9~Sozinh□ de novo (ou quase)

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Abri os olhos quando comecei a ouvir uns barulhos.

E finalmente vi onde estava.

(Hotel de beira de estrada)

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(Hotel de beira de estrada)

"Certo.. como foi que chegamos aqui?"

Encarei com surpresa, o espaço de onde saía a voz de Yuri.

"Como foi que VOCÊ chegou aqui?"

"Eu te segui. Não é óbvio?"

"Ótimo."
Revirei os olhos.

Yuri riu.
"Não vai se livrar de mim tão fácil. Eu vou te guiar nessa viagem."

Acabei rindo também.
"Ah é? E quem foi que te contratou?"

"Eu ME contratei. Você claramente precisa de ajuda."

Estava claro que eu jamais poderia discordar disso.

[...]

Afinal, o lugar em que estávamos era aparentemente um hotel.

(Esse carpete é bem brega.)

Mas não havia ninguém na recepção.

Dei uma olhada em volta.
Havia uma porta com a palavra "saída" escrita nela.

Mas estava trancada.
Por que a única saída estaria trancada?

Continuei fuçando.

Acabei encontrando outra porta que dava para uma escada.

E eu subi, é claro.

Eram vários lances de escada aparentemente comuns.

A cada esquina, eu não sabia o que poderia encontrar.

Até que eu encontrei uma janela.

Até que eu encontrei uma janela

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(Janela(?))

Parecia estar amanhecendo lá fora.

Me aproximei da janela, para ver onde se localizava esse hotel.

Só que eu comecei a achar estranho, por mais que eu me aproximasse, a paisagem da janela não mudava.

Estava impossível de ver o lado de fora, mesmo que eu estivesse com a cara quase grudada no vidro.

Finalmente me toquei que aquilo não era uma janela.

Era só uma pintura.

"Mas tem formato de janela! Eu VI algo se mover lá fora. Eu juro que isso era uma janela!"

"Pode ser, mas como perceberam que você quer sair, esse lugar inteiro vai ficar te pregando peças. Ou você achou mesmo que podia saber onde estava?"

Quando Yuri disse isso, minha mente despertou uma memória, a primeira memória que eu tive nesse lugar.

Não era exatamente uma memória, era uma sombra de memória.

Eu tinha certos sonhos em que eu corria, corria, corria muito.

Mas eu nunca cheguei a lugar nenhum.

Sempre que eu achava que poderia ver o que havia além do horizonte do meu sonho, o horizonte acabava.

Algumas vezes era alguém me chamando, outras vezes era uma parede, uma cerca, qualquer coisa, não importava se eu estava a céu aberto ou no próprio oceano, sempre havia algo que me impedia de continuar.

Expliquei isso para Yuri.

"Será que.. meus sonhos me impediam de ver o que havia além do horizonte, porque depois do horizonte.. é aqui?"

Eu pude sentir que Yuri estava tentando raciocinar.

"Calma. Você disse que nos seus sonhos, você se lembra que nunca conseguiu ir além do horizonte?"

"Isso. Em um campo aberto, por exemplo, simplesmente havia uma grande parede."

"Então.. você acha que finalmente atravessou os limites dos seus sonhos, e acabou aqui? Nesse lugar? Nessa dimensão, pedaço de universo, espaço ou o que quer que diabos seja Aqui?"

"Exatamente."

"Hum.. interessante.... Mas.. e daí? De qualquer forma, você não pode se lembrar por onde entrou."

"É.. Mas é uma hipótese."

Continuei subindo as escadas.
(Continuamos)

?□¿¿[]□□?[][][]¿□?[]¿  (Pelo que Você Procura?)Where stories live. Discover now