Capítulo 21

2K 129 11
                                    

Point of view Melissa Santos.

Hoje acordei tão desanimada que nem eu estou entendendo, são dias e dias e hoje não é o meu. Empurro a porta sendo recebida pelo aconchego do meu apartamento, deixo a bolsa no sofá e vou para o quarto pegar uma peça de roupa para tomar banho na intenção de relaxar. Vejo Relíquia em pé mexendo em alguma coisa na sua mochila.

- Oi. - Murmuro e sento na ponta da cama me livrando dos meus tênis.

- E aí.

Pego o meu tênis e ajeito ele debaixo da cama. Abro o meu guarda roupa procurando alguma coisa confortável, Relíquia coloca a mochila no canto da parede perto de mim e me olha.

- Tá suave?

- Sim e você?

- Na moral memo? - Confirmo. - Tá com essa cara por quê?

- Eu estou normal. - Olho para ele e riu quando o mesmo cerra os olhos me analisando. - É sério, pega essa calça pra mim, por favor. - Afasto para ele pegar a minha calça de pijama no alto. - Obrigada.

- Por que cê coloca esses bagulhos no alto se não consegue pegar?

- Você por acaso está insinuando que eu não tenho tamanho? - Ergo a sobrancelha.

- Insinuando não, afirmando.

Abro a boca ofendida com tamanha audácia, como ele pode ter a coragem de falar isso na minha cara?

- Você é um abusado mesmo.

- Tô mentindo? - Balanço a cabeça em um sim. - Meu pau que eu tô.

- Aiai, essa gente inventa cada coisa.

Ele senta na ponta da cama me olhando com cinismo, pego a minha blusinha e viro encarando ele. Ficamos nos olhando em silêncio até ele piscar fazendo graça.

- Você é muito palhaço. - Riu negando.

- Já falei que eu sou o coringa pô, tu não acredita, fazer o que né.

- Aah, você é o coringa do esquadrão suicida, né? - Estalo o dedo e ele concorda. - Agora lembrei.

- Agora tú lembrou né? Fala aí, gostoso demais pessoalmente né não?

- Senhor, demais.. na televisão já era, mas pessoalmente. - Me abano. - Fico fraca.

- Eu sei que fica.

Riu aproximando do criado mudo, coloco o meu relógio em cima do mesmo quando sinto mãos grandes envolver a minha cintura me puxando.

- Vem cá.

- Não me chama assim não, fico fraca desse jeito. - A voz rouca dele acaba com qualquer um e junta com essa pegada na cintura.

- Safada demais. - Molha os lábios rindo. - Agora é sério.. - Limpa a garganta quando eu sento em seu colo. - Tú tá bem mesmo? - Confirmo. - Papo reto?

- Sim, por que eu não estaria?

- Cê chegou mó calada, olha que tu fala pra caralho, pior que papagaio. - Riu encostando minha cabeça em seu ombro.

Doce TentaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora