009

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Continuem sem votar pra vocês ver, vou postar mais nada em!

Agnes 🔮

QUE - VER - GO - NHA.

Acordei no dia seguinte, já sentindo o peso da cagada do dia anterior.

- Agnes... - fechei os olhos e joguei o lençol no rosto - Você é péssima.

Depois do "fora", o Coringa me trouxe pra casa, me mandou pro quarto e eu dormi feito pedra. Eu sabia que não era boa com álcool, não sei por que aceitei beber.

- Acordou, gatinha? - Coringa abriu a porta do quarto, sorrindo.

- Aí meu Deus... - sussurrei - Acordei - sentei na cama e sorri de leve.

- Vou deixar um dinheiro ali na cozinha pra tu, pode ser? Tem nada pra comer aqui hoje - ele falou.

- Tá, tá bom - sorri - E...desculpa por ontem?

- Nem precisa falar sobre isso - ele ergueu a mão - Fica tranquila, passou.

- Não, sério,  desculpa - suspirei - Foi efeito do álcool, eu juro.

- Então não teria me beijado se não tivesse bebido? - ele se encostou na porta, me encarando por um segundo.

- Não foi o que eu di... - comecei a explicar.

- Tô brincando - ele riu - Tô indo, fica bem.

Depois que ele fechou a porta, me joguei no travesseiro outra vez, com mais vergonha que antes.

Eu teria beijado ele?

Não, claro que não. Não que falte vontade, eu simplesmente não beijaria por vergonha, e o álcool, aquele miserável, afastou toda a vergonha que me impedia de fazer isso.

- Não posso perder ele - falei elencarando o teto - É a única pessoa que tenho!

Respeitei fundo e levantei, indo procurar uma roupa na mala jogada no chão. Provavelmente teria que sair pra comprar alguma coisa, então peguei um shorts e uma blusa comprida e soltinha.

Desci para a cozinha, vendo uma nota de cem reais no balcão.

- Caramba - dei risada - Esse Coringa é impossível.

Lavei o rosto no banheiro, e soltei o cabelo. Calcei minha havaiana e fui comprar alguma coisa.

Peguei seis pães, e mais algumas coisas pra gente comer depois.

Quando voltei, preparei um café da manhã daqueles, com direito a mortadela e tudo.

Comi felizona, depois lavei a louça.

Eu precisava urgente arrumar um emprego. Não podia mais ficar dependendo dos outros, isso é chatão!

Coloquei uma roupa mais decente e arrumei meu cabelo e o rosto. Nada muito exagerado, queria transparecer seriedade.

Desci até as lojinhas e lanchonetes que tinham no morro mesmo, rodei aquilo tudo e não achei lugar sequer que me quisesse.

E lá estava eu sentada na porta de uma loja novamente, com a cabeça quente pensando no que ia fazer da minha vida.

- Dia difícil, né colega? - uma moça sentou do meu lado cheia de sacolas.

- Pois é... - olhei para ela, que tirou o óculos escuros e sorriu.

- Olha, eu tenho uma proposta pra você - ela falou me encarando.

- Pra mim? Eu nem te conheço - dei risada.

- Presta atenção - ela diminuiu o sorriso - Meu chefe já tá de olho em você faz tempo, se quiser mesmo um trabalho, escuta o que vou te falar.

- Ei, ei, ei - ergui a mão - Primeiro: quem é teu chefe? E como assim de olho em mim? Garota, você tá me confundindo.

- Não, não estou - ela bufou - Agnes, eu sei tudo sobre você, e sei da sua situação. E no momento recomendo que aceite a proposta de...

Libertina - [M]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora