Capítulo 09. [🌿]

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Muito impaciente; agitado, insofrido

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Muito impaciente; agitado, insofrido. 

A respiração descompassada do ômega chegava nas bochechas do alfa, este que apenas sorriu calorosamente para o ômega inquieto na sua frente. Os olhinhos caramelos brilhavam, mas carregavam uma grande carga de preocupação, estava prestes a chorar por ter sido tão invasivo e de certa forma, tarado. 

Suas lembranças de quando invadiam seu espaço ou lhe obrigavam a algo retornaram em um segundo. Tremeu novamente. Não queria que Jungkook sentisse a mesma coisa que sentiu a vida inteira. Se amaldiçoou, deveria ter respeitado o sono do mais velho e o mais velho. 

— Desculpa, Jungkook. E-eu não consegui me controlar, mas isso não é uma desculpa. — falou rapidamente, afastando o seu corpo do moreno na maior distância que a cama deixou. — Você deve estar me achando um tarado pervertido agora, e eu entendo se quiser que eu durma no chão ou vá embora. 

— Taehyung...  —  chamou, mas não teve resposta alguma, apenas o mais novo se encolhendo todo na cama pronto para um sermão ou uma “correção”. 

Os olhos do alfa se arregalaram. Taehyung estava se encolhendo para não machucar tanto seu corpo quando apanhasse. O coração do moreno se apertou, em nenhum momento ele sentiu que estava tendo sua privacidade invadida, muito pelo contrário, ele gostou das carícias do loirinho, mas de qualquer forma ainda não tinha o consentimento do mais velho. 

— Eu não vou te bater loirinho...— se aproximou um pouco, passando calmaria e confiança para o outro. —  Pode fazer carinho em mim sempre que quiser, eu não vou me importar e sempre vou deixar. — esclareceu, estendendo a sua destra para o ômega que, depois de alguns minutos em silêncio, aceitou a mão que se aproximava.. 

— Me desculpa mesmo.  — ainda com os olhinhos marejados o ômega pediu, fungando o nariz. 

Pôde-se notar o quanto o menor estava tremendo quando as suas mãos se juntaram. Por um segundo ele desejou desgraça para qualquer pessoa que contribuiu para que o ômega sentisse medo de tudo e de todos. Tinha uma pequena noção de que os ômegas sofriam pela sociedade, porém nunca imaginou que isso poderia gerar tantos traumas e inseguranças para alguém. Sua garganta secou, não conseguia nem imaginar as coisas horríveis que o loirinho deve ter passado antes de lhe conhecer. 

Só te desculpo se você continuar fazendo carinho em mim. — negociou tentando mandar quaisquer pensamentos embora, fazendo o ômega sorrir e subir sua mão livre até os fios macios e chamegando-os devagarinho. 

Suas mãos ainda estavam juntas e nenhum dos dois queriam soltá-las, o cheirinho de ambos se misturando deixava o clima mais leve, as duas íris se encaravam, tentando desvendar um ao outro. Era tudo tão estranho, nenhum dos lobos jamais se aproximaram de alguém tão rápido e de forma tão recíproca. Estar ali era como se a brisa os abraçasse e os levasse consigo pelos quatro ventos do norte, era se as ondas do mar se acalmassem e a lua beijasse a sua superfície, era como se estrelas girassem e se alinhassem com as suas constelações. Era quase impossível de se descrever; todavia, muito específico ao se sentir. 

Para tentar se desprender desse clima novo e um pouco estranho para o ômega, ele juntou as suas mãos na bochecha do alfa, uma de cada lado, apertando a pele gordinha e macia, esmagando os lábios que formavam um coração fofo. 

— Que bochecha macia! — falou ao empurrar o peso para uma mão e depois fazer o mesmo com a outra mão, sem desgrudar da pele gordinha. As massageou e apertou como se Jungkook fosse um brinquedo. 

O alfa apenas gargalhou com um pouco de dificuldade já que as mãos estavam lhe espremendo, gostando do carinho de avó que Taehyung depositava no seu rosto. 

Avelã E Baunilha | TaekookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora