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    Arfei escorando as costas na parede do corredor vazio do castelo. Graças as juntas, os corredores estavam vazios e os serviçais concentrados na cozinha.

   Helena desceu praguejando e suspirei limpando o suor da testa, acumulado das justas e da corrida da floresta até o interior do castelo.

— Você vai acabar me matando...

— Hum!_ Helena empinou o nariz e cambaleou bêbada. Segurei seu pulso a impedindo de ir e a arrastei contra vontade. _ Me largue! Me solte logo!

— Não vou te soltar! Você é um perigo bêbada!

— Argh!_ Helena afundou os pés no chão como âncoras. Sua mão livre tentava livrar a que eu mantinha presa com firmeza. Ela jogou a cabeça para trás e mantendo os dentes trincandos. Soltei abruptamente seu braço a deixando cair de bunda no chão.

Que mulher teimosa...

    Abaixei sobre os calcanhares a encarando a centímetros de distância, a observando massagear o quadril e me encarar com frieza.

— Então você vem ao baile comigo...

— Não vou com você! Irei com a rainha! Ela me convidou!

— Não importa quem a convidou se você vier então será interessante...

— Uf! Não te suporto! Você fica me olhando desse jeito e ..._ ela se cala e arqueio a sobrancelha.

— E?

    Helena joga o corpo, deitando sobre o chão frio de braços apertos, encarando o teto e seus cachos ruivos esparramados no chão.

— Ai, eu vou vomitar...

— Vem! _ Seguro suas mãos a puxando para cima, a deixando sentada. _Vamos tomar um copo d'água. Deve ajudar...

— Dylan..._ ela piscou fundo me olhando un tanto fofa.

— Não vai grudar nos meus cabelos novamente, não é?

— Por que eu? _ sua pergunta pairou no ar enquanto olhava estoico dentro de seus olhos azuis.

   Ela piscou fundo novamente, esperando pela resposta.

— Eu lhe conto se prometer ser uma boa garota e vir até a cozinha para tomar algo que ajude a curar sua embriaguez.

— Humm...

— Promessas são sagradas. Você promete?_ ela esticou o dedo mindinho e o olhei por alguns segundos. Cruzei meu dedo mindinho ao seu e concordei.

— Prometo.

— Hoje a noite, depois do baile me contará. Certo?

— Certo! Agora venha! Seu tio Willy está preocupado.

— Tio Willy sempre está preocupado com Helena...

— Eu imagino o porque. _Suspirei passando seu braço por cima de meu ombro.

— Ele me trouxe para cá, porque eu estava sozinha. _ Helena cochichou baixinho. _ Tentaram me jogar na fogueira, mas tio Willy não deixou. Tentaram invadir minha casa, mas tio Willy botou para correr aquele homem imundo! Tentaram me tocar e tio Willy decepou a mão daquele homem fora! O que será de Helena sem o tio Willy?

    Parei olhando de lado para a garota que  ainda encarava o teto com um olhar triste. Ela suspirou pesadamente enquanto apenas me restava a pensar o quanto Willy deve ter se esforçando entre ser o guarda real e protetor da sobrinha. É claro que ele quer casa-la logo. Assim sua consciência ficaria mais tranquila a respeito da segurança de sua sobrinha.

Escolhida Pelo DuqueOnde histórias criam vida. Descubra agora