Tobirama observou o estreito caminho mais de perto. Se lembrava bem do dia em que Hashirama usou seu Mokuton para construir aquele belo lugar. Sua primeira decoração para a aldeia - ele dizia.

- Foi o Hashirama quem cresceu a flora deste local - comentou vago.

- Mesmo? Eu devia ter imaginado, são tão bonitas...

Com Izuna ainda segurando seu pulso, os dois seguiram trilha abaixo até chegarem em uma rua quase vazia. Haviam poucos estabelecimentos nesta.

- Aqui tem minha loja de doces favorita - informou animado, apontando para uma loja que já estava fechada. - Eu e o Kawarama torramos o nosso dinheiro aqui pelo menos uma vez por semana.

Tobirama revirou os olhos. Conhecia bem o hábito de seu irmão de se encher de besteiras.

- Meu irmão já me arrastou aqui uma vez - fez uma careta ao se lembrar do ocorrido. - Os doces eram bons, ao menos.

- Eles são perfeitos! Não os subestime!

Levantando seu braço livre em rendimento, Tobirama seguiu Izuna por diversos outros lugares. Por onde passavam, o Uchiha tinha um comentário criativo ou uma recordação feliz para contar.

O Senju se surpreendeu por reviver diversas recordações esquecidas. Se lembrou de vários momentos simples, mas agradáveis, que viveu com sua família.

" É mais fácil se recordar de uma memória ruim do que se lembrar de um momento bom... "

Hashirama lhe disse uma vez. Naquela época, apenas o ignorou. Mas agora, não podia concordar mais com ele.

- Agora eu vou te mostrar o melhor lugar existente!

Usando a pouca coragem que ainda lhe restava, Izuna escorregou a mão pelo pulso do Senju e segurou a mão dele, entrelaçando seus dedos nela. Tobirama o olhou com confusão nítida nos olhos, mas não desfez o enlace.

Tentando ignorar o calor que se espalhou por seu peito, Izuna guiou Tobirama até às bordas da aldeia. Os dois então subiram na extensa montanha que havia no local.

Izuna não sentia como se estivesse segurando sua própria mão. Na verdade, com o passar dos dias, estava cada vez mais fácil ver Tobirama através dos finos e delicados traços de seu próprio rosto.

Olhando brevemente para o lado, pôde compreender melhor sua linha de pensamento. O olhar marcante e afiado olhando em volta eram trejeitos dele, juntamente da feição analítica que tomava seu rosto no atual momento. Talvez não devesse, mas estava se acostumando cada vez mais com aquela troca.

E apesar das desvantagens, uma pequena parte de Izuna queria que Tobirama levasse um pouco mais de tempo para encontrar a cura. Pois no fundo de sua alma, temia que, ao destrocar, não teriam mais motivos para passarem o tempo juntos.

- Chegamos! - Exclamou aliviado, aquela escalada fora deveras exaustiva.

- E meia hora depois, chegamos ao topo - o Senju disse em um tom sarcástico, fazendo o Uchiha jogar uma pedrinha em sua direção.

- Não demorou nem dez minutos... - contragosto, Izuna soltou a mão dele. - Vem.

Tobirama seguiu o Uchiha até a parte mais alta da montanha, se surpreendendo em seguida ao ver que poderia avistar a aldeia quase inteira de onde estavam.

- Nossa... - murmurou admirado, não acostumado a ser surpreendido de tal forma.

E Izuna se pegou pensando pela vigésima vez naquela semana como aquele homem conseguia ser estranhamente fofo. Sua forma de demonstrar surpresa era tão... estóica.

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