Capítulo 26

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— Nosso pai acabou de mandar uma mensagem perguntando quando iremos voltar — Ava Dawson avisa enquanto segura uma sacola com comida e bebidas alcoólicas no braço e um doce francês nos dedos

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— Nosso pai acabou de mandar uma mensagem perguntando quando iremos voltar — Ava Dawson avisa enquanto segura uma sacola com comida e bebidas alcoólicas no braço e um doce francês nos dedos.

Me surpreendo com o fato dela ainda ter figado ou não ter uma doença. A cada uma hora ela está bebendo alguma coisa.

— Deixa eu adivinhar — comento olhando algumas frutas frescas da venda — Ele quer que vocês voltem o mais rápido possível?

— Errou, ele disse que quer paz na vida dele e perguntou quando iremos tomar vergonha na cara e sair de casa — responde mordendo o doce.

— O seu pai disse isso? — pergunto assustada.

— Uma vez o Drew avisou a nossa mãe que iria sair — Zaylee começa a contar — E ela simplesmente respondeu: "Você tem vinte anos, não deveria nem voltar."

— Seus pais são bem... liberais não é? — pergunto tentando não rir.

— Nossa família não é muito comum — Daphne fala com um sorriso enquanto compra alguns girassóis da venda, ela coloca uma mecha dos fios loiros atrás da orelha olhando as flores com um sorriso.

Seu namorado está apenas nos seguindo. Carter Gorky se mostrou um homem quieto e sério, raramente esboçando reações. Ele apenas sorri e é carinhoso com a sua namorada, o jeito carinhoso deles me faz derreter.

Chloe e Despina estão andando por aí tentando ficar sozinhas na lua de mel nada comum delas.

— Uma das provas que não somos comuns é quando você descobre que a Daphne não foi amamentada por uma mulher — Ava comenta olhando algumas frutas da bancada.

— Espera... sua mãe não te amamentou? — pergunto confusa.

— Não — responde com um sorriso meigo.

Daphne Dawson é a garota mais fofa e calma que eu já conheci. Claro, a Chloe também é muito calma e as duas são bem parecidas nesse quesito. Mas Daphne chega a superar os níveis de delicadeza, os movimentos dela podem se assemelhar aos de uma princesa. Ao contrário das irmãs que são... bom, um pouco... brutas.

— Se você não foi amamentada pela sua mãe, então quem...?

— O meu pai — responde pegando o dono das flores e deixando algumas delas na sacola. Carter tocou os cabelos de Daphne fazendo com que um sorriso se abrisse em seu rosto — Ele me amamentou. Pode parecer estranho, mas... isso só prova o quão bondoso e ótimo pai ele é.

Sorri acenando com a cabeça mesmo que isso tenha me deixado confusa. Nunca comentaram comigo o fato de Dawson ter amamentado da filha mais velha dele. É fofo e estranho ao mesmo tempo, mas quem sou eu para falar alguma coisa?

Após andarmos muito pelo local e comprarmos as comidas que faltavam na mansão francesa dos Armand, deixamos a comida no carro.

— Eu vou ligar para o Arion — aviso me sentindo preocupada ao máximo com meu Snowman — estou preocupada com ele.

— Hope, fique calma — Despina se pronuncia segurando a mão de Chloe, a mulher ao seu lado faz um aceno indicando que eu deveria seguir o conselho da esposa. — Ele está bem, você se preocupa demais.

— Vai dizer que você não está preocupada com ele?

— Eu estou, mas é só que...

— Eu vou ligar para ele — a corto pegando meu celular — talvez ele tenha esquecido de tomar os remédios  ou tenha se machucado.

Chloe sorriu mostrando seus dentes claros e perfeitamente alinhados tocando os ombros de Despina. Ela deixa um beijo sob a cabeça de Despina e a abraça.

— Nós vamos comprar um café — avisa — Quer?

— Capuccino por favor — peço e ela balança a cabeça, puxando a esposa para dentro da cafeteria.

Disco o número de Arion colocando o celular no ouvido em seguida. Mordo a unha do meu polegar e tento respirar fundo para me acalmar.

Odeio quando Arion fica longe de mim. Eu nunca sei se ele está bem, se ele tomou os remédios ou se comeu.

Poxa, ele é meu bebê!

Eu preciso saber se ele está bem.

— Amor?

— Arion você está bem? — pergunto.

Ele solta uma risada e eu posso escutar alguma conversa dele com os meninos no fundo.

— Sim amor, eu estou bem — responde.

— Você já tomou seus remédios?

— Sim, amor.

— Humm, almoçou?

— Sim — responde e eu sei que deve estar sorrindo — Carter e Ethan estão fazer as baguetes de espada e o padeiro parece estar tendo um infarto.

— Por que isso não me surpreende?

— Você está bem, minha linda? — pergunta sendo a última frase em português.

— Sim eu...

Paro de falar ao sentir alguém tampar minha boca e o celular cair no chão. O cheiro forte em meu nariz fez com que meus sentidos fossem sumindo aos poucos e em questão de segundos eu não tinha mais consciência de nada apenas consigo lembrar da voz de Arion ao fundo me chamando.

***

Mexo meus pulsos tentando me soltar das cordas que me amarram. Sinto o carro onde eu estou balançar conforme anda, meu corpo está prenso pelo cinto de segurança. O filho da puta que me sequestrou colocou um saco preto na minha cabeça e uma fita isolante na minha boca.

Tento conter as lágrimas de desespero a todo custo. Tenho um pequeno sobressalto quando sinto algo gelado ser passado em meu braço por alguma coisa macia.

— Shii... — pessoa ordena.

Solto um soluço e balanço a cabeça. Despina disse que obedecer seria a melhor das hipóteses ao ser sequestrada, já que se eu fugir eu posso morrer imediatamente. Gemi de dor ao sentir uma picada dolorosa no meu braço e o líquido sendo injetado nele.

Aos poucos meu corpo começa a ficar mais lento, sinto meus olhos quererem se fechar. O sonífero aplicado em mim não demorou a fazer efeito, já que aos poucos eu durmi novamente.

***

Movo minha cabeça sentindo ela um pouco dolorida. Ao abrir os olhos eu não vejo nada já que o capuz preto ainda cobre meu rosto. Sei que estou sentada em uma cadeira, um tanto confortável até, mas meus braços estão doendo por estarem amarrados a cadeira.

Os passos vindo atrás de mim me deixando assustada. Tento soltar meus pulsos mas duas mãos apertam meus ombros me mantendo imóvel. O som mecânico de algo sendo levantado me chama a atenção. A pessoa atrás de mim puxa o capuz fazendo alguns fios e cabelo caírem sob o meu rosto.

Faço uma careta quando as persianas automáticas começaram a subir e a luz invadir o ambiente incomodando meus olhos e a vontade de matar o desgraçado é maior ainda.

Parou próximo a sacada e assim que as persianas subiram eu pude ter o vislumbre do mar e de várias árvores. Eu reconheço o lugar de imediato.

Meu peito ainda sobe e desce conforme eu tento respirar ainda mais para me acalmar, a fita já não está mais na minha boca.

O homem parou ao lado da janela e pude ver suas calças jeans escuras junto da blusa de manga longa preta e a máscara sob o rosto. Ele puxa a máscara e sorriu de maneira maliciosa me olhando de cima a baixo.

— Bem vida ao Havaí — Arion fala se encostando na parede de vidro, olho para ele indignada antes de soltar uma risada impressionada com o que ele fez.

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BAD - ARMAND'SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora