O que vocês não me pedem que eu não faço?
Vamos de maratona.
Divirtam-se!!
Apesar de ser domingo, Lena estava no pet shop com Nia e Brainy. Nesse dia, sempre ficava cheio de animalzinhos para tomar banho ou tosar. E para que conseguissem fazer tudo até a uma da tarde — horário que fechavam a loja — Lena ficava por ali.
Dessa vez, seu corpo estava no trabalho, mas sua mente estava totalmente longe. Estava olhado para tudo aquilo e pensando no seu futuro bebê correndo por ali, querendo brincar com os cachorros e gatinhos que chegavam para serem cuidados. Até mesmo imaginava a criança já adulta assumindo o seu lugar um dia, mas, claro, ela só faria isso se quisesse.
Pensar em como seria seu bebê a fazia sorrir involuntariamente. Ele seria a melhor parte de si e tentaria todos os dias ser uma excelente mãe. Mesmo que não tenha tido como figura materna o melhor exemplo de amor e carinho, iria dar tudo de melhor que havia em seu coração para que a criança crescesse sabendo que era amada incondicionalmente.
Quando parava para pensar em família — como agora — ficava chateada pela sua não corresponder as suas expectativas. Sempre imaginou como seria uma família grande, unida, que se amavam, almoçavam juntos todos os domingos e se apoiavam. A sua era o oposto. Se fizesse tudo como sua mãe queria, tinha a sua atenção. Se não fizesse, era deixada de lado — como havia sido deixada.
— Lena? Lena?
— Oi, Nia — olhou para a jovem que a encarava estranhamente.
— Está tudo bem? Já tinha te chamado algumas vezes, mas você parecia estar no mundo da lua.
— Eu estava. O que quer falar comigo?
— Só vim ver se a ultima cliente chegou — se encostou no balcão. — Brainy já levou os últimos cachorros e só falta ela para encerrarmos por hoje.
— Ah! A que não quis que fosse buscar o cachorro. Ela é amiga da Andy, vamos esperar mais um pouquinho. Tudo bem?
— Tudo bem.
O barulho do sininho na porta avisando que alguém tinha chegado, chamou a atenção de Lena e Nia. Com um cachorro espevitado, com a língua pra fora e duas crianças, ali estava Kara.
Ao vê-la, Lena franziu o cenho, pois quem estava marcada para aquele horário era a misteriosa mulher que Andrea estava saindo. Tinha sido a própria Andrea a marcar aquele horário. Mas não tinha como essa mulher ser Kara.
— Kara? O que faz aqui?
— Estressadinha! — sorriu animadamente. — Vim trazer meu cachorro. Andy que recomendou esse lugar para Samantha, minha prima. Disse que era só eu aparecer. Inclusive, desculpa o atraso.
Juntando as peças, Lena balançou a cabeça levemente. A mulher que Andy estava afim era prima de Kara. Depois de tudo o que tinha acontecido no dia anterior e Andrea ficar repetindo que Lena deveria se dar a chance de conhecer a loira, muito provavelmente, elas tinham armado aquele encontro.
— Nia, pode levar o...
— Dino.
— Oi, Dino — Nia se abaixou para fazer carinho no cachorro que era bastante dócil. — Vamos ficar bonitão? Vamos? — se levantou e pegou a correia da coleira da mão de Kara. — Já, já, ele estará pronto.
— Sem pressa.
Saindo de trás do balcão, Lena se aproximou enquanto olhava as duas garotinhas que estavam junto com a loira. A menininha mais nova estava agarrada a perna de Kara como se tivesse envergonhada. A maiorzinha, mantinha as mãos no bolso do casaco enquanto observava tudo em volta.
— E vocês quem são? — Lena se curvou um pouco com um sorriso gentil.
— Eu sou Ruby — sorriu de volta. — Deve ser muito legal trabalhar com animais.
— É muito legal, sim. Se quiser, pode passar um dia inteiro aqui com a gente.
— Tia — olhou para Kara. — Você vai pedir pra minha mãe deixar, não é?
— Eu também quero — Esme se pronunciou com um sorriso largo. — Pede para as minhas mamães, tia. Por favorzinho?
— A gente vê isso depois — colocou as mãos nos ombros da sobrinhas. — Essa Ruby, filha da Sam. Mas você é amiga da Sam, então deve saber disso.
— Na verdade, Andrea é amiga da sua prima. Eu não a conheço.
— Eu jurava que vocês eram amigas. Devo ter entendido errado — apontou com o queixo para a sobrinha mais nova. — Essa Esme, filha da Alex.
— Fico feliz em te conhecer, Esme.
A caçula apenas deu um sorriso banguelo, mas que fez o coração de Lena derreter.
— Não sabia que você trabalhava aqui, estressadinha.
— Não sou estressadinha — revirou os olhos. — Essa loja é minha. Fico aqui aos domingos para agilizar tudo e fecharmos cedo — voltou a sua atenção para Kara. — Espero que goste de nossos serviços.
— Eu já gostei — olhou Lena por alguns segundos até que teve uma ideia que considerou brilhante. — Enquanto o Dino está tendo seu dia de beleza, eu vou levar essas duas adoráveis menininhas para comer. Que vir com a gente?
— Não posso deixar a loja sozinha.
— Pode ir se quiser, Lena — Nia falou encostada novamente no balcão. — Brainy já voltou. Posso ficar aqui enquanto ele cuida do Dino.
Assim que Nia botou seus olhos em Kara, percebeu a sua felicidade em ver Lena. Não sabia qual era o nível de amizade ou envolvimento delas, mas gostou do que viu. Tirando Andrea, ela e Brainy, Lena não mantinha muito contato com muitas pessoas.
Desde que conheceu a morena, Nia percebia o quanto ela tinha problemas em se abrir para os outros. Algumas vezes até entendia sua relutância, algumas pessoas são realmente chatas demais para conviver. Mas Kara parecia ser legal.
— Qual desculpa você vai inventar agora para não ir comigo? Se não quiser ir é só dizer, eu vou entender.
Lena não queria dizer não a ela ou inventar desculpas como fez em relação ao café, mas na sua cabeça era isso que deveria ser feito.
— Vem com a gente — Ruby falou. — Assim você me conta como é trabalhar com animais. E minha tia vai pagar tudo.
— Nós vamos comer hambúrguer, com batatinhas fritas, Milk-shake e sorvete — Esme entrou na conversa, mas ainda acanhada.
— Milk-shake é sorvete — Nia comentou com a testa franzida.
— Não é, não — Esme esbravejou.
— Tudo bem, lindinha. Milk-shake não é soverte. Mas se você quiser ir, Lena, fique a vontade e traga comida para mim e para o Brainy.
Ponderando mais um pouco se deveria ir, Lena se sentia muito tentada a aceitar. Embora Kara a tenha feito passar muito nervoso naquela sexta-feira chuvosa, ela era bem adorável e era fácil estar com ela, pois ela não tornava a situação incomoda ou constrangedora.
— Acho que são três contra uma, né? — respondeu por fim.
— Então vamos? A lanchonete não fica longe daqui — Kara maneou a cabeça para a porta. — Nia, não é? — perguntou para a jovem que apenas observava a tudo.
— Sim.
— Tem alguma preferência de sanduíche pra você e para o...
— Brainy. Qualquer um tá bom — sorriu para ela. — Lena sabe do que a gente gosta.
— Certo. Nos vemos daqui a pouco.
— Se precisar, me liga — Lena falou enquanto pegava a sua bolsa atrás do balcão.
— Vão tranquilas.
Andando calmamente, Kara observava as duas sobrinhas a sua frente enquanto riam de alguma coisa. Quando saiu de casa de manhã, não imaginava que encontraria Lena novamente. Em seu peito, a sensação de alegria era predominante. Se visse Lena todos os dias a partir de hoje, com certeza se sentiria dessa mesma forma ao encontrá-la.
Ontem depois do café, ficou pensando muito na morena. Muito mais que já tinha pensado até aquela hora. Lena, não parecia ser uma mulher fácil de conquistar a confiança, mas Kara queria muito conseguir esse feito. Havia alguma coisa nela que chamava a sua atenção e todas as vezes que a encontrava, essa atenção aumentava.
Ainda não sabia como agir o reagir perto dela e não queria, nesse momento, perguntar para alguém o que deveria fazer. Ir com calma poderia servir de algo. Poderia ir mostrando aos poucos que queria conhece-la até que em algum momento achasse que seria a hora de certa de chamá-la para um encontro.
Se acontecesse de ter um encontro com Lena era bem capaz de desmaiar de emoção. Já se sentia nervosa só por olhá-la, imagina como não ficaria por saber que iria levar ela para sair?
— Então...
— Então...? — Kara a olhou, mas voltou a prestar atenção nas sobrinhas.
— Nos encontramos de novo. Qual foi o seu sonho comigo?
Engolindo seco, Kara prendeu o ar e o soltou rapidamente. Só tinha falado para Lena que contaria sobre o sonho se se encontrassem de novo porque acabou cometendo o erro de contar sobre o sonho para puxar conversa. Se tivesse pensado melhor em suas palavras, não teria dito nada sobre aquilo naquele momento. Poderia até dizer mais para frente se continuassem se vendo, mas não durante o café.
— Ficou curiosa? — tentou desconversar.
— Assim como você ficou curiosa para saber meu nome.
— Eu sei seu nome, mas prefiro te chamar de estressadinha — a olhou de novo. — E se eu não quiser falar sobre o que aconteceu nesse sonho?
— Eu não sou... Esquece. Não vou te convencer de que não sou estressada, não é?
— Não — negou com a cabeça.
— Voltando ao assunto, porque comentou sobre o sonho se não tem a intenção de me contar o que aconteceu nele? — arqueou a sobrancelha a encarando.
Ainda não dava para falar que no sonho as duas quase se beijavam.
— Porque fiquei nervosa perto de você. Aí falei a primeira coisa que veio na minha cabeça. Eu queria puxar assunto, você estava calada e eu gosto de falar.
Com um sorriso pequeno, Lena abaixou a cabeça, mas logo depois olhou para a loira que a fitava. Achava engraçado como ela não fazia nenhum tipo de joguinho, apenas dizia pensava.
— Você ficou nervosa por estar perto de mim?
— Fiquei. Quando eu te vi na feira, fiquei tão nervosa que me escondi em baixo da barraquinha — deu ombros. — Não consigo evitar.
Lena gargalhou com o que ouviu, o que fez Kara corar levemente por ficar envergonhada.
— Estou falando sério, Lena. Minha irmã ficou me zoando o dia inteiro por isso.
— É difícil acreditar numa coisa dessa.
— Acredite, estou nervosa bem agora, mas estou tentando parecer calma — não era mentira o que disse, mas só disse para ouvir Lena rir novamente. — Só não me escondi de você quando te vi hoje porque nem tive tempo de pensar nisso. Eu sinto que meu cérebro quebra quando te vejo.
Kara gostava de ver como Lena jogava a cabeça para trás para rir. Parecia até uma criança. Se não tivesse duas crianças para olhar, teria ficado mais tempo a observando.
— Para de me enrolar e me conta do sonho — insistiu quando recuperou o fôlego depois de tanto rir.
— Vamos fazer um trato? — ajeitou os óculos.
Faltava poucos metros para chegar a lanchonete, então queria impor sua proposta antes que suas sobrinhas começassem a querer sua atenção.
— Um trato? O que eu ganho? Um ano de queijos grátis.
Pelo clima ter ficado leve e descontraído, Lena disse aquilo de forma natural e brincalhona.
— Se você quiser... Mas não é isso. No dia que você me contar porque eu estraguei seu humor no dia que nos conhecemos, eu conto o sonho.
— Vai me deixar curiosa a esse ponto?
— É pegar ou largar — estendeu sua mão.
— E os queijos? Sou uma grande amante de queijos, geleias e vinhos.
— Vou pensar no seu caso. Minha proposta é essa.
Gostando daquilo, Lena segurou a mão de Kara e deu um leve aperto.
Nenhuma das duas pensou nisso, mas o acordo que firmaram implicava no fato de que pensavam — mesmo que inconscientemente — em se verem outras vezes.
Aquele almoço repleto de frituras e coisas gordurosas foi divertido para todos que estavam presente.
Foi perceptível para Lena que Kara tinha um grande carinho pelas sobrinhas e elas eram igualmente apaixonadas por elas. Kara se dava bem com as crianças, as dava liberdade para serem quem elas quisessem, fazia suas vontades — até demais — e ainda impunha respeito. Tanto Ruby como Esme eram obedientes e muito bem educadas.
Ruby encheu Lena de perguntas sobre como era trabalhar só com animais. Ela contou que tinha vários animais onde morava, mas que quando crescesse queria ganhar dinheiro cuidando deles. Lena respondeu todas as suas perguntas com paciência e alegria. Era a primeira vez que tinha tanto contato com uma criança.
Esme também fez algumas perguntas, mas as delas eram bem menos objetivas e mais infantis do que as de Ruby. A mais nova gostou tanto de Lena que em poucos minutos de interação já estava mais solta e quis ficar sentada em seu colo. Claro que a morena adorou aquilo e pensou no dia em que faria o que fez com seu próprio bebê.
Kara observava a tudo com muita atenção. Estava mais sorridente do que já era normalmente. Gostava do jeito que Lena tratava duas pessoinhas que eram muito importante em sua vida. E sentia que Lena poderia fazer parte desse seleto grupo de pessoas que faziam sua vida ser melhor.
Na hora de irem embora, Kara pediu os lanches para levar para Nia e Brainy. Também comprou sorvete para todos além de Milk-shake, pois Esme continuava a insistir que Milk-shake não era sorvete.
Quando foi pagar tudo, ela e Lena tiveram uma pequena discussão.
— Eu pago — pegou sua carteira procurando por seu cartão.
— De maneira alguma. Você é minha convidada.
— Então vamos dividir.
— Não — balançou a cabeça negando. — Você paga o próximo almoço.
— Próximo almoço? — perguntou uma pouco surpresa, mas nem tanto.
— Ou café. Ou jantar. Ou hot dog na rua. O que quiser. Dessa vez é por minha conta.
Até iria contra argumentar, mas a ideia de rever Kara pareceu agradável o suficiente para não fazer o que pensava.
O caminho de volta ao pet shop foi mais silencioso do que a ida. Lena estava pensativa demais para conversar e Kara notou isso. Porém, tinha que saber se havia feito alguma coisa errada para a morena ter mudado de comportamento tão rapidamente.
— Eu fiz algo de errado, estressadinha? — Lena a olhou sem entender. — Você ficou calada de repente. Falei algo que você não gostou?
Seu silêncio não tinha a ver diretamente com Kara, mas sim com seus próprios pensamentos que ficavam dizendo que ela estava se desviando do que realmente importava.
— Não fez nada de errado. Só estou pensativa.
— Está pensando em que? Não precisa dizer se não quiser, mas se quiser, eu vou ouvir.
— Quando vamos tomar um café de novo? — Lena viu o sorriso de Kara se abrir aos poucos. Até parecia que tinha falado para ela o melhor elogio do mundo.
— Quando você quiser — empurrou a porta de vidro da loja para Lena e as sobrinhas entrarem.
— Nia! Brainy! Voltei.
Enquanto aguardava seu cachorro, Kara deixou parte dos lanches que segurava no balcão. Seu coração estava acelerado por causa do Lena tinha dito, até estava pensando em perguntar se era verdade que ela queria vê-la de novo, mas se conteve.
Dino apareceu mais lindo do que nunca. Seus pelos dourados brilhavam e estava bastante cheiroso com uma bandana vermelha amarrada nos pescoço. Ruby e Esme foram logo brincar ele.
Assim que viram os lanches, Nia e Brainy rapidamente começaram a comer e só depois lembraram de agradecer pela comida.
— Quanto fica? — olhou para Lena ao seu lado que estava observando suas sobrinhas.
— Por conta da casa.
— Isso não é justo.
— Ontem você me deu uma cesta bem grande com seus produtos, então é bem justo, sim.
— Ok. Não vou discutir. Bom, eu já vou — abraçou Lena de repente. Com o susto, no começo ela ficou tensa, mas depois a abraçou de volta. — Me diverti muito no almoço. Espero fazer isso mais vezes — a soltou com um pequeno sorriso. — Tchau, Nia. Tchau, Brainy.
— Pode trazer comida pra gente sempre que quiser — Brainy respondeu fazendo um aceno para ela. — Mal te conheço e já te adoro.
— Faço das palavras do Brainy as minhas. Foi muito bom te conhecer, Kara.
Olhando seus dois funcionários, Lena percebeu que Kara não tinha dificuldade nenhuma em fazer as pessoas gostarem dela. Brainy e Nia eram um ótimo exemplo disso. E a garçonete da lanchonete que estavam também, pois ficava cheia de risos enquanto fitava descaradamente a loira.
— Vamos, meninas.
— Tchau, Lena — Ruby a abraçou rapidamente. — A tia Kara vai convencer a minha mãe a me deixar ficar aqui um dia inteirinho.
— Vou ficar esperando esse dia — respondeu animada.
— Tchau, tia — Esme abraçou suas pernas jogando a cabeça para trás para olhá-la. — Eu também vou vim com a Ruby.
— Tudo bem. Esperarei vocês duas.
— Parece que ganhou minha sobrinhas — Kara comentou quando as meninas voltaram a dar atenção ao cachorro. — O efeito Lena estressadinha é conquistar no primeiro olhar.
— Deixa de ser boba — disse envergonhada.
— Tenha uma boa vida, Lena.
— Você também, Kara.
Seus olhares se cruzaram por alguns segundos antes de Kara sair pela porta. Por um pequeno tempo, Lena ficou parada no mesmo lugar olhando para saída, até que viu Andrea chegar.
— Oi. Oi. Oi — começou a abraçar todos ali do jeito que sempre fazia. — Quais são as novidades?
— Lena fez uma nova amiga — Nia revelou. — Adorei ela.
— Eu também. Bem que dizem que os cachorros e os donos são parecidos. Repararam como ela parece o cachorro dela? — Brainy perguntou dando um último gole em seu Milk-shake
— Fez uma nova amiga, Lena?
— Cínica — olhou para os dois jovens. — Podem ir embora, eu fecho tudo aqui. Nos vemos quarta.
Não demorou muito para Brainy e Nia irem embora. Então Lena começou a arrumar algumas coisas para fechar a loja.
— Não entendi por que me chamou de cínica, Leninha. O que eu fiz de errado?
— Eu percebi que você armou tudo para que eu reencontrasse a Kara e já saquei que você está saindo com a prima dela — a olhou. — Conheci sua enteada, uma gracinha de menina.
— Pode me agradecer depois por esse reencontro. Dá pra ver nos seus olhos que você gostou — viu Lena revirar os olhos e acabou rindo. — Qual é, Lena? Eu sei que você gostou. Eu sabia que você não faria nada e ela nem sabia onde te encontrar. Por ironia do destino, eu conheço a Samantha e eu dei a ideia para ela, ela gostou e fez a prima trazer o cachorro da família — deu ombros. — O que há de errado nisso?
— Eu tenho outras coisas para focar, Andy. Não quero envolver ninguém no que estou fazendo. Se eu continuar a vê-la... — parou de falar quando se lembrou que ela mesma sugeriu que tomassem um café qualquer dia.
Sua frase ficou no ar, mas Andrea entendeu o que ela queria dizer.
— Você não precisa parar de viver só porque vai ser mãe. Ela é uma pessoa legal e nitidamente gosta de você. Curte o momento.
— E se eu estiver grávida, o que eu faço?
— Conta a verdade, ué. Mas ainda nada te impede de conhece-la melhor.
Andy tinha razão, havia realmente gostado de ter reencontrado Kara. E não tinha certeza nenhuma se havia uma sementinha para germinar em seu ventre, embora quisesse muito que tivesse.
Passar um tempo com Kara não seria ruim, poderiam ser boas amigas. Mas no fundo, não era bem isso que esperava dela essa verdade a assustava.
Quem é flash perto da velocidade que Lena e Kara começam a ficar apaixonadinhas?
:)

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All That Matters to Me
Fanfiction[Concluída] Lena Luthor está decidida que quer começar uma família sozinha, para isso recorre a inseminação artificial. No entanto, o destino coloca em seu caminho Kara Danvers. A princípio, Lena tenta afastá-la, mas as coisas vão mudando conforme v...