Rowlf {Riverdale +Teen Wolf}

23-Meia-noite 🕐

𝘿𝙞𝙖 𝙨𝙚𝙜𝙪𝙞𝙣𝙩𝙚.

𝘽𝙚𝙩𝙩𝙮. 𝙋𝙤𝙫

Passei o restante da noite toda pensando naquele beijo que durou mais do que podia imaginar em um milésimo de segundos.

O sabor dos lábios de Stiles, eu não sei porque, mas me identifico tanto com ele, sinto que temos uma conexão diferente.

Não contei para minha mãe, claro.

Logo o sonho de Cinderela foi interrompido pela maldita lembrança da tarde anterior.

A ligação.

— Quando você quer pra rastrear essa ligação. — Lanço o celular na mesa para que Kurtz faça o trabalho pela qual cobra.

Kurtz solta um assobio esquisito e me encara, esse garoto mexe com este tipo de coisas para sustentar o vício em jogos fúteis.

— Depende, vai me dar um pagamento generoso? — Diz Kurtz com essa expressão bizarra no pálido rosto, perco a paciência.

Espalmo a mesa com raiva.

— Que tal se eu te der um mês no centro de reabilitação de Riverdale seu idiota. — Não foi uma pergunta, e sim uma ameaça.

Kurtz fecha a expressão tirando o sorrisinho cretino e estalando a língua.

— Calma loirinha...eu posso te ajudar, mas vai demorar dois dias no mínimo. — Fala o garoto gótico e problemático, eu suspiro.

— Eu não posso esperar até quarta-feira, preciso disso o mais rápido possível Kurtz. — Implico sem um pingo de paciência.

Kurtz levanta da cadeira e estende a mão com luva preta faltando pedaço nas pontas dos dedos para que eu lhe dê algo, óbvio.

— Vai custar mais caro Betty. — A voz rouca e ambiciosa fala, mantendo os olhos pretos abaixo dos fios espalhados do cabelo liso escuro focados em mim, reviro os olhos.

— Se é dinheiro que você quer, ok, mas não vou te dar tudo agora, não sou burra Kurtz. — Abro o zíper da bolsa de alça e retiro uma quantia em dólares do bolso interno.

Entrego a mão estendida do garoto pálido.

— Te entrego amanhã na quadra, não quero que ninguém além de nós saiba disso, sabe como são meus negócios Betty. — A voz irônica do garoto de jaqueta diz.

Kurtz não está nem aí para regra da escola; não fazer vendas particulares dentro do ambiente escolar, sujeito a expulsão.

Só quer saber de dinheiro para alimentar seus vícios, um garoto órfão e problemático.

— Não tenta bancar o esperto comigo, senão eu te ferro antes que pense em dar as caras de novo no seu ninho de negócios. — Me refiro a escola, sendo o mais rude possível em usar as frases ditas agora.

Kurtz sorri provocativo e some levando consigo meu celular, a senha está no papel atrás da capinha —, não confio nele, tampouco em suas intenções, mas preciso arriscar ter alguma pista do caso Jason.

Nem consigo imaginar o quanto Cheryl está sofrendo, a sádica da Penélope sequer deve ter dado uma justificativa plausível para enganar a cabeça manipulada da garota.

Não posso revelar os planos para ela, pois Cheryl quando pressionada abre a boca fácil, e como é manipulada, vai pensar que eu quero ferrar mais a situação, e que estou mentindo para ser fingida, interesseira.

Sigo para a quadra onde acontecerá o ensaio das river vixens para o jogo da quinta-feira, visto o uniforme no vestiário e tento ignorar Cheryl para me encarando.