente não quero cometer o mesmo erro. Eu só quero você.
— Vem aqui comigo — deixou um beijo casto em seus lábios e a envolveu em seus braços da maneira que pode. — Eu perdoo. Vamos começar do zero, certo? — beijou o topo de sua cabeça. — Estaremos juntas a partir de agora.
— Eu senti tanto a sua falta.
— Eu também senti a sua.
Dar uma nova chance a Lena era um risco que Kara estava disposta a correr. Sabia que ela podia ser melhor que seus medos e inseguranças e se estivesse no lugar dela, não fazia ideia de como reagiria a toda aquela situação. Desde que Lena confiasse nela a partir desse momento, sentia que poderiam fazer tudo dar certo.
— Sabe — Kara quebrou o silêncio, queria que Lena relaxasse e se sentisse segura —, eu vou querer várias plumérias. Adoro plumérias. E você vai ter que me ligar, me chamar para jantar e especificar que é um encontro.
— Eu vou fazer tudo isso — fechou os olhos se sentindo segura por estar nos braços de Kara. — Eu prometo confiar em você e sempre conversar com você. Eu quero que isso dê certo, Kara. Eu quero dar certo com você.
— Eu sei que daremos certo se formos totalmente sinceras a partir de agora — a apertou um pouco mais. — Você é importante pra mim, Lena. Pode confiar em mim. Eu vou cuidar de você e do bebê. Você não está sozinha nisso.
— Você também é importante pra mim. Muito. Muito. Muito. Muito.
— Então agora estamos recomeçando.
Para quem está lendo Muito Bem Acompanhada, as atualizações voltam na segunda.
:)

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All That Matters to Me
Fanfiction[Concluída] Lena Luthor está decidida que quer começar uma família sozinha, para isso recorre a inseminação artificial. No entanto, o destino coloca em seu caminho Kara Danvers. A princípio, Lena tenta afastá-la, mas as coisas vão mudando conforme v...