Capítulo 5 Isadora Baker

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   - Eu sou um biólogo, Clark. Está no laboratório de Seattle. - Ele explica, ainda pressionava o pulso quando entramos em um quarto, tudo estava bagunçado, parecia que tinha acabado de lutar no local.

   - O Carter fez isso no seu pulso, Clark? - Perguntei, entregando um pano limpo para que ele o colocasse sobre o ferimento.

   - Até sem memória você continua habilidosa. - O mesmo aceita o pano e cobre seu pulso com rapidez.

   - O que aconteceu? Sabe o que aconteceu quando estavam a fazer aquilo comigo, estão mortos.

    - Houve uma explosão, em Minnesota, você e mais dois adolescentes, isso inclui o Carter, estão com o que eu chamo de 'efeito colateral'', não estou com medo porque sei que fez aquilo por medo e eu não estou te pressionando, de forma alguma. - Disse, enquanto me mostrava seu tablet com a matéria da tragédia no litoral.

   - Você disse dois, quem é o outro? - Perguntei.

   - Está longe daqui. Foi liberado. - Clark diz como se fosse nada de mais.

   - E se for algo mais? Ora, ele pode morrer, ou até matar pessoas, eu matei 5 homens agora a pouco! E você agindo como se fosse nada. - Reclamei.

   - Ora, Dora, isso não é nada. Eles não podem fazer o que você faz! Se sente dor, raiva ou estresse, seu corpo tem uma proteção biológica que te defende de qualquer ameaça. Carter, isso é loucura mas, acho que tem a habilidade de ler pensamentos de todos a sua volta e ele nem percebe isso. Como se fosse de sua natureza. - Fala como se fosse a coisa mais genial a ser contada. - Olhe seu prontuário.

   Nome; Isadora Ramona Baker

    Sexo; Feminino

    Idade; 16

     Sangue; O negativo

       Descrição; Ruiva, olhos verdes, altura mediana, encontrada perto de variados barris, [possível causa da explosão pois, era tóxicos e extremamente voláteis] Havia um isqueiro perto de alguns dos corpos encontrados pela maré.

    - Só queria que me contasse, por que estava perto dos barris que possivelmente foram a causa desta tragédia? - Questionou, assim que parei para analisá-lo ele parecia querer mesmo saber a respeito porém, eu não tinha sua resposta.

    - Eu só não, não lembro... - Falei, realmente fiz esforço para que me lembrasse até fechei os olhos com calma.

    Flash Back

      Estávamos na praia, brincando uns com os outros, rindo, dançando, divertindo nos quando Otto, o menor do grupo, viu os barris afastados, sem ninguém, sujos.

    - O que é isso aqui? - Disse, atraindo minha atenção e a do resto do grupo que parou de conversar por alguns instantes.

    - Er... Barris? - Abel apontou o óbvio, o que fez Otto revirar os olhos.

     - Estão sujos e gordurosos, acho melhor todo mundo tomar uma vacina antitetânica depois que sairmos daqui. - Alertou Teddy, o responsável, assim que tocou em cima das tampas.

    - Vamos curtir a praia! O sol está indo embora daqui a poucas horas. - Gritei, mas só Rafa parecia ter me escutado, provavelmente porque ela queria voltar para seu celular e suas selfies em grupo.

    - Não sejam frouxos como Teddy! - Comparou Otto, que fez Teddy dar-lhe um peteleco bem forte na orelha.

     - Eu não sou frouxa como o Teddy! - Falei entrando na provocação, e quase que recebendo um tapa na cara pelo mesmo.

    - Então, precisamos de provas, Isa. Abra a tampa e queime tudo... - Sugeriu Abel, eu sabia que ela não era totalmente lúcida das ideias mas, ainda assim, levei pela brincadeira e apenas peguei o isqueiro sorrindo para eles.

    - Isadora? Certeza? Pode ser perigoso. - Disse Teddy novamente.

    - Calem a boca, eu faço. - Ditei. Abri as tampas a tempo de todos verem o que tinha dentro, era preto carvão, quando Otto colocou seu dedo e levantou, disse:

    - Não sei o que seria isso mas, tem um cheiro horrível e é grudento demais. - Ele limpa seu dedo em meu abdômen sem aviso.

    - Ei! Otto! Que nojento, garoto. - Reclamei.

    - Só queima logo! - Falou Abel, impaciente. Eu acendo o fogo sem dizer nada, joguei lá dentro e apenas esperei que algo explodisse mas, nada. Quando me virei, em busca de algum suspiro entediado ou reclamações sobre, encontrei todos espumando pela boca e mortos, não demorou muito para que explodisse um por um, só lembrei de um clarão e depois gritos altos e demorados.

Controles da Mente - OriginalWhere stories live. Discover now