Capítulo 77 - O primeiro toque I

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Fai Chen apertou o buquê em seu peito. O mais velho adorava aquele jeitinho animado do mais novo. De uma forma ou outra, Hu Long realmente era a luz que ele sempre precisou em sua vida.

"Obrigado, Hu Long. Vou pedir para uma das servas costureiras fazer um robe roxo para mim. Quando ficar pronto, eu o obrigarei a dar uma opinião a respeito", Fai Chen respondeu de uma forma dominante, o que acabou fazendo com que os dois jovens caíssem nas gargalhadas.

Entretanto, no meio das risadas, Hu Long disse uma frase que impactou Fai Chen:

"Não precisa me obrigar a dar uma opinião sobre seu robe roxo, já que depois eu vou removê-lo."

"Você... É um bobo mesmo...", Fai Chen bateu fraco no peitoral de Hu Long e soltou uma risadinha fraca.

A noite foi repleta de conversas e uma troca saudável de afeto.

Quando já estavam prestes a se despedir, Fai Chen deitou em sua cama e estendeu os braços para a direção que estaria Hu Long. O mais novo não compreendeu aquela ação e perguntou:

"O que foi? Você quer algo antes que eu vá para o meu quarto?"

"Sim. Eu quero mais uma coisa de presente de aniversário", Fai Chen respondeu carinhosamente, pegando de leve a mãozinha de Hu Long. "Por favor, durma um pouco comigo esta noite."

Hu Long se arrepiou por inteiro com a proposta. Ele sabia que o Jovem Mestre Fai fez aquele pedido de uma forma afetuosa, porém, sua mente entrou em um surto interno ao pensar em um lado sexual. Utilizando isso ao seu vigor, resolveu brincar com a frase dita por Fai Chen:

"Um pedido desses é impossível recusar. Agora me diga, você será a conchinha menor?"

"Espera... O que?"

"Conchinha menor. Sabe? Eu fico por trás e te abraço de lado, enquanto você fica na minha frente todo protegido e...", uma almofada atingiu o rosto de Hu Long, que se não estivesse se controlando, estaria completamente corado. "Fai Chen, você atirou um travesseiro em mim? Quanta audácia..."

"E-Eu...", as bochechas do mais velho já estavam vermelhas e isso deixou Hu Long incrivelmente contente.

"Está bem. Vamos dormir separados. Foi somente uma ideia", o servo se deitou ao lado de Fai Chen e olhou para o jovem, tão adorável. "Boa noite, Fai Chen."

"Boa noite... E não se esqueça de sair quando estiver amanhecendo, está bem?"

"Você falando desse jeito é tão sedutor."

"Hu Long!"

"Brincadeirinha!", uma risada gostosa saiu dos lábios de Hu Long, deixando Fai Chen todo arrepiado. "Vamos dormir, quero curtir esse momento."

E assim a noite se passou.

No dia seguinte, mais um trabalho complicado foi posto para Fai Chen e infelizmente, ele não o atendeu com excelência. Seu pai, irritado e com um mau humor como sempre, ousou cortar os longos cabelos de seu filho como resposta ao seu péssimo resultado ao tentar descobrir a verdade por trás de uma concubina que estaria possivelmente traindo-o.

Quando Fai Chen entrou em um banheiro de seu clã e viu o resultado diante do espelho que lá havia, gritou de dor. A razão de nunca cortar os cabelos era porque, juntamente com o corpo e sua pele, eram considerados um presente de seus pais. Sua pele já estava toda danificada com cicatrizes e seu corpo não estava mais tão resistente à dor como antes. O que ainda o mantinha com algum laço familiar, eram seus cabelos.

Ele nunca pensou que seu pai chegaria ao ponto de cortar os cabelos do próprio filho, pois de certa forma, significou a última parte afetuosa que eles tinham entre si, ser cortada para todo o sempre.

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