– Briana Ramos
Já é tarde da noite em Los Angeles aconteceu uma palestra na universidade que demorou por horas, suspiro fundo enquanto estou no caminho para casa.
Observando a cidade totalmente moderna e pavimentada, sinto um certo desconforto por carregar a bolsa pesada.
Ao me aproximar de casa, vejo quatro homens brigando. Os três homens que aparentam ser mais velhos começam a dar sequência de socos e murro em um garoto que aparenta ser novo.
Meu coração se acelera ao ver essa cena, pego meu celular rapidamente discando para a polícia.
— Alô, qual a emergência? — escuto a moça perguntar, suspiro fundo me abaixando para eles não me verem.
— Alô, está tendo uma briga próximo da biblioteca central, três homens estão espancando alguém por favor ajude! — olho vendo um dos caras pegar um taco.
Sem pensar muito me levanto correndo na direção deles, o garoto já estava caído no chão.
— Parem! Por favor, vocês vão matá-lo! — entro na frente do mais velho abrindo os braços.
— Não se intromete! — um dos caras segurou meu braço o apertando.
— Eu não vou sair da frente! A polícia está vindo — começo a gritar para chamar a atenção e eles saem correndo.
Engulo seco me virando para o garoto caído, ele estava mexendo a cabeça devagar.
— Você está bem? Consegue se levantar? — sinto algumas lágrimas se formarem nos meus olhos devido ao desespero.
Seu nariz está sagrando, seu rosto me parece familiar de algum lugar, mas a escuridão não me deixa enxergar direito.
O que devo fazer? Apenas deixá-lo?
Viro-me de costas olhando para minha casa que estava logo ao lado.
— Se eu não o ajudar vou dormir com a consciência pesada — volto até onde o mesmo está passando seu braço em volta do meu pescoço.
— Ei, você consegue levantar? Tente me ajudar ok? Vou te levar para o hospital — assim começou meu esforço para ajudar o jovem desconhecido ficar de pé.
— Para o hospital não — escuto a voz rouca baixa sussurrar.
O encaro confusa.
— Por favor.
[...]
— Se eu soubesse que era você tinha o deixado lá — sussurro-me ao olhar o mais alto deitado no meu sofá.
Coloquei a chaves e o celular que estava no seu bolso em cima da mesa.
Cruzo meus braços franzindo o cenho.
— Será que ele vai morrer? Acredito que não — me pergunto o observando. — Emo trevoso, pelo visto você se meteu em problemas.
Vou até á geladeira pegando um pouco de gelo para colocar no rosto do mesmo.
O que eu estou fazendo? Ele deve ser um idiota doido, más vou ajudar já que não tenho sangue de barata.
Sento-me ao lado dele que estava desacordado no sofá, colocando o gelo devagar sobre uma de suas bochechas.
Ele é extremamente bonito, no que eu estou pensando?
Balanço a cabeça em negação, ele se meche então me levanto rapidamente indo para direção oposta.
Sinto alguém puxar meu braço, me assusto ao ser puxada para o sofá novamente.
Ele se senta em um movimento rápido com suas pernas grandes ainda no meu sofá. Arregalo meus olhos ao sentir ele me encarando.
— Qual é a sua ruivinha? — sua voz soou rouca e baixa, ele olhou nos meus olhos ainda segurando meu braço.
Ruivinha? Sério isso?
— Por nada! — solto meu braço da mão dele. — Você quer dizer, "obrigado por salvar minha vida."
Ele sorriu de canto.
— Onde estou? — pergunta.
— Na minha casa — evito o contanto visual por sentir um pouco de nervoso.
— Você não tem medo de trazer um desconhecido para sua casa? — aproximou mais seu rosto do meu, olho para qualquer lugar menos seus olhos.
— Eu não sabia que era você, devo me preocupar? Você é um criminoso procurado? — pergunto engulindo seco.
— Sou alguém com quem você não vai querer se meter, valeu pela estadia estou vazando — se levantou com dificuldade pegando suas chaves.
— Mas você precisa ir ao médico, está machuc-
Ele me interrompe.
— É melhor você se preocupar com si mesma — pegou o celular na mesa.
— Eu não estou preocupada com você — digo fazendo uma careta, ouvindo o barulho da porta batendo em seguida.
Ele mora aqui perto? Espero nunca mais o encontrar. Tranco a porta pensativa subindo até meu quarto.
Eu só preciso de banho e um bom livro.
Continua...
estão gostando da história? ainda vem muita coisa por aí....

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O Cara Da Casa Ao Lado
RomanceMoradora de uma pequena cidade, Briana Ramos, uma ruiva de dezenove anos, ganha uma bolsa para estudar em uma das melhores universidades da Califórnia. Essa oportunidade transforma sua vida rotineira, especialmente ao conhecer Scott Chavier, um rapa...