Além do tráfico

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Victor on

Não somos só nós três, seria burrice óbvio que a equipe toda veio.

O traficante mais perigosos do país tá aí dentro.

Não que seja isso o mais importante para mim .

Victor: esse cara não pode sair daqui- falo pelo rádio - quero todas as saídas cercadas, Flávio da Rosa só sai daqui preso.

Pantera tá parado do meu lado, medo de ele ver a a Bárbara e infartar.

A gente invade a chácara, o lugar tá bem protegido. Muitos vigias na área externa .

Que de certo, pelo amor de Deus.

Lindo, na igreja não vai mas vive pedindo ajuda pra Deus. Já mencionei que acho que vou para o inferno

Victor: você sabe o que fazer garoto - falo com o cachorro da Bárbara .

Saudade da época que ele era meu .

Pantera começa a andar do meu lado e cheirar o chão.

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Babi on

Terror:  você não faz ideia de por quanto tempo eu te desejei  Bárbara, desde os meus 14 anos, eu sabia que você ia ser a minha mulher

Isso é muito estranho já que ele é 1o anos mais Velho que eu.

Babi: você vai pra outro país, por que não me deixa aqui ? Eu não sei nada que possa te prejudicar, só me deixa por favor

Ele ri.

Terror: meu amor. Se você não pode ser minha, não vai  de ninguém .

Ele aponta a arma para mim.

Em dois anos nessa mesma situação, eu nunca senti tanto medo de morrer.

Encaro a porta do quarto que tá aberta, se eu tentar correr ele vai simplesmente atirar em mim pelas costas .

Babi:  por favor - digo apavorada - você não precisa fazer isso

Terror: VOCÊ AGIU COMO UMA PUTA IMUNDA - tremo com o tom de voz dele

Babi: não, isso não é verdade

Terror: é sim Bárbara, você quebrou minha confiança, não dá pra voltar atrás .

Babi: você não tem certeza se eu fiz ou não algo errado...

Ele me chuta com uma força absurda me tirando um grito alto e agudo .

Terror: você não me merece, é uma ingrata que não me respeita, uma puta sem consideração

Me encosto na parede sentindo todo o meu corpo doer.

É, como eu já disse " eu só saio disso quando ele bater o suficiente para me matar"

Esse dia chegou.

Ele engatilha a arma e aponta para a minha cabeça

Terror: sempre vou te amar

Babi: eu - engulo em seco- nunca amei você - os olhos dele se escurecem de raiva

Eu já vou morrer, pelo menos vou ser sincera com ele uma única vez

Babi: nunca cheguei nem perto disso, eu odeio você, odeio muito- as lágrimas descem pelo meu rosto de forma descontrolada- nada no mundo faria eu amar você.

Terror: SUA PUTA - ele grita

Tudo acontece muito rápido, o vulto preto, o barulho do tiro, os gritos, outro tiro .

A minha boca está aberta em completo choque.

Eu nem sabia que um cachorro podia pular tão alto .

Ver o meu bebê grudado na jugular de alguém nunca fez parte dos meus planos, Terror se contorce no chão mas o Pantera não larga o pescoço dele, não até o corpo parar de se mexer .

Babi: ai meus Deus - sussurro  horrorizada pela cena.

Pantera vira pra mim e anda na minha direção com o rosto cheio de sangue.

Encaro a poça de sangue se formando em volta do corpo do Flávio .  Pan matou ele ? O cachorro matou ele ?

PUTA QUE PARIU

Pantera deita a cabeça na minhas coxas e o choro baixinho dele me chama atenção, quando olho pra ele sinto todo o ar do meu pulmão se esvair.

Ele tá baleado, um dos tiros pegou nele .

Pantera levou um tiro

Babi: não , não , não - digo desesperada e ponho a mão em cima do ferimento tentando estancar o sangramento- por favor não.

Escuto passos se aproximando e logo vejo os meninos na porta .

Victor: Bárbara - ele sorri pra mim, tá claramente aliviado - você tá aqui - ele respira fundo .

Bak: meu Deus - ele encara o corpo sem vida no chão -  que porra - ele tá com os olhos arregalados

Babi: ele tá sangrando Victor, tem muito sangue

Victor: merda -ele se ajoelha do meu lado

Pantera começa a lamber a minha perna

Babi: não deixa ele morrer- digo desesperada- por favor Victor

Victor: Arthur....

Arthur: vou levar ele para Carol - ele se abaixa pegando o cachorro- ele vai ficar bem

Babi: eu quero ir junto - Victor nega

Victor: você precisa de um hospital, Arthur vai cuidar dele

Babi : Victor não - tento me por de pé só que a dor me impede - merda

Victor: Carol vai cuidar dele, agora deixa eu te levar pro hospital e cuidar de você

Fico em silêncio, ele não vai me escutar

Victor : Gabriel ....

Bak: pode ir eu cuido de tudo aqui

Não consigo ficar de pé, então Victor me pega no colo, mas o contato com ele me faz chorar baixinho de dor

Victor: desculpa, desculpa - ele pede desesperado ao eu dar um gritinho de dor quando ele toca a minha costela sem querer

Victor me põe deitada no banco de trás do carro com a cabaça no colo dele, eu não faço ideia de quem é o cara no volante.

Victor: vai ficar tudo bem - ele mexe no meu cabelo - porra - ele encara a mão que ficou cheia de sangue - acelera Souza, ela tá sangrando demais.

Eu não consigo me manter acordada por mais que eu tente, de repente o som da sirene vai ficando cada vez mais olhe e eu apago totalmente escutando o Victor pedir para eu ficar acordada.

Só espero que o Pan fique bem, eu não quero perder ele .