Dangerous Connections ▪︎ Bucky Barnes

18. - Confessando a verdade.

Levou algum tempo para ele responder. 

"Okay… Muito obrigado, Boneca! Você é incrível!" 

Lizzie respondeu com um coração e perguntou, por fim: 

"Hey, você já vem para casa? É que são onze horas e eu fiquei preocupada…" 

Em apenas alguns segundos, ele respondeu: 

"Subindo, já. Daqui a alguns segundos tô aí". 

E, realmente, em segundos a porta da frente abriu e Bucky entrou, segurando algumas compras de mercado. Juliette sorriu e ergueu o corpo do chão, soltando Alpine, enquanto ele soltava as compras na mesinha e tirava o casaco. Ela caminhou até Bucky e se jogou sobre ele, o apertando entre seus braços, com força, o que deixou Bucky vermelhoe desconcertado. 

Apesar disso, ele retribuiu o abraço, fechando os olhos e tirando Juliette do chão pela cintura. Ele caminhou até o sofá, onde pôs Juliette de volta no chão, e brincou: 

-Meu Deus… Isso tudo era saudade de mim, é? 

-Na verdade, eu estava… O que aconteceu com a sua cara?! 

Juliette perguntou, preocupada, quando percebeu o corte embaixo do olho, a sobrancelha inchada e o lábio inferior levemente aberto, meio ralado. Bucky deu de ombros e se jogou no sofá, deixando o corpo relaxar. 

-Um assalto. Enfim, Jully… Hmm… Você vai onde? 

-Pegar um curativo para cuidar disso aí! Fica quieto! 

Bucky revirou os olhos e cruzou os braços, enquanto ela saía da sala. Seu coração estava acelerado e ele não queria ter essa conversa, mas havia decidido que o melhor era contar logo a verdade e lidar de uma vez com as consequências. Talvez, se ela passasse a odiar ele, então fosse mais fácil para Bucky lidar com a paixão que sentia.  

Juliette voltou, segurando a caixa de primeiros socorros em suas mãos. 

-Eu não preciso disso! 

-Cala a boca! 

Contrariado, Bucky calou. 

Juliette embebedou um algodão em álcool 70% e, devagar, se enfiou entre as pernas de Bucky, sentindo o peso da proximidade deles. Vendo o homem engolir em seco, ela segurou o rosto dele e, devagar, passou o algodão pelo ferimento, até limpar tudo. Então, foi para o lábio com outro algodão limpo e, para fugir do olhar azul turquesa intenso, ela perguntou: 

-Não dói? 

-Já tive machucados piores. 

-Entendi… 

Juliette engoliu em seco e descartou o outro algodão, pegando uma pomada para ferimentos e band-aid. De novo, ela se encaixou entre as pernas de Bucky e, em um impulso onde mal raciocinou o que fazia, para alcançar melhor o machucado perto do olho, ela se sentou sobre o joelho esquerdo de Bucky. 

E que Deus o perdoasse, mas Bucky precisou demais do autocontrole dele naquele segundo para não beijar Juliette. Os dedos dela roçando sua pele de leve e o jeito como ela olhava para os ferimentos dele faziam Bucky querer afundar os lábios no pescoço dela, passear pela pele, sorver o gosto dela…