Capítulo 11 - O Martírio de Eren Yeager

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Oi, meus leitores favoritos! Espero que estejam bem.

Eu gostaria de frisar que a historia é +18 não apenas por causa dos futuros conteúdos sexuais, mas também por causa de alguns temas sensíveis. De toda forma, vou deixar um aviso aqui sempre que possível para alertá-los. 

TW: ataque de pânico.

***


— Pensei que ela ia me perguntar um monte de baboseiras, tipo um interrogatório, sabe? Mas não foi assim — contou Gabi. — Eu não quis falar muito e ela disse que é comum por ser a primeira sessão, e que não tinha problema. 

— Sério?

— Sim, e acabei descobrindo algumas coisas, acredita? A doutora tem trinta e dois anos e ficou noiva há poucos meses. Eles se conheceram no colegial e eram melhores amigos, o que eu achei bem legal. É melhor assim, não acha? Até parece que vou ficar falando sobre minha vida para uma desconhecida.

— Então você gostou? — perguntou Eren, confuso.

Ela deu de ombros, terminando de descer os últimos degraus da escada com um salto.

— Petra é gente boa. Ah, ela também me pediu para chamá-la sem formalidades.

O jovem preferiu não insistir em uma especificação melhor do que "Petra é gente boa". Sua irmã havia participado da primeira sessão de terapia na tarde anterior e não parecia ter odiado, o que era uma vantagem enorme. Ele não se arriscaria a intrometer-se caso ela não pedisse.

— Isso significa que você vai voltar quinta-feira?

— Talvez — sua expressão de desinteresse logo desapareceu ao entrar na cozinha. — Ei, Mikasa, você não vai acreditar! Na verdade, você já leu, não deve ser surpresa, mas eu não fazia ideia de que o último volume acabava daquela forma.

— É meio inesperado, não é? Você quer que eu te empreste o próximo?

— Claro.

Eren franziu a testa; não apenas porque estava desacostumado com a afinidade entre as duas, mas também porque raramente via a Ackerman no café da manhã. Eles sempre saiam em horários diferentes.

— Armin disse que vai passar aqui — informou ela, como se lesse seus pensamentos. — Parece que ele quer conversar com você.

— Comigo?

— Uhum.

Não fazia a mínima ideia do que poderia ser, mas assentiu, pondo-se a tomar uma xícara de café com leite. Um tempo depois de Levi sair para o trabalho, alegando que não demoraria naquela tarde, a companhia tocou. Mikasa se levantou primeiro, indo na frente para abrir a porta, e ele seguiu atrás com Gabi.

— Mas aprender a dirigir deve ser maneiro — comentou a menor, pensativa. — Será que o Armin me ensinaria?

— Deus, não.

— O que você quer dizer, hein? Acha que não sou capaz?

— Você é capaz, bem capaz de ser um perigo pra sociedade.

Antes que os protestos indignados começassem, ambos avistaram a figura conhecida do louro, que os cumprimentou com um aceno.

— Ahn, oi, pessoal.

O tom resignado e a postura rígida foram o suficiente para deixar Eren incerto; não eram habituais de Armin.

— Oi. 

— Olá. 

— Você quer entrar? — ofereceu Mikasa, passando o olhar entre os dois garotos como se também tivesse notado algo estranho. — Podem conversar lá dentro.

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