Os acordos - Tobiizu

Capítulo único, porém parte um

— Sei. – Revirou os olhos, mas sorriu de canto quando Minato continuou beijando seu rosto, babando nele inteiro. — Só vou, se o Tobi for.

— Tobiiiiiiiiiiiiii-

— Não, Minato. – Tobirama enfim se levantou, colocando a alça da sua pasta no ombro. — Vocês não precisam de mim. Podem se pegar sozinhos.

— O quê!? – Os dois disseram juntos, arregalando os olhos enquanto se empurravam para longe, até as pontas das orelhas vermelhas de vergonha. — Que viagem é essa aí, meu parceiro?

— Eu sou hétero. – Minato o lembrou e Tobirama caiu na gargalhada.

— Se você diz, então tá dizidio. – Ironizou, começando a caminhar em direção ao elevador que o tiraria do andar do seu setor. — Segura a porta, por favor! – Pediu e a secretária do chefão enfiou a mão no meio do caminho, impedindo que as portas fechassem. Os três agilizaram os passos para entrarem logo. — Valeu, senhorita Hyuuga.

Hinata apenas sorriu, meio tímida por estar sozinha com três homens terrivelmente bonitos e cheirosos. Ela se encolheu no canto enquanto Tobirama apertava no botão da garagem e eles voltavam a conversar.

— Você não vai se arrepender se sair com a gente hoje. – Minato ainda tentava e o Senju respirou fundo para não socar a cara do amigo.

— Você sempre diz isso.

— E alguma vez você se arrependeu? – Revidou, erguendo as sobrancelhas e Tobirama ficou quieto. — Ahá, viu?

— Estou cansadooooooooo.

— Só uma hora!

— Uma hora?

— Duas então!

— Não abusa!

— Fechamos em uma hora e meia. – Minato esticou a mão e Tobirama se coçou para deixá-lo no vácuo, mas acabou cedendo, como sempre. — Ihuuuuuuul!

— Seja menos feliz, por favor. – Tobirama pediu, saindo do elevador para Hinata poder sair, já que ela ficava no térreo. — Boa noite, senhorita Hyuuga. Até segunda. – Ele desejou e a morena sorriu contida para ele.

— Até segunda. – Desejou de volta, acenando para os três que ficaram.

— Caramba, eu pegava. – Namikaze suspirou, todo mexido.

— É claro que você pegava, tem um fraco por morenOs cabeludos. – Tobirama entrou no elevador de novo e as portas fecharam.

— Olha quem fala! – Ele devolveu, empurrando o Senju que riu divertido. — Quantas pessoas você já ficou? Umas 500? E quantas eram morenas? As 500??

— Tenho culpa de as pessoas morenas serem as mais bonitas? – Ele devolveu, falsamente confuso. — Fala aí, Indra. Como é ser lindo pra cacete?

— Cansativo. – Ele se fez, colocando a mão na testa como se fosse desmaiar. — Pessoas brotam do bueiro só pra ter uma casquinha de mim. Eu sofro.

— E tá solteiro ainda por quê?

— Porque você sacaneou nossa mente, Tobirama! Seu jeitão de pegar, mas não se apegar, é radioativo! Fomos contaminados e agora só queremos transar sem compromisso! – Ele devolveu, empurrando o albino para fora do elevador quando as portas se abriram outra vez.

— Mas assim é bem melhor, vão dizer? – Ele riu, destrancando seu carro. — Pra onde vamos?

— Tem um bar aqui perto. – Minato, sendo o conhecedor de todos os bares de Konoha, começou a dizer. — Inaugurou semana passada. Dizem que é muito bom.