30. Astoria Greengrass.

969 66 2
                                    

O dia amanheceu caloroso em Hogwarts. Ayla levantou da cama de Draco e caminhou até o banheiro. Estava exausta, com o rosto amassado de tanto dormir e o corpo cansado. A menina se olhou no espelho e percebeu diversos chupões pelo corpo. Sorrindo, ela tomou um banho e vestiu o uniforme usado do dia anterior.

A Nott saiu do banheiro e observou o loiro dormir tranquilamente na grande cama verde com prata. O sono de Draco era sereno e o menino roncava baixinho. Ayla escreveu em um pergaminho avisando que iria sair e saiu do quarto, indo atrás de Hermione.

Durante o caminho, a menina ia pensando sobre tudo o que havia acontecido. Os toques de Draco, o gemido dele, o sorriso malicioso e até a cara de cansado. Ela estava se sentindo nas nuvens.

— Quem é vivo sempre aparece. – Hermione falou assim que viu a amiga entrar na sala comunal. Ela estava lendo um livro de uma das matérias atrasadas e parou para dar atenção a Ayla.

— Foi perfeito! Parecia que a gente tinha uma conexão sabe? Foi único. Ele me-

— Sem detalhes. – Hermione falou com uma careta no rosto. – Já acho afrontoso demais essas saídas, imagine contar detalhes delas pra mim.

Ayla revirou os olhos em resposta e avisou que iria subir para o quarto. A menina vestiu uma roupa casual, afinal era sábado e ela iria sair com Rony para um passeio. Os dois estavam bastante distantes devido ao relacionamento dos dois e as cobranças da escola. Por isso, Ronald havia marcado aquele encontro de amigos.

Ao voltar para a sala, a menina viu Rony sentado ao lado de Hermione. Eles pareciam conversar sobre o livro que Granger estava lendo e Rony a olhava implorando para mudar o rumo da conversa. Ele pensava que era melhor conversar sobre tudo menos escola.

— Vamos? – Ayla perguntou chamando a atenção dos dois. Rony assentiu levantando e Hermione se despediu com um balançar de mãos. Todos achavam que ela sentia ciúmes da amizade deles dois mas a menina se sentia tranquilizada em saber que Ayla era uma das poucas que ela podia confiar.

No caminho, Ayla e Rony brincaram e zoavam bastante um com o outro. Rony também julgava a amiga pelos chupões expostos e falava o quanto Draco era agressivo. Já Ayla tentava se defender e falava que ela pelo menos aproveitava um pouco da vida. Assim, eles entraram no Três Vassouras.

— Quero dois Whiskys de fogo, por favor. – Ayla pediu. Na hora, Rony arregalou os olhos e olhou para a amiga. Sua expressão entregava tudo. Ele estava com medo. – A Mione não vai brigar com você por isso. Você tem dezenove anos!

— Esqueci desse pequeno detalhe dos dezenove anos. – Rony falou e Ayla negou com a cabeça. A bebida chega e eles iniciam a conversa mais uma vez. – Mal espero a hora de terminar a escola.

— Perdemos muito tempo de aula, Rony. Ainda temos sorte que esse ano podemos terminar tudo.

— Sim, temos. Eu só... Eu não sei o que vou fazer da minha vida pós escola, minha mãe me pergunta isso e cobra sempre que me vê. Na verdade, eu não queria nem ter terminado os estudos. Hermione me forçou a vir.

— Eu gostaria de ser curandeira. – Ayla falou convicta. Os olhos do amigo não demonstraram nenhuma surpresa, todos sabiam desse desejo da menina. – E você e Harry podem ir para o Ministério, lugar é que não falta.

— Duvido que eu consiga ir, Ay. Sabe o quão seletivos eles são. Um "traidor de sangue" por lá... Duvido mesmo. – Rony falou e tomou um gole do Whisky. – Mas não custa tentar, né?

— Exatamente, nada é impossível. Esse negócio de sangue acabou quando Voldemort morreu, lembre-se. – Ayla falou e sorriu para o amigo. Os dois continuaram a conversa tranquilos, bebendo mais. Ayla parou o amigo antes que ele pudesse dar sinais que havia bebido e os dois seguiram rumo para Hogwarts.

Ayla segurava o braço do amigo que ria animadamente falando sobre sua família e algumas piadas bestas que foram ditas no Natal anterior. Rony contava sobre como George era besta no Natal e que estava animado para o desse ano, afinal, todas as famílias iriam se reunir. Malfoy, Weasley e Nott. Sim, um milagre.

A condição que os Malfoy colocaram era que o Natal teria que ser ou na mansão deles ou na dos Nott. Tudo menos a casa dos Wealsey, era o que eles pensavam. Rony falava agora sobre Lucius e sua frieza, se perguntava como Draco aguentava aquele "velho tão frio, mórbido e chato".

Ayla iria responder, porém foi interrompida pela voz de alguém pedindo socorro. Rony ajudou a amiga a seguir a voz e os dois encontraram Astoria e um homem misterioso.

O homem segurava os cabelos da menina e falava algumas coisas no ouvido dela. Ele estava zangado, com uma varinha apontada para o queixo da menina e um olhar frio e gélido.

— Solta ela, cara. – Rony falou se aproximando. O homem o olhou e apontou a varinha para Rony. Agora armados, os dois estavam quase prontos para um duelo. – Eu não quero brigas, quero que você largue a garota.

— Não se mete onde não foi chamado, cenourinha. – O homem falou apertando o cabelo de Astoria. A menina gemeu de dor e olhou para Ayla implorando por ajuda. Ao contrário do que Rony pensava, o homem não havia notado a presença da Ayla. De alguma forma, a menina não estava no campo de visão dele.

Com um feitiço, a Nott fez o homem perder a varinha. Que agora olhava surpreso pela presença da menina ali.
Petrificus Totalus. – Rony falou. O homem agora estava petrificado e com o olhar assustado para o ruivo.

Ayla puxou Astoria para perto dela e Rony olhou com desprezo para o grande homem deitado no chão. Astoria estava tremendo e assustada, olhava para os dois aliviada e grata por ter sido salva.

— Vá, eu cuido disso aqui. – Rony falou e Ayla assentiu com a cabeça. Saiu abraçada com Astoria e confortando a menina.

— Olha Nott, me desculpa por ontem. Eu fui babaca com você e... Você ta aqui me ajudando, me desculpa.

— Ta tudo bem. Eu seria muito pior se não ajudasse você, não é? – Ayla falou. Astoria concordou com a cabeça e as duas entraram em Hogwarts.

— Espero que depois disso possamos pelo menos ser amigas... Eu não sou uma das melhores pessoas mas com certeza serei grata a você por isso.

Ayla a olhou. Ela sentiu que aquilo que a menina estava falado era de verdade, Astoria estava arrependida e queria mesmo a amizade dela. Agora com um sorriso no rosto, a menina falou:

Quem sabe.

"Ayla a olhou

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

"Ayla a olhou. Ela sentiu que aquilo que a menina estava falado era de verdade, Astoria estava arrependida e queria mesmo a amizade dela."

The bet - Draco Malfoy. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora