Conto: A Espada De Mil Anos

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A floresta negra estava bem a sua frente. Com sua primeira extensão de arvores velhas, cheias de galhos podres e sem vida. Era incrível á diferença que contornava a extensão, do verde da grama para a podridão da floresta.

Guilherme sabia de seu destino, após durante tanto tempo negar o seus ancestrais, o seu vínculo com as sombras agora ele precisava abraçar.

Montado em seu cavalo Frísio, ele galopa rumo a extensa floresta negra, enquanto o brilho do sol do meio dia se oculta no negro de sua armadura e na densa escuridão de seu cavalo. Era como uma sombra densa que galopava ao meio do campo e sol.

Com sua aproximação uma figura se manifesta de um extenso raio negro que cai do céu, queimando a vegetação em sua volta, juntamente com o som de um trovão em expansão sonora.

- Mago Aliurmanus. – Diz o cavaleiro negro, observando o velho em seu manto heliotropo.

- Meu aprendiz... Finalmente criou coragem e aceitou o seu destino. Cumpra a profecia e poderás entrar para o guilda das sombras, como o futuro líder dela também.

- Não tenho interesse em entrar para a guilda, você sabe muito bem disso, mago. Apenas desejo a espada do Espectro Zurthuriano. – Respondeu o cavaleiro agora descendo de seu cavalo e se aprontando.

- Não se engane meu aprendiz! Espadas de espectros são magicas, e apenas seres mágicos podem empunha-la! E o seu destino foi escrito no momento de seu nascimento com a presença do cometa Atrax jorrando sua magia pelo mundo de Kalimur. Pois você é o único cavaleiro com sangue das sombras e também com elementos mágicos do cometa. – Exclama o velho mago a um não tão interessado cavaleiro seguindo até a floresta. – Não se precipite meu aprendiz! A floresta é traiçoeira e cheia de magia negra!

- E porque não vem junto, mago? – Perguntou um sarcástico aprendiz.

- Existe uma magia de proteção muito poderosa que impede outros magos de adentrarem o local...Boa sorte!

O Cavaleiro prendeu seu cavalo a uma arvore e adentrou a densa floresta enquanto o mago sumia como chegou, em seu raio negro de luz que cortava o céu.

Passadas não tão rápidas, porém não tão lentas, o silencio era absoluto em meio aos galhos podres, nenhum pássaro era visível a não ser alguns corvos mortos ao chão de folhas secas. Conforme adentrava mais a floresta, a escuridão ficava mais notável, com nuvens densas começando a se formar, como se a floresta soubesse que ele estava ali e não queria sua presença no local.

Sua armadura negra estava começando a fazer parte do ambiente e notou que sua visão começara a ter dificuldades a enxergar. Desembainha sua espada ao ouvir galhos sendo quebrados, coloca sua mão esquerda a frente, de palma virada para o alto e recita a palavra 'Ex luce obumbratio', fazendo surgir uma espécie de bola de energia roxa com faíscas brancas, iluminando cerca de 20 passos a sua volta.

Enquanto ele caminhava, a bola de energia ficava circundando-o. Até novamente ouvir um som, porém agora bem mais perto do que antes. Então um barulho como dentes se debatendo incessantemente se aproxima, quando ele consegue finalmente ver soldados caveiras avançar rapidamente em sua direção, brandindo espadas e escudos em seus corpos nus de ossos.

A primeira batalha acontece, 1,2,15 soldados caveiras são destruídos facilmente por Guilherme, que fica pensando de onde estaria vindo tantas caveiras.

Avançando e espalhando os ossos ele finalmente visualiza uma aura azulada ao fundo. Era o Invocador Rei Caveira.

- Pensei que você tinha morrido na batalha do Hemisfério a 300 anos atrás!

- Nunca! Sou imortal e mortais eu mato! Você vem atrás da lendária espada, porém nunca ira possui-la, nenhuma mortal pode com o seu poder! – Dizia o rei caveira com sua voz distorcida.

(CONTO) A Espada de Mil AnosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora