Procurada: VII

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O coração tomborilava no peito em um ritmo frenético que doía. Dizem que as células do coração são incapazes de sentir dor, mas meu peito discordava. Ainda que minha mente dissesse que ela tinha as razões dela, eu não conseguia. Não era de hoje a dificuldade em perdoar e não seria diferente só porque meu emocional estava envolvido.

Nós não tínhamos absolutamente nada a ver. Éramos de lugares diferentes, mundos diferentes, tínhamos temperamentos e formas de demonstrar as coisas diferentes. Nossos ideais se encontravam em algum lugar na estrada da vida, mas até lá... Também discordavamos mais um pouco. Ela era um farol pro povo dela e não passava de um empecilio. Não importava o quanto eu tentasse, nunca seria um deles ou aceita por eles. E no fim, ela nunca seria minha parceira de trabalho também.

Na vida, aceitar deveria ser mais fácil que concluir coisas. Eu era boa em um, péssima no outro. Afundei a cabeça no travesseiro e demorei pegar no sono uma vida. Quando estava quase adormecendo, ouvi uma pedra na janela e me assustei, indo até a janela e vendo a última coisa que esperava ver.

Droga. E agora que ela sabia que eu estava ali, não tinha nem desculpa para ignorar.