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Maria Luiza.

Eu entrei achando graça no que tava acontecido ali e aproveitei pra tirar minha dúvida que ele tava querendo algo. Entrei sendo observada por ele e virei o rosto, vendo meu filho indo direto tomar banho. Me sentei na cozinha comendo e o Caio já saiu arrumado pra dormir, dei comida a ele e ele foi pro quarto.

Eu me sentei na sala e fiquei assistindo televisão, tentei até resistir contra o sono mas no final dormi ali mesmo. Acordei cedo por causa do sol e fui dar uma geral na casa, arrumei tudo e fiz maior almoço maneiro, Caio acordou, me ajudou a arrumar algumas coisas e desceu pra escola.

Desci um tempinho depois pra entregar currículo e assim foi meu dia. Na sexta feira a Vivi me chamou pra ir pra um pagode de noite, falou que tava menstruada, e nos nossos dias de menstruação, a gente não podia ir fazer programa.

Eu realmente estava muito afim de ir, mas não queria deixar o Caio sozinho em casa. Então decidi unir o útil mão agradável e dar uma chance pro pedido dele de dormir na casa do Luiz, porque desde o começo da semana ele havia me pedido.

Quando deu umas oito da noite eu arrumei as coisas dele e sai, mas antes disso repensei mil vezes. Porém eu precisava de um momento meu, precisava curtir um pouco e eu iria me dar esse momento de lazer. Quando eu cheguei, bati no portão e escutei o Luiz correndo, ele abriu muito animado e eu sorri.

Ele me fez entrar junto com o Caio e eu me surpreendi com o luxo daquela casa, era enorme pro dentro. A decoração impecável e tudo organizado, na sala tinha uma vista aberta pra cozinha, e eu olhei diretamente pro sofá aonde o Trovão tava deitado sem camisa e mexendo no celular.

Quando ele ouviu a voz do Caio, ele desviou o olhar do celular e pairou sob o meu, eu olhei pra ele e sorri de lado, olhando pra Lúcia que saia da cozinha.

Lúcia: Finalmente você realizou o desejo deles, eu não aguentava mais ouvir eles implorando pra eu falar com você.- Eu sorri pra ela, vendo eles subindo as escadas.

Caio: Tchau mãe, te amo.- Falou dando tchau e correu, saindo do meu campo de visão.

Malu: Olha dona Lúcia, qualquer coisa de errado que ele fizer pode me ligar, pode brigar com ele. Se ele incomodar muito pode me ligar que eu venho na hora.- Falei rápido.

Lúcia: Eu sei como é, garota. Vai aproveitar sua noite, você tá linda aliás.- Me olhou dos pés a cabeça.

Trovão: Caralho mané, tu vai sair e nem se arrumou?! - Se intrometeu.- Vai pra festa toda feia assim?

Malu: A sua implicância comigo é surreal.- Falei revirando os olhos.

Lúcia: Ih, tô já me ligando no que essa implicância vai dar! - Falou e eu abri maior olhão.

Neguei com a cabeça e falei que ia embora, ela pediu pra o Trovão me levar até o portão e ele negou, ficou enrolando por maior tempão e eu só saí dali quando ele finalmente cansou de xingar dizendo que não ia.

Malu: Nunca vi um chefe de tráfico tão sem moral quando você.- Comentei com ele atrás de mim.

Trovão: Cala a boca, feia.- Falou abrindo o portão e me olhou.- Tomara que a Alicia bote a cara por lá e te jogue um copo de cerveja na cabeça.

Malu: Por que? Tá doido pra ir me defender, né? - Debochei fazendo careta.

Trovão: Bateu até vontade de ir pra assistir de camarote.- Soltei uma risada irônica.

Trovão olhou pra minha boca e eu encarei os olhos dele, levantei a mão passando pelo seu queixo e ele virou o rosto rindo de lado. Eu saí de perto dele negando com a cabeça e fui descendo o morro pra casa da Vivi, que começou a me ligar igual louca.

Primeira dama Onde as histórias ganham vida. Descobre agora