Pego meu celular e entro num site pornô, eu tinha plena noção de como as coisas aconteceriam, mas dar uma olhada não custava nada. Vou passando pelos vídeos, e que porra era aquela, não tinha um que parecesse algo real, desisto daquilo e aceito que vou me virar com o que sei fazer.

Penso por mais uns minutos, e logo uma lâmpada ascende na minha cabeça, é a ideia mais idiota que eu já tive, mas fará com que as coisas aconteçam sem pressão nenhuma, depois irei conversar com Caio sobre ela.

Me levanto e desço as escadas, entro na sala e Lou está com a cabeça deitada no colo de Caio recebendo carinho, ambos não percebem minha presença, vejo que eles estão assistindo filme de terror.

Saio silenciosamente com um sorriso travesso no rosto, vou até o quarto do Lou, abro o armário e procuro uma tinta vermelha, misturo ela com uma tinta marrom, e incrivelmente consigo um tom bem convincente que simule sangue, parece que prestar atenção nas aulas de artes serviu muito.

Desço a escada, e tiro a camisa, mas antes mancho ela com o sangue falso, pego numa faca e sujo a mesma, a deixando no chão, jogo no chão e faço uma possa e me deito em cima, mas antes faço barulho.

Logo ouço os passos dos dois vindo da sala, continuo imóvel, me controlo para não gargalhar fora de hora.

— PUTA MERDA — Caio diz ficando pálido.

— Will... — Ouço a voz do Louis calma, provavelmente ele sacou que era tinta.

Sinto alguém virar meu corpo, pelo toque bruto instantemente percebo que é o Caio, abro os olhos e começo rir, Caio está pálido, parece um fantasma.

— SEU FILHO DA PUTA! — Caio vem para cima de mim ameaçando me bater, mas o agarro, fazendo com que ele role na possa de tinta, Louis fica parado apenas observando. Caio continua na luta, até que desiste e o chão está imundo.

— Vocês dois, vão limpar isso aí tudinho. Vou à papelaria comprar outra tinta, já que alguém gastou — Louis me lança um olhar fumegante, é a primeira vez que ele me olha assim, e isso me causa um baita arrepio. Em seguida ele sobe para o quarto e quando retorna, está com moletom preto, e uma calça jeans.

— Daqui a pouco eu volto, beijinhos — Ele fala dando um sorriso e saí.

— Não sei você, mas eu entendi que ele disse indiretamente "limpem esse caralho, quando eu voltar quero tudo limpo" — Assenti.

— Foi mais ou menos isso — Caio riu, mas logo travou o semblante.

— Isso é culpa sua, você que inventou de fazer bagunça — Dou de ombros.

— Aí você tá muito chato hoje, parece que tá de na menor pausa — Ele manda o dedo do meio.

— Vai se foder — Levantei seguido de Caio, e começamos limpar o chão, após longos minutos terminamos, e a tinta já havia secado em nossos corpos, Caio continuava com a cara emburrada, e chegava até formar um biquinho fofo.

Guardei as coisas que foram usadas para limpar, e em seguida me virei para falar com Caio, mas ele não estava mais lá, subi a escada pulando alguns degraus, e entrei no quarto dele, logo escutei barulho de água caindo, então fui em direção ao banheiro, mas a porta estava trancada.

— Caio abre a porta — Falei batendo na porta do banheiro.

— No seu quarto tem banheiro — Ele diz ríspido.

— Abre por favor — Digo.

— Não, eu tô tomando banho — Seco que nem o deserto.

— Mas eu quero tomar com você, abre vai — Ele continuou em silêncio, então resolvi sair, mas ouvi o tranco do banheiro estalar, e isso significava que a porta estava aberta. Entrei, e vi a silhueta do corpo dele, através do vidro embaçado do box.

Um Amor Proibido (Obra Reescrita)Where stories live. Discover now