- Aí, filho. As vezes a mamãe esquece que você é mais cara de pau do que eu, desculpa.
- Que coisa feia, mamãe. Não pode me chamar desse jeito! - eu a repreendo com a mãozinha na cintura e um rostinho de quem não gostou nada disso.
Mas a mamãe tem um probleminha sério com as minhas bochechas, ela quase as tiras pra fora quando se agacha para me abraçar fortemente e da muitos e muitos beijinhos na minha bochecha, por um instante eu senti que iria perder as minhas amigas já que é elas que me ajudam a conquistar qualquer um, eu amo minhas bochechinhas gordas.
E tá na hora de eu pôr elas pra trabalhar com essa família da amiga da mamãe.
- Além de cara de pau é inteligente, já disse que você é o brilho da minha vida?
- Você diz isso toda noite antes de me pôr pra dormir, mamãe. Então eu sei sim! - mas uma vez ela não resiste e me aperta com toda sua força, até perco um pouquinho de ar e nisso solto uma tossida, só por causa disso é que ela para e me pede desculpas antes de segurar a minha mão e caminhar comigo até a porta da casa azul-céu.
Ela toca a campainha ansiosa, pelo o que ela me explicou, ela conhece essa amiga dela desde novinha também, estudaram juntas e tudo, porém faz tempo que elas não se vêem já que a correria da vida adulta não deixa, não sei que correria é essa, mamãe só trabalha e vai pra casa, não tô vendo dificuldade nenhuma em dá tempo para os amigos e amigas.
Mas sei lá, vida adulta é complicado então talvez eu esteja tirando conclusões antes da hora, sai da fralda faz só três anos então tenho muito o que viver e aprender também.
Mas aí a porta da casa abre, mostrando uma mulher ansiosa que falta gritar quando vê a minha mamãe e as duas então se abraçam, dando saltinhos ao ponto da mamãe até soltar a minha mão e agarrar a amiga.
- Quanto tempo, SunHee! Achei que iria chegar aqui e você teria esquecido do meu rostinho. - Minha mãe diz toda animada, eu gosto tanto dessa energia dela, me inspira muito.
- Como esquecer do rostinho da minha maninha, não é? - ela diz com um sorriso simpático no rosto, logo virando-se para mim que mantenho a mão em minha cintura enquanto preciso olhar para cima. - Ah, então esse é o seu filhinho, Jimin, né?
- Agora é Park Jimin. - minha mãe faz questão em reforçar essa ideia, desde quando saiu a minha certidão ela vive me chamando de Park Jimin, talvez seja até para me acostumar já que eu ainda me conheço apenas como Jimin. - Aqui, agora seu filho terá com quem brincar.
- É, cadê esse menino que a mamãe me prometeu? - pergunto sem enrolas enquanto adentro a casa, paramos na sala e de longe percebo a cozinha com a mesa farta de lanches, mas decido ignorar olhando para todos os lados em busca do menino que a mamãe prometeu que seria o meu novo amiguinho.
- Tá lá em cima brincando, pode subir, é a primeira porta. - eu balanço a cabeça para cima e para baixo e subo as escadas correndo todo animado, espero não assustar esse menino.
Como a mamãe me ensinou, eu bato na porta antes de entrar, eu não ouço resposta nenhuma mas não demora muito para eu ouvir o ranger da maçaneta enquanto a porta abre e cá está o menino que a mamãe prometeu.
Ele tem o cabelo que nem o meio, bem pretinho e liso em um corte tigela, mas os olhos dele são maiores, chega a lembrar uva e eu percebo no chão do seu quarto um monte de brinquedos jogados pelo chão.
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Cicatrizes - Pjm + Jjk
Fanfiction[CONCLUÍDA] Nossas vidas podem ser comparadas com o nosso próprio corpo, mesmo com os momentos bons que vivemos sempre há aquele machucadinho que cutuca, porém que se cuidarmos, mais tarde, pode se tornar apenas uma cicatriz. Mas Jeon Jungkook tem t...
Bônus: O (Re)Começo
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