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Dylan

  Uma mulher bêbada era uma mulher em perigo. Em um canto isolado olhando para o movimento, vi Sire Willy caminhando atento. Arfei com as mãos no quadril tomando coragem.

— Sire Willy!_ o chamei e o homem escondeu o caneco de cerveja atrás das costas.

Arqueio a sobrancelha e ele pigarrateia.

— Um homem tem direito a uma caneca de cerveja. _ tentou se defender e abri a boca sem saber como proceder.

— E uma mulher tem direito a quantas?

— Como assim? _ Sire Willy maneou a cabeça e cocei a minha sem saber como explicar.

— A rainha estava bêbada, o príncipe dormindo no chão e Helena...sumiu ...

   A expressão confusa de Sire Willy se desmanchou ficando incrédula. Um momento que esse homem se afastou e as coisas desandaram.

Ele se moveu olhando ao redor.

— Eu vou procurá-la entre as tendas. Você procura na floresta?

— Na floresta?_ praguejei sem entender e Willy me encarou friamente.

— Se tocar indevidamente em minha sobrinha eu lhe corto o pau! _ após dizer isto, correu apressado olhando ao redor.

    Segui para a floresta. Por que ela viria ara a floresta? Pulando troncos e galhos secos, com meus passos ecoando ao amassar as folhas secas que forravam o chão, eu ouvi de longe em meio ao silêncio da floresta que estava próximo ao acampamento, o canto de uma mulher. Era como o canto de uma fada da floresta, não que eu tenha ouvido. Mas era atrativo como as lendas, levando os lenhadores e caçadores se perderem na parte mais escura da floresta.

    Parei com uma mão sobre o tronco de uma árvore, vendo as mexas ruivas e cacheadas no ar, enquanto ela dançava sozinha entre as árvores, cantarolando e suas bochechas coradas. Ela riu sozinha e abriu os olhos, e ao me ver abraçou o tronco de uma árvore, se escondendo atrás dela.

   Soltei uma risada nasal ao vê-la me olhar escondida e atenta. Soluçou forte fazendo um pequeno ruído e cobriu a própria boca. Me aproximei descendo com cuidado o declínio e reparei que ela tinha folhas secas presas em seus cabelos. Parece que alguém chegou até aqui rolando.

  — Helena, seu tio e eu estamos a sua peocurara. Vamos!

— Não!_ ela praguejou voltando a se esconder.

   Suspirei e me aproximei com cuidado dei  a volta no troco, mas a mulher havia sumido. A vi escondida atrás de outra árvore e arqueio a sobrancelha. Ela é rápida...

— Helena ..._ insiste tranquilo.

— Não vou com você!_ resmungou sozinha.

— Você pode ir sozinha então. Pode ser?

   A vi negar e começar a correr, seus cabelos ao vento cobrindo parcialmente sua visão quando ela me olhava por cima do ombro. Segui sem pressa, e ela riu me pegando de surpresa.

  Essa garota não sabe o que isso desperta em mim...

Respiro fundo e abaixo os olhos para o chão.

— A árvore!_ aviso baixo, mas tardio. Helena bate a cara na árvore e cai de bunda no chão.

   Ela pragueja e a alcanço em passos tranquilos e a coloco de pé. Ela se vira abruptamente como se eu fosse seu maior medo. Suas costas encontram o tronco da árvore e ela arfa com os olhos levemente arregalados. Estendo a ponta dos dedos e retiro uma mexa ruiva encaracolada de seu rosto.

Escolhida Pelo DuqueOnde histórias criam vida. Descubra agora