Capítulo 38

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Tyler.

Enquanto ela adormecia em meio ao choro e soluços não pude não sorri. Eu estava feliz, mais que feliz estava radiante com ela de volta a minha vida tão colada a mim que era a minha segunda pele. Eu estava ferrado, mas quando não estive? Passei a mão no curto cabelo respirando frustado.

Uns dias antes...

Meu telefone vibra sobre a mesa enquanto bebo um café e olho a neve cair lentamente.

Desconhecido: Você foi avisado a alguns anos atrás para ficar longe de uma pessoa, você até ficou, porém não perdeu tempo em investigar as coisas por si só. Você está sentenciado a sua própria morte. Você não deveria dar um de detetive. Sinta-se com sorte você ganhou um bilhete do dia da sua morte. Você tem um mês.

Ler aquelas palavras me assustaram. Tanto que derrubei um pouco do café nas calças. Eu fui manipulado por tantos anos e me cansei. Agora tenho um mês de vida e já sei o que vou fazer com isso. Inventei mil e uma desculpas para os meus pais e peguei vários rascunhos que eu fiz sobre minhas viagens e entrei em contato com Lucas e Nathan e comecei a bolar o plano de reencontro com minha amada. Eu sabia que eu tinha machucado ela muito, mas eu estava disposto a tudo por ela. É se pudesse voltar no passado não seria diferente ela e tudo que eu tenho é tudo que eu preciso para me manter vivo.

-Eu te amo tanto que chega a doer - eu me deitei junto dela e apertei a contra o meu corpo - Eu já sabia desde o minuto que eu coloquei os meus olhos em você eu estava ferrado, você seria a minha perdição.

Flashback.

Eu estava passando pelos corredores enquanto todos cochichavam. Era normal em uma escola de elite que todos vivessem em seus mundinhos pequenos e minúsculos de hipocrisia e sempre teria murmurinhos nos corredores. Mas não entendia a escola estava mais que agitada naquele dia não era normal. Parei um aluno qualquer e perguntei.

-O que esta acontecendo hoje aqui?

-Você não sabe? - ele disse meio surpreso -

-Os Averys estão na escola, chegaram hoje pela manhã. O pai deles estava presente junto com meia duzia de seguranças, sem falar na beleza dos filhos. O garoto Avery e bonito em todos os aspectos mas a menina - ele pensou por alguns instantes - tem uma beleza natural nada comparada as meninas desta escola, porém não ostenta nada como as garotas com malas da prada, gucci e por ai em diante é so mais uma garota. - ele deu de ombros -

-Hmm. Obrigado cara.

Não que nossa escola não tivesse filhos de pessoas influentes mas filhos de uma pessoa super influente no mundo na nossa escola, era algo de outro mundo. Até porque normalmente pessoas como eles devem ter sempre estudado em casa. Precisava ver eles com os meus próprios olhos. Comecei a andar pelos longos corredores indo em direção a minha aula de química. Sempre tinhamos uns 25 min antes de cada aula começar para descansarmos um pouco e respirar um pouco antes de uma longa aula. Quando cheguei a minha sala e adentrei a mesma estava vazia tirando que havia duas pessoas. Os irmãos Avery. Lucas estava sentado me olhando, enquanto Clarisse estava de costas sentada em uma cadeira falando com o irmão enquanto comiam algumas frutas e doces.

Lucas como posso descrever ele, tipicamente americano, bastante alto rondando os 1,88 ou 1,90 cabelos louros olhos azuis cinzentos, corpo de um jogador de futebol americano. Enquanto Clarisse era o oposto deveria ter 1,71 no máximo cabelos acima um pouco da sua bunda, castanhos com algumas mexas de castanho mel sua pele não parecia tão pálida como a de seu irmão. Curioso com o seu rosto me movi para o lado. Grandes olhos castanhos e um lábio carnudo e um grande sorriso.

Oh Deus eu estou fodido, muito fodido.

Lucas me encarava e fez um pigarreio.

-Desculpa... Vocês são os Avery certo? - disse meio sem graça porque estava encarando eles a muito tempo -

-Sim. Parece que vou ser da sua turma agora - ele me media -

-Bem vindo a escola cara - dei um aperto de mão - Ela também vai ser da nossa turma? - olhei para sua irmã -

-Nha ela e dois anos mais nova que eu então esta no primeiro ano ainda. - ele deu de ombros -

-Ah entendi - disse olhando ela que estava calada todo este tempo olhando para as mãos -

-Desculpa nem me apresentei. Sou Tyler Hunter, se precisarem de algo não exitem em me chamarem - sorri amigável -

Flashback.

-Foi ali que minha perdição começou, foi ali que comecei a me apaixonar por você. Tão calada e envergonhada. Aquilo mexia comigo. Antes de te conhecer nunca tive vontade de levar alguém para a minha casa, nunca tive vontade ou necessidade de criar um vínculo ou laços. Tinha amizades superficiais. Você e seu irmão foram as melhores coisas que me aconteceram. Eu não tenho palavras para agradecer a Deus como sou grato por ter vocês, principalmente você. Eu não quero morrer agora - as lágrimas surgiam nos meus olhos - Eu quero ter uma família com você. Sempre sonhei em ter a nossa família juntos, mas eu sei que você não quer ter filhos, porque sempre discutimos sobre isso na cama depois de me enrolar sobre você como uma jibóia possessiva.
Eu sei do outro sei que você está dívida entre seus dois grandes amores, não peço nada só peço que me deixei ficar nem que seja como amigo. Droga droga - comecei a chorar - Eu não quero morrer! - gritei -

Ela se mexeu silenciosamente em baixo de mim.

-Ty... Eu ouvi tudo - ela respirou fundo - Não vou deixar ninguém te matar - ela sorria triste - E-eu também te amo - ela afagou o meu rosto limpando as lágrimas - Cansei de ser a donzela que tem sempre que ser resgatada tenho que da um fim nisto tudo, ninguém tem que sofrer por minha culpa. Você poderia me contar melhor o que esta acontecendo para você falar sobre a sua morte? - ela olhou para cima esperando que eu respondesse a sua pergunta -

Contei a ela toda a história de como tive que a deixar, como foi doloroso, e tudo o que eu tinha feito nesse meio tempo em que estivemos separados. Contei a ela sobre a investigação e tudo o que eu tinha descoberto. Ela escutou tudo calada e atentamente.

-Agora tudo faz mais sentindo - ela dizia enquanto seu lábio franzia - Desculpa por te julgar por tanto tempo eu não sabia.

-Nem tinha como você saber. Só queria você sã e salva de tudo e todos. - olhei para ela triste - Não importasse se isso iria me quebrar de dentro para fora.

-Isso tudo e uma droga isso tudo e culpa minha, me desculpa - ela rolou para o outro lado da cama me dando as costas -

-Ta maluca? - puxei ela de volta para os meus braços - Você não tem culpa de nada, só está pagando pelo o bom senso do seu pai - apertei ela contra mim impedindo a de sair dos meus braços - Nunca nunca mas nunca mesmo se culpe por isso. Eu não exitaria nem um minuto em todas as decisões que eu tomei até aqui. A única que me assombra e a morte, não quero morrer não agora que te tenho de volta, não agora que sou feliz de verdade.

-Você não vai morrer - ela dizia beijando a minha pele - Eu não vou deixar isso acontecer eu te prometo - ela sorriu contra o meu coração e aquilo me fez derreter -

-Tentar discutir com você e uma causa perdida mesmo - sorri -

-É mesmo mas mesmo assim você o faz - ela começou a ri - Nunca duvide do meu amor por você - ela se virou para ficar deitada sobre o meu corpo. -

-Sabia que eu estava bastante ferrado quando entrei naquela sala - ri -

-É como - ela começou a me beijar enquanto sorria -

Se estes vão seus meus últimos dias, então eu posso dizer que vou morrer em paz porque estás são as melhores lembranças que eu estou criando desde o ensino médio.

O Assistente Dominador.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora