2. Ruivinha?

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– Briana Ramos

Já é tarde da noite em Los Angeles aconteceu uma palestra na universidade que demorou por horas, suspiro fundo enquanto estou no caminho para casa.

Observando a cidade totalmente moderna e pavimentada, sinto um certo desconforto por carregar a bolsa pesada.

Ao me aproximar de casa, vejo quatro homens brigando. Os três homens que aparentam ser mais velhos começam a dar sequência de socos e murro em um garoto que aparenta ser novo.

Meu coração se acelera ao ver essa cena, pego meu celular rapidamente discando para a polícia.

Alô, qual a emergência? — escuto a moça perguntar, suspiro fundo me abaixando para eles não me verem.

— Alô, está tendo uma briga próximo da biblioteca central, três homens estão espancando alguém por favor ajude! — olho vendo um dos caras pegar um taco.

Sem pensar muito me levanto correndo na direção deles, o garoto já estava caído no chão.

— Parem! Por favor, vocês vão matá-lo! — entro na frente do mais velho abrindo os braços.

— Não se intromete! — um dos caras segurou meu braço o apertando.

— Eu não vou sair da frente! A polícia está vindo — começo a gritar para chamar a atenção e eles saem correndo.

Engulo seco me virando para o garoto caído, ele estava mexendo a cabeça devagar.

— Você está bem? Consegue se levantar? — sinto algumas lágrimas se formarem nos meus olhos devido ao desespero.

Seu nariz está sagrando, seu rosto me parece familiar de algum lugar, mas a escuridão não me deixa enxergar direito.

O que devo fazer? Apenas deixá-lo?

Viro-me de costas olhando para minha casa que estava logo ao lado.

— Se eu não o ajudar vou dormir com a consciência pesada — volto até onde o mesmo está passando seu braço em volta do meu pescoço.

— Ei, você consegue levantar? Tente me ajudar ok? Vou te levar para o hospital — assim começou meu esforço para ajudar o jovem desconhecido ficar de pé.

— Para o hospital não — escuto a voz rouca baixa sussurrar.

O encaro confusa.

Por favor.

[...]

— Se eu soubesse que era você tinha o deixado lá — sussurro-me ao olhar o mais alto deitado no meu sofá.

Coloquei a chaves e o celular que estava no seu bolso em cima da mesa.

Cruzo meus braços franzindo o cenho.

— Será que ele vai morrer? Acredito que não — me pergunto o observando. — Emo trevoso, pelo visto você se meteu em problemas.

Vou até á geladeira pegando um pouco de gelo para colocar no rosto do mesmo.

O que eu estou fazendo? Ele deve ser um idiota doido, más vou ajudar já que não tenho sangue de barata.

Sento-me ao lado dele que estava desacordado no sofá, colocando o gelo devagar sobre uma de suas bochechas.

Ele é extremamente bonito, no que eu estou pensando?

Balanço a cabeça em negação, ele se meche então me levanto rapidamente indo para direção oposta.

Sinto alguém puxar meu braço, me assusto ao ser puxada para o sofá novamente.

Ele se senta em um movimento rápido com suas pernas grandes ainda no meu sofá. Arregalo meus olhos ao sentir ele me encarando.

— Qual é a sua ruivinha? — sua voz soou rouca e baixa, ele olhou nos meus olhos ainda segurando meu braço.

Ruivinha? Sério isso?

— Por nada! — solto meu braço da mão dele. — Você quer dizer, "obrigado por salvar minha vida."

Ele sorriu de canto.

— Onde estou? — pergunta.

— Na minha casa — evito o contanto visual por sentir um pouco de nervoso.

— Você não tem medo de trazer um desconhecido para sua casa? — aproximou mais seu rosto do meu, olho para qualquer lugar menos seus olhos.

— Eu não sabia que era você, devo me preocupar? Você é um criminoso procurado? — pergunto engulindo seco.

— Sou alguém com quem você não vai querer se meter, valeu pela estadia estou vazando — se levantou com dificuldade pegando suas chaves.

— Mas você precisa ir ao médico, está machuc-

Ele me interrompe.

— É melhor você se preocupar com si mesma — pegou o celular na mesa.

— Eu não estou preocupada com você — digo fazendo uma careta, ouvindo o barulho da porta batendo em seguida.

Ele mora aqui perto? Espero nunca mais o encontrar. Tranco a porta pensativa subindo até meu quarto.

Eu preciso de banho e um bom livro.

Continua...

estão gostando da história? ainda vem muita coisa por aí....

O Cara Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora