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Maria Luiza

Eu acordei assustada com o Caio vomitando, tomei maior susto e me sentei na cama, não me alarmei muito porque como mãe eu já estava acostumada com isso, ele comeu muito no lanche e deveria ser apenas o estômago rejeitando toda aquela comida.

Caio: Minha barriga tá doendo muito.- Falou após vomitar e eu já me preocupei. 

Malu: Vou pegar água pra você.- Dei um pulo da cama e liguei a luz.

Saindo quarto indo pegar água e quando voltei ele tava vomitando de novo, na mesma hora coloquei o copo em cima da mesa e peguei meu celular, quando fui dar a água pra ele vi que o Caio tava queimando de febre.

Caio: Tá doendo.- Falou começando a chorar.

Malu: Vamos pro hospital, espera um pouco.- Falei pegando os documentos dele e ligando pro Trovão.

Liguei uma vez, mandei uma mensagem e percebi que era em vão. Depois dele, a única pessoa que veio na minha cabeça foi o Vg, assim que eu liguei ele atendeu, parecia estar em uma festa e eu pedi pra ele vim, ele disse que estava vindo e em menos de cinco minutos apareceu de carro aqui.

Vg: O que rolou? - Falou assim que eu abri o portão pra ele.

Expliquei e ele entrou pra me ajudar a pegar o Caio, eu saí colocando uma blusa maior e entrei no carro com ele. Vg saiu voando do morro e foi pro hospital, mas na hora eu neguei.

Malu: Vai pra um postinho cara, sem condições de pagar por isso.- Apontei.

Vg: O moleque vai acabar tendo algum bagulho mais sério e não vão atender ele, relaxa.- Falou tirando ele do carro.

Cocei a cabeça sabendo que não tava em muita posição de escolha porque ele estava certo. Entrei com o Caio que a gente foi pra uma sala, o médico fez algumas perguntas e eu respondi, ele analisou e colocou o Caio pra tomar soro, dizendo que achava que era infecção alimentar.

Meu celular tocou e eu olhei pra tela, Trovão estava me ligando mas eu apenas ignorei, deixei pra falar com ele depois e fui atrás do Vg, ele tava caminhando pra porta do hospital com um cigarro na boca, ele havia estacionado o carro ali perto e eu encarei ele até ele chegar perto. 

Vg: Menor tá bem? - Me encarou preocupado.

Malu: É só uma infecção alimentar, ele tá tomando soro e tá...- Vg tirou o rosto de mim dando dois passos pra trás e eu parei de falar.

Vg: Se perguntarem, tu não me conhece e foi por acaso que eu tava contigo.- Falou rápido e eu abri maior olhão sem entender, quando olhei pra trás tinham dois carros de polícia parando e os homens desceram correndo.

Quando eu olhei pra frente, o Vg já tinha começado a correr dali, eu dei um passo pra trás mal sabendo o que iria me acontecer e sentir uma mão me empurrando contra parede.

— Pra onde ele foi? - O policial gritou apontando o dedo na minha cara e eu olhei pra ele assustada.- Fala vagabunda.

Malu: Eu, eu não sei.- Gaguejei sentindo meu coração bater rápido e ele apertou meu pulso com força.- Me solta, você tá me machucando.

Uma policial mulher chegou empurrando ele de perto de mim e me encarou, mandando eu virar de costas e disse que ia me algemar. Ela me algemou e eu estava quase implorando pra ela me soltar, quando ela me virou de frente eu pude passar os olhos por todas pessoas que estavam ali me olhando e de longe vi o Peixe, ele estava distante mas estava visível pra mim.

Eu gritei tentando apontar pra ele mas a mulher me mandou falar a boca, logo me desesperei, eu tentei explicar que meu filho estava ali e não podia ficar sozinho, mas ninguém me escutou e me levaram, enquanto eu implorava pra me deixarem ali, sabendo que o Peixe iria conseguir o que ele queria, pegar o Caio...

Primeira dama Onde as histórias ganham vida. Descobre agora