Capitulo 4

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Já se passou 1 semana desde que me encontrei com o Lucas. A Bianca me contou que ele ia ficar na casa do Luan, até achar um ap para ele, então para não acontecer da gente se esbarra novamente, acabei vindo para casa do meu namorado.

— Eu vou voltar para casa hoje. — Aviso para o Igor, que estava fazendo meu jantar.

— Não sei porque você não traz logo suas coisa, e vem ficar comigo.

— Você sabe que não é tão simples.

— Amor, com você nada é simples. — Ele brinca, mas por algum motivo, me sentir incomodada. — Ei, estou brincando. — Dou um sorriso, e mesmo assim, ele percebe o meu incômodo. Ele para de mexer a panela do molho, e coloca em fogo baixo. Vem até o sofá, onde eu estava sentada, e senta ao meu lado. Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— Você quer me contar o que esta acontecendo? — Igor pergunta.

— Não está acontecendo nada, apenas estou cansada do serviço e da faculdade. Muita coisa para minha cabeça. — Minto. Como vou dizer ao meu namorado, que meu ex namorado está de volta, e que o que eu mais quero é 7 minutos no seu com meu ele? — Está tudo bem, eu juro. — Digo dando um selinho nele. — Agora eu estou morta de fome, então termina logo aquele macarrão antes que eu tenha um ataque.

— Nem um pouquinho folgada, né bebê. — Ele diz se levantando e voltando para o fogão.

Depois do jantar, arrumei minhas coisas para ir para casa. O Igor ofereceu me levar, mas decidir pegar um Uber. Pego minha mochila, me despeço dele, e vou para frente do prédio, esperar meu Uber.

Esperei 2 minutinhos até o Uber chegar, a viagem ate minha casa foi rápida. Estava entrando na portaria, e procurando minha chave quando alguém esbarra em mim, e sem querer, derrubo a chave no chão.

— Cacete!! — Reclamo.

— Foi mal. — Eu conheço essa voz, me viro para a pessoa que me esbarrou. — Eu não... — Ele para a frase ao percebe que sou eu. — Tinha que ser! — Lucas reclama. E pelo visto, ele está lindo. Está usando uma camiseta branca folgada, um short preto que vai até à altura do joelho, e está calçando uma havaiana branca. Em sua mão está uma caixa de papelão lacrada.

— Você que esbarrou em mim, então já que te incomoda tanto, da próxima olha para frente. — Respondo com o tom de voz grosso. Não acredito que respondi com a minha maturidade de 17 anos. Vou até o elevador e aperto o botão para chamar o elevador.

Percebo uma risada irônica do Lucas, atrás de mim.

— Você não mora aqui? Deveria saber que o elevador está em concerto. — Lucas avisa, e vai em direção a escada, sem me dar tempo de respondê-lo. Reviro meus olhos automaticamente.

Vou até à recepção e pergunto se vai demorar muito tempo para o concerto dos elevadores. O porteiro me informa que não tempo determinado, já que ouve um problema técnico. E nesse momento, nunca me sentir tão mal por ser uma pessoa sedentária. Dói meu cérebro só de me imagina subindo 15 andares.

Mas não tenho outra escolha. Preciso terminar meu trabalho da faculdade quanto antes, para entregar amanhã cedo. Já são 20h.

Vou em direção a escada e começo subir. Quando estou no quinto andar começo a ouvir passos atrás de mim, olho para trás e lá está ele de novo. Com duas caixas de papelão lacradas.

Meu cérebro buga, até eu entender que ele subiu e desceu novamente.

Ele passa por mim com as caixas, como se não tivesse me visto.

Eu entendo que o magoei, mas agir dessa forma, chega a ser imaturo.

Acelero meus passos.

— Não sabia que em dois anos, você ia continuar agindo com imaturidade. — Solto, sem pensar no que disse.

— Não sabia que em dois anos, você ia continuar sendo intrometida.

— Sendo imaturo novamente.

— Imaturo por quê? Por que não quero falar com você?

— Não, porque está tentando me evitar e me tratando com grosseria.

— Desculpa, mas essa personalidade é toda sua. — Dou uma risada com a tentativa de ofensa dele.

— Não sabia que não ia conseguir me super em dois anos. — Ele começa a rir, e se vira para mim.

— Lívia, eu te superei antes mesmo de você ter ido embora. — Isso sim, me ofendeu. Ele abre a porta do sétimo andar, e sai.

Continuo na mesma posição, meu eu corpo realmente esta em choque. Agora eu entendi o motivo pelo qual ele não me ligou, não mandou mensagem, ou deu algum sinal de vida dia  durante dois anos e meio. Ele já não me amava antes mesmo de eu ter ido embora.

Não consigo acreditar como fui burra, e como estou sendo mais burra ainda de me importar com algo que não faz mais parte da minha vida, me sinto burra e idiota por qualquer tipo de esperança que tive, quando soube que ele ia voltar.

(...)

Depois de finalmente chegar em meu apartamento, terminei trabalho e fui tomar um banho. Separei um pijama para dormir, e me arrumei.

A Bianca saiu com o Luan, provavelmente não volta hoje, o que já agradeço.

Após arrumar as coisas para eu finalmente dormir, escuto a campainha tocar umas 5 vezes, para acabar com minha noite de paz. Tenho certeza que é a Bianca que esqueceu a porra da chave, como sempre.

Vou até à porta e quando abro, me deparo com o Lucas. Ele estava arrumado, e aparentemente bem suado e pela garrafa na mão, estava bêbado.

Seus olhos encontram o meu, e eles descem pelo meu corpo.

— Você fica muito gostosa com esse pijama. — Ele me elogia. Sentir o cheiro da whiskey da boca dele em 40 centímetros de distância.

— Pelo visto agora você bebe. O quer aqui? — Pergunto, cruzando os braços.

Ele cambaleia para frete e eu seguro.

— Desculpa, mas eu preciso falar umas coisas falar algumas coisas que estão engasgadas  em mim. — Ele fala se encostando no batente da porta, e quase caindo para frente.

— Quando você estiver sóbrio, nós discutimos, eu preciso dormir. Vai embora, por... — Antes de eu terminar, ele simplesmente senta do chão e apaga. Agacho-me para vê se está tudo bem.

— Lucas? — pergunto tocando em seu braço. Ele com certeza apagou

Eu não acredito que isso está acontecendo comigo.

Eu o levanto pelos seus ombros e tento sentá-lo, mas ele não consegue. Como uma pessoa fica bêbada desse jeito?
Eu agarro as suas mãos e o puxo para dentro do apartamento, quando ele está dentro o suficiente para que eu seja capaz de fechar a porta. Recupero todas as minhas forçar, não fazia ideia de como ele era pesado. Chuto e fecho a porta da frente. E tento pensar em como vou conseguir colocar um Homem 22 anos, com 1,87 de altura, que provavelmente pesa 80/90 kilos em cima do sofá.

Em quanto minha mente brilhante pensava, olho para o lado e ele simplesmente já está no meu sofá. Respiro fundo.

Juntos Outra Vez? - O Idiota Do Novato 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora