Capítulo 30

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Estava conseguindo me virar muito bem, a cada noite que eu saía de dentro do castelo, eu pegava mais prática e passava longe dos corredores onde haviam os guardas.

Não precisava me dar tanto ao trabalho de evitá-los, já que passavam a maior parte dormindo, mas caso eu encontrasse um bem desperto, era melhor ficar distante.

Saí pelo mesmo lugar que na outra noite Sarah havia me levado, puxei o livro branco e a prateleira se afastou revelando a outra porta.

Droga. Pensei levando minha mão até a testa.

A chave não estava comigo e eu havia me esquecido completamente que precisava dela para que eu pudesse sair daquele cubículo que estava começando a me deixar claustrofóbica.

Um barulho baixo veio da fechadura e o trinco girou empurrando a porta, deixando a mesma entreaberta.

Fiz uma careta e me aproximei vagarosamente levando minha mão até o trinco dourado, puxei a porta com cuidado e olhei para o lado de fora sem ver ninguém ali. Aquilo era completamente confuso, alguém deveria ter aberto aquela porta mas quem era o verdadeiro mistério.

Me posicionei do lado de fora sem pensar muito e encostei a porta de madeira tentando não fazer nenhum tipo de barulho.

Ao me virar, dei de cara com Dylan me encarando com um sorriso.

Dei um pulinho de susto e levei minhas mãos até a boca evitando fazer barulho, ele simplesmente havia brotado no meio do nada e eu não sabia como ele havia feito para abrir a porta até que vi um pequeno chaveiro com várias chaves penduradas sendo colocadas em seu bolso.

- Como conseguiu essas chaves? - perguntei ainda assutadas.

- Digamos que um amigo me fez um favor. - ele sorriu ladino.

Eu estava fervendo de raiva e instantâneamente dei um tapa no rosto do vampiro que logo ficou sério sem entender o motivo da agressão.

Levei uma das mãos até o peito tentando acalmar meu coração acelerado, enquanto soltava o ar que eu nem notei estar prendendo.

- Tudo bem, talvez eu tenha merecido isso. - reconheceu ele esfregando a mão no rosto - Não vou mais aparecer do nada e te assustar, já vi o que acontece.

- Não foi por isso que eu te bati.

Falei encarando seus olhos verdes, estavam mais brilhantes do que o normal, talvez pelo fato da lua ser quase cheia enquanto irradiava sua luz no céu.

Dylan me olhou como se nem soubesse do que eu estava falando e permaneceu com aquela expressão até que eu suspirei voltando a manter a calma.

- Por que não me contou que seu gato era na verdade um garoto bruxo que você sequestrou durante sua estadia nos Illuminare? - perguntei diretamente, eu não estava afim de dar voltas naquele assunto - Foi ele quem te deu cópias das chaves do castelo?

Ele arqueou as sobrancelhas entendendo o motivo de eu estar irada, e aquela era uma das melhores características de Dylan, ele sempre entendia as pessoas.

Aquele momento não era adequado para ficar pensando nas qualidade dele, então dei um jeito de afugentar aqueles pensamentos.

- Desculpa por não ter te contado, mas eu não sequestrei ele. - Dylan cruzou os braços enquanto se explicava - Fizemos um acordo, ele simplesmente concordou com tudo. Não o obriguei a nada.

- Esse não é o único ponto, Dylan. - também cruzei meus braços dando um passo a frente - Você deixou ele sozinho e desprotegido, no meio das floresta.

The Arcrux - A Saga (LIVRO 1)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora