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Spoiler do mangá.

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Dois anos se passaram e você ainda morava na escola jujutsu, por um tempo foi estranho, mas logo se acostumou com tanta gente ao seu redor.

Os superiores não gostavam muito de você, mas os estudantes tinham você em seus corações, como Satoru disse, você conquistou os corações de todos ali.

Agora com 10 anos tinha mais controle sob sua técnica, ela não te fazia tanta mal como já fez antigamente, passou por vários testes e análises para descobrir o que era realmente.

Não eram muito animados aqueles testes, horas e horas numa sala te faziam mal e traziam memórias não queridas.

A pele começara a rachar e ressecar com tantos testes, os lábios eram do mesmo jeito, portanto teve que tirar um tempo livre de testes.

Aproveitando sua época de férias, os jovens te levaram á tão falada praia, era como um grande balde de água, mas salgado e imenso.

— Urgh tem areia em tudo. — Satoru respondeu se mexendo, tentando se livrar da areia.

— O Sol aqui é mais forte. — falou cobrindo os olhos e viu o platinado estender um par de óculos. — Obrigada.

— Não há de quê, pequena. — Ele sorriu e voltou a falar com Shoko e Geto.

As férias foram boas, mas tinha que voltar aos treinos. A cabeça girava e doía constantemente, foi aí que começou a tomar chás para aliviar a dor e acalmar a alma, uma mania de sua Sensei.

Quando estava quase pegando no sono, mesmo sendo dia ainda estava cansada, ouviu um barulho alto, imenso demais, os ouvidos sangraram com tanta brutidade.

Se levantou em finos passos, usava só um pijama branco, calçou os chinelos e foi em direção ao barulho ouvido, poderiam estar em perigo e você podia ajudar.

Está treinando e fazendo testes para isso, ajudar as pessoas. Aquilo estava um caos, a escola tinha gente caída, paredes quebradas por cima de alunos, tudo estava uma guerra.

— Vá para aquela direção. — desmanchou a parede encima de um aluno e ajudou ele a se levantar.

Saia pela escola ajudando pessoas, algumas não conseguiam sair dos escombros por si próprias, então ajudava-as desintegrando os rejeitos.

Não via nenhum deles, Nanami, Suguru, Satoru e nem Shoko, estava nervosa, e se eles estivessem machucados?

Correu, agora estava correndo em direção a fumaça e a destruição, onde eles estavam? Ouvia alguns barulhos e correu até eles, não via muita coisa, só alguns destroços e sangue.

Saiu procurando pelos pedaços de parede quebrada, alguém conhecido. Estava nervosa, mas se segurava para não surtar e desintegrar tudo ali.

Seguiu rastros de sangue, e lá estava o alguém que você procurava.

— Sa-satoru....— Chamou por ele, a voz falhava e o corpo tremia.

Ele estava quase morto, malmente respirava e se mexia, o coração nem batia direito. Se abaixou até o corpo do platinado e suspirou abraçando o corpo dele.

Tentaria fazer o que estava treinando? E se errasse e matasse ele? Mais ainda, ele poderia ter uma chance de sobreviver e você estragaria ela.

— [Nome]....— Uma fraca voz chamou por você, tentou focar os olhos que tanto choravam e viu Satoru sorrindo fracamente. — Vá....embora....

— Nunca.....eu nunca vou embora. — Falou firmemente e respirou fundo, engoliu o choro e focou e tudo que precisava. — Eu sempre vou estar do seu lado.

As mãos doíam para se apoiarem no chão e erguerem seu corpo, saiu em busca de algo cortante. Os treinos indicavam isso.

Achou um pedaço de vidro que tinha se rachado da janela, segurou o estilhaço estilhaço voltou até ele. Cortou o interior da mão e deixou o sangue pingar, precisava dar certo.

— Eu....eu vou te curar. — falou receosa e pôs sua mão contra a boca do platinado, a melando de sangue e fazendo o líquido escorrer pela boca dele. — Sei que é ruim....mas vai te ajudar.

Viu a boca dele sorriu fracamente e suspirou, sentia a visão embaçar e as pernas tremerem, mas precisava ajudar ele. Focou, focou num tempo atrás onde ele estava bem, quando ele estava curado e voltou a esse tempo.

Aquilo só funcionava com pessoas e seres vivos, o concreto não era afetado então não podia refazer a escola, mas podia refazer pessoas, não era essa a melhor definição mas é o que entendeu.

Fracamente ia ajudando o platinado a se manter em pé, suas feridas começaram a brilhar em uma luz clara avermelhada e a se curarem, o feiticeiro estava surpreso, afinal nem ele sabia disso.

Mas seu corpo se desgasta com isso, ele não aguentava muito bem começava a perder o controle, pouco a pouco você mantinha ele no controle, mas demandava muito de você.

Não queria matar Satoru, e sim o curar. Refez seu corpo, suas feridas não existiam mais e ele estava descansado, isso tudo graças a você e seu sangue misterioso.

— Satoru....— Sorriu aliviada vendo o xamã voltar a cor normal e se levantar do chão, se sentando ao seu lado.

Tempo suficiente para agarrar seu corpo ardente de febre e quase desmaiando.

— Onde está o resto? Eles estão bem? — Mesmo fraca perguntou e viu ele concordar ajeitando os fios de cabelo que incomodavam seus olhos. — Ainda bem, fico feliz que estão bem.

— Por que fez isso? Me salvou? Eu falei para ir embora, e agora você está mal. — Ele não estava bravo, só preocupado com você e seu estado.

— Eu estou bem, só preciso descansar depois. — sorriu aliviando ele. — O que aconteceu aqui? Por que estava quase morto?

— Fui atacado por um homem muito forte, e eu estava cansado. — Ele explicava andando pela escola abraçando seu corpo. — Agora, graças a você, estou bem e vou atrás dele, proteger você e outra menina.

— Tudo bem, só tome cuidado. — Sorriu sentindo o aroma forte dele. — Não morra Satoru.

— Se eu morrer é só você me trazer de volta. — Ele riu alegre e você concordou, logo sentindo outro par de braços agarrar seu corpo. — Nanami, cuide dela por mim, por favor.

— Tudo bem Gojo. — O aroma agora era diferente, mas ainda sim era aconchegante e bom. — [Nome].....

— Oi Nanamin. — Sorriu abrindo os olhos e encarando a face dele preocupada. — Está bem? Se machucou?

— É você a machucada aqui. — A voz grave reclamava com você, mas era preocupação. — Como cortou sua mão assim? E essa febre?

— Meus treinos......eles dizem que meu sangue refaz as pessoas. — falavam sentindo um algodão úmido arranhar sua pele. — Está ardendo.....

— Se não cuidar disso pode perder sua mão. — O loiro te encarando sério e você suspirou concordando e segurando a dor. — Então você tem mais coisas guardadas aí dentro, hein?

— É, muitas surpresas. — Riu alegre e encarou o teto. — Eu gosto muito quando você cuida de mim Nanamin, eu me sinto amada.

— Você é amada [Nome]. — Ele falou suspirando e enfaixava sua mão, enrolando seu corpo em uma coberta. — Todos nós amamos você.

— Mas eu prefiro seu amor, e o de Satoru. — Murmurou se ajeitando.

Eles fazem você querer viver.

𝐞𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃 ∫ satoru gojo & nanami kento Onde as histórias ganham vida. Descobre agora