Fiz menção de descer e abrir a porcaria da porta, mas ela preferiu subir. Nem sei como tinha feito para despistar os guardas da família, mas lá estava ela: pulando janela adentro. Cruzei os braços mantendo a postura, mas vê-la encharcada de chuva dificultava as coisas. Iemanjá tinha alguma coisa contra ela. Devia ser o bom senso.
— Não vim pedir desculpas.
— Não se preocupe, eu não esperava nada de você. — Ela pareceu ofendida, provavelmente tinha entendido errado. — No sentido de: você não me deve nada. Você me usou pra encontrar sua irmã, eu te usei pra encontrar uma criminosa.
— Caitlyn...
— Eu sei. Conheço o seu discurso, Violet. E estou cansada dele. — Apontei para a janela, pedindo que ela fosse embora. — Estou farta de não poder levar isso adiante. Não é sua culpa e nem minha, mas não deu certo. E tudo bem.
— Caitlyn.
— O que é, droga?! Diz alguma coisa, então! — Com raiva, peguei o travesseiro que era o objeto mais próximo e arremessei sobre ela. A sensação era tão boa que procurei uma almofada e joguei também. Ela tentava se esquivar e aproximar ao mesmo tempo, até estar perto o suficiente para pegar em minhas mãos. Tentei me soltar e, com mais raiva ainda, fiz menção a gritar, mas ela tampou minha boa com a dela e me lançou na parede.
— Sua boca é bonita demais pra ocupar com essa encheção de saco. Honestamente... — Ela soltou devagar, dedilhando o indicador da ponta da bochecha até meus lábios. — Tenho uma ideia melhor.
Os segundos seguintes desenrolaram rápido demais pra minha saúde mental acompanhar. Ela aproximou o rosto até não conseguir mais manter os olhos abertos e encostou os lábios nos meus. De início não tive reação, mas quando correspondi, ela suspirou pesado, passou um dos braços em minha cintura e me puxou para a mesa de estudos, jogando tudo que estava no caminho para o chão. Afastei as pernas por impulso e ela as prendeu em sua cintura, o que me fez arfar e deixar que me deitasse sobre a maldita mesa.
Nossas línguas travaram uma guerra por espaço infindável que só de fato diminuiu quando o ar faltou a ponto de pesar os pulmões. Minha pressão caiu quando ela tateou os dedos pelo meu short fino de dormir e afastou ele pro lado, o beliscando junto com a peça íntima. A sensação de ter a intimidade exposta pra ela naquela posição fez meu rosto esquentar.
Ela tocou devagar, e eu nunca havia sido tocada ali. Provavelmente isso se estampava em meu rosto, porque ela parecia fazer propositalmente devagar. Quando me dei por mim, ela estava de joelhos e passou a língua devagar por cima, fazendo com que eu me retorcesse.
— Caitlyn, filha, está tudo bem? — a voz da minha mãe chamou do outro lado. Violet sorriu de canto e colocou a boca, passando a chupar. Levei a mão aos seus cabelos e amaldiçoei a maldita porta aberta.
— Sim, mãe... — Respondi arrastado, com dificuldade. — Levantei com sono pra ir no banheiro e acabei trombando em algumas... Coisas. — Tentei soar convincente e sem tremer a voz.
— Tem certeza, filha?
A desgraçada desceu a língua até a entrada e tentou adentrar a pontinha, brincando de provocar, depois voltou lambendo o ponto mais sensível, que voltou a chupar devagar, fazendo minhas pernas tremerem. Minha mão direita estava em seus cabelos, puxando.
— Absoluta! Você pode, ah... Voltar a dormir, sem problemas. — Tornei a responder, agarrando a mesa com força.
Movia o quadril na direção do rosto dela, esfregando sempre que tinha a oportunidade. Não conseguia pensar em nada, mas talvez eu devesse. Ela mal havia me tocado, mas eu estava quase lá. Gemi alto e arrastado, e ela respondeu trazendo a mão livre até meu pescoço e apertando, o que de início me assustou, mas ela inclinou o corpo sobre o meu, substituindo sua boca pelo polegar e o indicador em minha intimidade, esfregando sem parar.
— Goza, goza pra mim. — A voz dela causava espasmos em meu corpo que nunca havia sentido. Tremia tanto que sabia que ia sujá-la inteira. — Goza, vagabunda.
Ela sussurrou a última parte tão baixo e gostoso em meu ouvido que explodi em um grunhido que ela precisou enfiar a mão em minha boca e me calar. Tentei recuperar o fôlego e ela me soltou, aparentemente tão desnorteada quanto eu.
— O que foi isso? — Perguntei, ajeitando os shorts e me sentando direito para olhá-la. Meu cabelo estava uma bagunça e meu cabelo pior ainda. Isso sem citar o meio das pernas.
— Nem metade do que eu gostaria de fazer com você.

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Procurada: VII
FanfictionNOTA: LEIA A TEMPORADA PROCURADA: VI PRIMEIRO. Em sua primeira tarefa como nova Xerife da cidade, a piltovense Caitlyn Kiramman precisa localizar e deter a criminosa das ruas violentas de Zaun, conhecida como "JINX", apelido este dado por sua irmã...