47

107K 8.8K 3.2K
                                    

Maria Luiza.

Ainda fomos lanchar nas custas do trovão e Robson, o Vg não ficou porque tinha ido se encontrar com mulher. Na volta eles acompanharam a gente até em casa e eu quis perguntar se o Trovão iria voltar, mas achei muito grude e me calei, só dei um tchauzinho.

Eu fui tomar banho primeiro que o Caio e sai vestida, ele foi tomar o banho dele e eu fiquei deitada na cama mexendo no celular.

Caio: Ô manhê? - Falou saindo do banheiro e já me encarando com dúvida, eu encarei ele e ele sentou na cama.- Aquele homem, era mesmo o meu pai?

Malu: Ele fez o papel de pai, Caio? - Meu filho negou.- Então pronto.

Caio: Desculpa, eu sei que você não gosta de falar sobre ele.- Falou me olhando.

Malu: Só não quero que você crie qualquer afeto por ele, ele não merece te ter na vida dele. E além disso, eu não vou deixar ele chegar perto de você, certo? É o melhor pra mim e pra você.

Caio não falou nada apenas se deitou e eu voltei a atenção ao celular, mas o Caio se mexeu e olhou pra mim.

Caio: Eu sei que você tá com o Trovão, o Luiz me disse! - Eu encarei ele querendo bater no Luiz.

Malu: Eu não estou com o Trovão.- Semicerrei os olhos.

Caio: E por que depois que eu deitei antes de ontem, você disse que ia fazer comida e depois saiu com ele? - Me olhou curioso e eu fiquei calada, me dando por vencida.

Malu: Filho, isso não é assunto pra você. E nem assunto pra rua, certo?

Caio: Tudo bem. É só que eu acho feio, a mãe do Luiz tá grávida do Trovão, você não acha errado ficar com ele, e ela grávida dele? - Meu filho conseguiu alugar mil coisas na minha mente de uma vez só.

Malu: Melhor você dormir.- Falei sem saber o que falar.

Ele levantou as mãos em rendição dando uma risada safada e eu beijei a bochecha dele me levantando, sai encostando a porta e me sentei no sofá da sala, não demorou muito pra eu escutar alguém pulando o muro e nem me mexi, sabendo de quem se tratava. Ele invadiu minha casa como se fosse a dele e quando me viu sentada no sofá fez legal, encarei ele e ele logo perdeu a expressão de diversão que tinha.

Trovão: B.o essas horas? - Falou se sentando do meu lado.

Malu: Caio sabe sobre nós dois, o Luiz também.- Falei baixo.- E o Caio me questionou porque a Alicia tá grávida e eu tô ficando com você.

Trovão: Caralho, Luiz é muito fofoqueiro mesmo.- Olhei pra ele.

Malu: Caio viu a gente saindo.- Ele soltou uma risada.- Mas ele tá certo sobre a Alicia, não é legal.

Trovão: Meteu papo de maluco já, pô. Alicia tá grávida porque quis, a história é diferente aí, e de qualquer maneira toda assistência que o bebê precisa eu tô dando. Não tô com a Alicia, tô solteiro pô.

Eu ia questionar do porquê deles morarem juntos, mas calei minha boca e não me intrometi aonde não me cabe. Trovão me puxou pra perto dele e me beijou, não demorou muito pra ele passar a mão no meu corpo, mas eu me afastei.

Malu: Caio tá doidinho pra te dar uma coça já.- Brinquei, negando.

Trovão: Briga de padrasto e enteado, se mete não.- Falou em total tom de brincadeira.

E era engraçado porque ele sempre falava nesse tom, e sempre parecia ser só uma brincadeira. Eu revirei os olhos e cocei a cabeça.

Malu: Tô olhando umas coisas, vou passar um tempo na Rocinha.- Trovão me soltou devagar e me olhou.

Trovão: Tá maluca? - Mal terminei de falar e ele falou. 

Malu: O Caio vai estar mais seguro lá, porque ele fica sozinho aqui por umas horas, não sei oq o Peixe é capaz de fazer. E eu também quero fazer um quarto pra ele aqui, tô com um dinheiro e acho que é legal ele ter um quarto só pra ele.

Trovão: E pra isso tu precisa meter o pé daqui? Te coloco dentro de uma casa aqui, e sempre tem moleque de olho, não deixam o Peixe subir fácil assim.- Encarei ele, que negou.

Malu: Prefiro ir pra lá.- Trovão se levantou devagar e eu encarei ele.- Pra onde você vai?

Trovão: Vou pra casa pô, só vim te ver.- Falou meio que sério.

Malu: Vai ficar bolado por que eu não vou fazer as coisas do jeito que você quer? - Arqueei a sobrancelha.

Trovão: Só vou meter o pé, cara.- Falou beijando minha cabeça quase como se tivesse alguém obrigando ele.

Eu neguei com a cabeça quando ele saiu e escutei ele pulando o muro, me perguntei o porquê dele simplesmente não te aberto o portão, mas ignorei e a birra dele, indo dormir.

Primeira dama Onde as histórias ganham vida. Descobre agora