Capítulo 6: Hibrids.

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— Como sempre, você fala merda demais Noah. — Carter quebrou seu silêncio. — Acho que é hora de delegar funções. Se todos ficarmos procurando a mesma coisa, vamos perder tempo e isso é uma coisa preciosa. O que acha, Owen? Eu não vou ser útil ajudando a Sophie com livros.

— Carter tem razão. Nós vamos colher testemunhos pela cidade. Noah, você e a Isabella podem ajudar a Sophie com os rituais. A partir de agora, ela quem dá as ordens a vocês. — Isabella estava claramente incomoda por ter que ficar junto do Noah. — Alice, gostaria de pedir para que se juntasse a nós. Você deve conhecer bem a cidade. Sabe de algum lugar onde Inumanos se reúnem?
 
— Bem. Charleston é um lugar conhecido por possuir uma grande população de Inumanos. Algumas espécies costumam se reunir em um bar no centro da cidade. — Alice falou com certo receio.

Ao ouvir falar de um bar Inumano no centro da cidade, Carter deu um sorriso de orelha a orelha.

— Um bar de monstros! — Carter exclamou. — Se existe um lugar perfeito para começarmos é aí! — O jovem ruivo de cabelos cacheados, comentou.

Alice franziu o cenho. Odiaria ter que acabar com a alegria do rapaz. Mas logo deu a notícia:

— Infelizmente esse bar tem regras rígidas. Não é permitido a entrada de espécies humanas, nem de híbridos. Também não sei se conseguiríamos algo útil naquele lugar.

— Na verdade esse me parece ser o melhor lugar para começarmos. — Owen interrompeu. — Se existir algum culto maligno, com toda certeza um dos devotos pode frequentar esse tipo de lugar.

Alice tomou um pouco do seu chá enquanto refletia. Logo se dispôs a falar calmamente:

— Até pode ser verdade, mas mesmo assim, ainda não sei se algum de vocês conseguiria entrar. Na verdade, não sei nem de que espécie são. Seus registros na Ordem Paranormal constam apenas como Híbridos. Quando apresentarem seus documentos na entrada, com certeza vão ser barrados.

Noah, que estava de canto se segurando para não falar demais, finalmente viu a oportunidade de entrar na conversa novamente:

— Na verdade, um de nós não é híbrido, exatamente. — Ele entendeu a mão em direção ao grandalhão na sala. — Mesmo que mal consiga se transformar, o Owen ainda é um Lobisomen de sangue puro.

Quando o rapaz loiro disse isso, Alice fixou o olhar em Owen e ficou inquieta por um instante.

— Talvez isso possa funcionar. — Ela comentou. — Eu vou com você como sua guia, só não arrume confusão quando entrarmos, grandalhão. — Ela deu uma risada de canto.

Carter se levantou com um semblante irritado.

— Pera aí. Se ele vai entrar, eu também entro! — O ruivo reclamou. — Eu não posso usar uma identidade falsa? A ordem pode conseguir isso para mim!

— Desculpa, Carter. Não temos essa jurisdição. — Alice disse meio sem jeito.

Ele se jogou no sofá e ficou com a cara para cima. Seu semblante estava abatido e desanimado. Owen levou a mão no rosto e abaixou a cabeça, tentando esconder a vergonha.

— Carter, você pode investigar as florestas das redondezas. — O grandalhão deu um longo suspiro. Sabia que o ruivo lhe daria muito trabalho. — Procure saber as espécies ferais da região. Esse é seu trabalho.

— Que saco... — Carter reclamou. — Eu procuro por algo específico?

— Não, só vá catalogar as espécies daqui. Se houver uma espécie de esconderijo em alguma floresta, a vida animal do local pode nos dar pistas.

Occulta TenebrisOnde histórias criam vida. Descubra agora