Kenedy - Flamengo

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- S/n já tá pronta? - minha mãe grita.
- Eu não sei que mania é essa da senhora querer me levar a essas festas do chá. Primeiro que só tem velha, segundo que só tem velha. Eu não tô atrás de uma sugar mommy não minha filha. - Falo entrando na sala.
- Primeiro, não é uma festa do chá, nós não tomamos chá lá. Segundo eu não sou velha. - ela chega perto de mim e bate no meu braço. - Terceiro, a Rosália disse que o filho dela estará lá, ele tem quase a mesma idade que tu e tá solteiro. - ela arruma sua roupa. - Quem sabe você finalmente arruma seu príncipe encantado? -
- Eu não preciso de um príncipe, madame. - ela me olha. - Eu sou linda e muito bem sucedida, a última coisa que eu vou querer é um marmanjo no meu pé. - pego a chave do carro. - Vamo? -
{...}
Quando chegamos na casa da tal Rosália, mamãe já foi conversar com as amigas e me deixou sozinha. Eu sempre me senti extremamente deslocada nesses eventos de mulheres. A minha mãe sempre me levou com uma desculpa de " me tornar mais mulher " pelo simples fato de gostar mais de futebol do que brincar de princesa com minhas primas. As tentativas dela sempre falharam, o que resultou em muitas brigas em casa. Por ser filha única, suas expectativas sempre foram muito grandes para que eu fosse uma dama da sociedade. Porém, nem tudo é do jeito que a madame quer. Quando completei 17 anos, comecei a faculdade de fisioterapia e iniciei meu empreendimento, vendia jóias na universidade. Aos 22, quando terminei o curso, comprei meu carro com o meu dinheiro, abri minha primeira loja e comprei meu primeiro apartamento. Hoje aos 24, tenho minha cobertura e sou pós graduada em fisioterapia desportiva, atuando como fisioterapeuta da equipe feminina de futebol do Flamengo.
- Te jogaram ala das crianças também? - saio do meu transe quando ouço uma voz masculina.
- Aparentemente. - Me viro e reconheço o dono da voz. - Kenedy. - sorrio
- Fisio. - Ele diz. - Eu não sei teu nome, desculpa. -
- S/n. - digo. - Eu não esperava que fosse me conhecer. -
- Mas eu conheço pô. - Ele senta do meu lado. - Uma vez a gente foi ver o treino do feminino e te vi lá. Fiquei interessado, confesso. - Ele sorri. - Mas não tive coragem de ir falar contigo.-
- Entendi. - Me viro pra ele. - E qual foi a dose de coragem de hoje? -
- Whisky. - Ele levanta o copo. - Na real eu não podia perder a oportunidade de me sentir excluído contigo. - sorrimos. - Vem sempre nesse eventos da minha mãe? -
- A tua mãe é responsável por 80% das brigas lá de casa. - Ele não entende. - Mamãe sempre me obrigou a vim pra esses eventos. -
- E tu nunca gostou. - Ele me interrompe e eu confirmo. - Sempre fui poupado por ser um evento feminino. -
- Sorte. - Falo. - E porque veio hoje? -
- Dona Rosália disse que vai me apresentar a filha da (sua mãe). -
- Filha da (sua mãe). - ofereço minha mão e ele aperta com vergonha.
- Não precisa ficar assim, eu fui obrigada a vim por causa de um certo filho de uma tal Rosália. - rimos.
- Nossas mães fizeram um complô. - Ele fala rindo e negando com a cabeça.
- Doidas pra nos desencalhar. - completo.
- Não podemos desapontar-las, não acha? - Ele pergunta alisando meu rosto, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
- Elas certamente ficariam muito felizes se vissem que estamos nos dando bem. - aproximo nossos rostos.
- Se elas verem essa aproximação, já vão falar de casamento e netos. - Ele ri.
- Elas combinam. - coloco minha mão sobre a sua.
- E a gente também. - sorrio, não acreditando. - Muito rápido? - pergunta.
Em um rápido movimento, colo nossos lábios e iniciamos um beijo. Sua mão passeia por minhas costas e coxa e eu arranho levemente sua nuca. Paramos o beijo depois de ouvir gritinhos e aplausos. Olhamos para as nossas mães e elas estavam com sorrisos de uma ponta a outra da orelha.
- Eu acho que isso responde tua pergunta. - sussurro em seu ouvido.
- Preparada pro casamento? - Ele sussurra de volta. Rimos.

Parece que Gabi e Rafaella voltaram, eu não sei pq mas eu não consigo sentir verdade nesse casal, toda vez que eu vejo foto deles juntos me um negócio ruim. Enfim, espero que tenham gostado, não esqueçam de votar. Até o próximo.
-S.

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